Mesosaurus: diferenças entre revisões

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'''Mesosaurus''' é um gênero extinto de [[Parareptilia|pararépteis]] marinhos, que viveram na [[Era geológica|Era]] [[Paleozóica]]. Os mesosaurídeos surgiram no início do [[Permiano|Período Permiano]]. Quando adultos mediam cerca de um metro de comprimento.<ref name="Barberena">Barberena, D. C. A. & Timm, L. L. (2000) ''Características dos ''Mesosaurus'' e suas adaptações ao meio aquático''. IN: Holz, M. & Ros, L. F . ''Paleontologia do Rio Grande do Sul''. Porto Alegre: UFRGS/CIGO, 2000. p. 194-209.</ref>


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Revisão das 20h52min de 24 de julho de 2018

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMesosaurus
Ocorrência: Artinskiano 283,5–290,1 Ma
Mesosaurus
Mesosaurus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Mesosauria
Família: Mesosauridae
Género: Mesosaurus
Distribuição geográfica
O mesossauro habitava a área em azul
O mesossauro habitava a área em azul

Mesosaurus é um gênero extinto de pararépteis marinhos, que viveram na Era Paleozóica. Os mesosaurídeos surgiram no início do Período Permiano. Quando adultos mediam cerca de um metro de comprimento.[1]

As ocorrências de fósseis destes animais nos continentes americano e africano são considerados fortes evidências da deriva continental.[2]

Características gerais

Os mesossaurídeos foram um dos primeiros grupos de amniotas a adaptarem-se a um ambiente aquático. Tinham corpo hidrodinâmico, mãos e pés com membranas interdigitais e cauda longa. O crânio de Mesosaurus tenuidens era alongado e a cavidade oral continha dentes muito longos, finos e numerosos. Mesosaurus se alimentava de pequenos crustáceos.

Este animal habitou zonas aquáticas do antigo super-continente chamado Pangeia. Os seus restos fossilizados afloram em rochas do Permiano da África e América do Sul.

Descobertas

Restos fósseis de Mesosaurus.

Dentre os Mesosauridae são reconhecidas três espécies: Mesosaurus tenuidens,[2] Stereosternum tumidum[3] e Brazilosaurus sanpauloensis.[4]

O primeiro fóssil deste animal foi localizado em 1865 ao sul do continente africano pelo pesquisador Paul Gervais, num sítio denominado Griquas.[2]

Edward Drinker Cope realizou em 1886, tomando por base fósseis coletados por Orville Derby no estado de São Paulo, a descrição da espécie Stereosternum tumidum.[3]

Os pesquisadores Shikama e Osaki descreveram uma nova espécie em 1966, que deram o nome de Brazilosaurus sanpauloensis.[4]

"Mesosaurus brasiliensis"

Esqueleto de Mesosaurus brasiliensis. Desenho original de Mac Gregor (1908).[5]

Embora esta denominação tenha se consagrado a partir da descrição feita em 1908 por Mac Gregor, estudos recentes dão conta de que esta espécie se trata da mesma Mesosaurus tenuidens, descrita em 1865 por Paul Gervais.[2]

O Mesosaurus brasiliensis foi descrito e batizado por Mac Gregor em 1908, estudando fósseis encontrados nos folhelhos da Formação Irati, do Permiano inferior, coletados pelo geólogo Israel Charles White próximos à estação de Irati, no estado do Paraná.[5] Era um réptil pequeno, com corpo esguio e longa cauda, medindo cerca de um metro quando adulto.

A ocorrência de um mesmo gênero de pequeno réptil nos dois lados do Atlântico foi logo visto por diversos geólogos e paleontólogos, a exemplo do próprio Alfred Wegener, como um dos mais fortes argumentos na teoria da deriva continental.[6]

Na cidade de Montividiu, Goiás ocorrem afloramentos de rochas da Formação Irati que se destacam pelo registro fossilífero de mesossauros permianos, sendo assinalada a presença de Brazilosaurus sanpauloensis, um vertebrado fóssil importante na história da Deriva Continental;[7]

Referências

  1. Barberena, D. C. A. & Timm, L. L. (2000) Características dos Mesosaurus e suas adaptações ao meio aquático. IN: Holz, M. & Ros, L. F . Paleontologia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS/CIGO, 2000. p. 194-209.
  2. a b c d Gervais, Paul (1865). «Mesosaurus tenuidens». Du Mesosaurus tenuidens, reptile fossile de l'Afrique australe. Comptes Rendus de l’Acad´emie des Sciences 
  3. a b Cope, Edward Drinker (1886). «A contribution to the vertebrate paleontology of Brasil». Proceedings of the American Philosophical Society 
  4. a b Shikama, T.; Ozaki, H. (1966). «On a Reptilian Skeleton from the Palaeozoic Formation of San Paulo, Brazil». Transactions and Proceedings of the Palaeontological Society of Japan, New Series 
  5. a b Mac Gregor, J.H. (1908) Mesosaurus brasiliensis nov. sp., Parte II. (Português e Inglês) IN: White, I.C. (1908) "Commissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brazil”, Relatório Final, Parte II, Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, Brazil, 617 pg. (Relatório bilíngüe, em português e inglês). Edição facsimilar de 1988, DNPM
  6. Wegener, Alfred (julho 1912). «Die Entstehung der Kontinente». International Journal of Earth Sciences (em alemão). 3 (4). doi:10.1007/BF02202896 
  7. Araújo-Barberena, D.C.; Lacerda Filho, J.V. e Timm, L.L. (2002). «Mesossauros da Serra do Caiapó, (Montividiu) GO» (PDF). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil 10. Consultado em 2 de setembro de 2014 

Ligações externas

Ver também