CTT Correios de Portugal: diferenças entre revisões

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|15.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones e 1.º Presidente da Comissão Executiva dos Correios, Telégrafos e Telefones
|15.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones e 1.º Presidente da Comissão Executiva dos Correios, Telégrafos e Telefones
|2012-presente
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Revisão das 19h52min de 29 de outubro de 2019

 Nota: Para outros significados, veja CTT (desambiguação).
CTT
CTT logo.png
Razão social CTT - Correios de Portugal, S.A.
Empresa de capital aberto
Cotação Euronext Lisboa: CTT
Atividade Correio
Género Sociedade anónima
Fundação 6 de novembro de 1520 (503 anos) com o nome "Correio Público"
Sede Lisboa, Portugal Portugal
Pessoas-chave Conselho de Administração [1]
Empregados 12 097 (2018)
Produtos Correio Normal
Correio Expresso (Amarelo)
Correio Verde

Logística
Lucro Aumento EUR 19,6 milhões (2018)
Faturamento Aumento EUR 708 milhões (2018)[2]
Posição no Alexa 36 847 ()
Website oficial www.ctt.pt

CTT - Correios de Portugal, S.A. MHM (conhecidos normalmente simplesmente pela sigla CTT significando Correios, Telégrafos e Telefones) são um grupo empresarial português focado essencialmente no negócio dos correios.[3]

História

Tradicional marco de correio dos CTT

As origens dos CTT remontam a 6 de Novembro de 1520, ano em que o Rei D. Manuel I de Portugal criou o primeiro serviço de correio público de Portugal e o cargo de Correio-Mor do Reino, desde 1606 também de Correio-Mor das Cartas do Mar, cargos extintos por D. João, Príncipe Regente da Rainha D. Maria I de Portugal em 1797, criando-se em seu lugar a Superintendência-Geral dos Correios e Postas do Reino, a 1 de Agosto de 1799. Os modernos CTT têm origem na fusão da Direcção-Geral dos Correios e da Direcção-Geral dos Telégrafos num único departamento, denominado Direcção-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis.[4]

Em 1911 a instituição passa a ser dotada de autonomia administrativa e financeira, passando a denominar-se Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, adoptando a sigla CTT que mantém até aos dias de hoje, apesar das posteriores alterações de denominação oficial.[4] Em 1969 os CTT são transformados em empresa pública, com a denominação de CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P..[4]

Em 1992 os CTT são transformados em sociedade anónima, com a denominação CTT - Correios de Portugal, S. A.. Ao mesmo tempo a área das telecomunicações é separada, formando uma empresa autónoma.[4]

A 6 de Outubro de 2000 foram feitos Membros-Honorários da Ordem do Mérito.[5] Em 2000 assinaram com o Estado a concessão do serviço universal postal, a obrigatoriedade de assegurar a troca de correspondência em todo o país. Em 2004 os CTT adquiriram  a Payshop, empresa especialista em pagamentos eletrónicos de contas domésticas com o objetivo de complementar o serviço prestado pelos CTT na área das cobranças  de facturas. Entraram também no capital da Mailtec com o objetivo de reforçar o posicionamento dos CTT na Área de Dados e Documentos e mais especificamente no negócio de finishing (preparação/fabrico de correio). Em 2005 adquiriram a empresa espanhola Tourline Express, que actua na área do correio expresso e encomendas em todo o território espanhol. Esta aquisição marca o início do processo de internacionalização dos CTT, que privilegia o mercado espanhol pela sua proximidade.

Em 2008 dá-se a liberalização dos serviços postais na união europeia. Em 2013, o Estado decide privatizar através da dispersão de ações em bolsa, 70% do capital dos CTT. No ano seguinte, em 2014, pela mesma via é alienado o restante capital, passando os CTT a ser uma empresa com capital totalmente privado com 100% do seu capital em free float sendo por isso a única empresa portuguesa nestas circunstâncias. Entram na bolsa portuguesa a 5 de Dezembro de 2013. No ano de 2015 os CTT lançam um projeto ambicioso, o Banco CTT, que arrancou no dia 18 de Março do mesmo ano com a abertura simultânea de 52 balcões – a maior abertura de um Banco em Portugal, alguma vez feita.

Líderes dos CTT

Nome Título Período
I) Correios-Mores do Reino de Nomeação Régia
1.º Luís Homem  1.º Correio-Mor do Reino 1520-1532
2.º Luís Afonso  2.º Correio-Mor do Reino 1532-1565
3.º Francisco Coelho  3.º Correio-Mor do Reino 1565-1577
4.º Manuel de Gouveia  4.º Correio-Mor do Reino 1579-1598
II) Correios-Mores do Reino e Correios-Mores das Cartas do Mar Privados e Hereditários
5.º Luís Gomes da Mata Coronel  5.º Correio-Mor do Reino e 1.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1606-1607
6.º António Gomes da Mata Coronel  6.º Correio-Mor do Reino e 2.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1607-1641
7.º Luís Gomes da Mata  7.º Correio-Mor do Reino e 3.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1641-1674
8.º Duarte de Sousa da Mata Coutinho  8.º Correio-Mor do Reino e 4.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1674-1696
9.º Luís Vitório de Sousa da Mata Coutinho  9.º Correio-Mor do Reino e 5.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1696-1735
10.º José António da Mata de Sousa Coutinho 10.º Correio-Mor do Reino e 6.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1735-1790
11.º Manuel José da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho (depois 1.º Conde de Penafiel) 11.º Correio-Mor do Reino e 7.º Correio-Mor das Cartas do Mar 1790-1797
III) Administração Pública
12.º José Diogo Mascarenhas Neto 1.º Superintendente-Geral dos Correios e Postas do Reino 1799-1805
13.º António Joaquim de Morais 1º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino 1805-1807
14.º Lourenço António de Araújo 2.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino 1810-1827
15.º José Basílio Rademaker 3.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino 1827-1828
16.º António Xavier de Abreu Castelo Branco 4.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino 1828-1833
17.º João de Sousa Pinto de Magalhães 5.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino 1833-1853
18.º Eduardo Lessa 6.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino e 1.º Director-Geral dos Correios 1853-1877
19.º Guilhermino Augusto de Barros 2.º Director-Geral dos Correios e 1.º Director-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis 1877-1893
20.º Ernesto Madeira Pinto 2.º Director-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis 1893-1899
21.º Guilhermino Augusto de Barros 3.º Director-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis 1899-1900
22.º Alfredo Pereira 1.º Director-Geral dos Correios e Telégrafos 1900-1910
23.º António Maria da Silva 2.º Director-Geral de Correios e Telégrafos e 1.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos 1910-1917
24.º Henrique Jacinto Ferreira de Carvalho 2.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos 1919
25.º António Maria da Silva 3.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos 1919-1926
26.º Luís de Albuquerque Couto dos Santos 4.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos 1933-1965
27.º Carlos Gomes da Silva Ribeiro 1.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1968-1974
28.º João da Cunha e Serra 1.º Presidente do Conselho de Gerência dos Correios, Telégrafos e Telefones 1974
29.º João Manuel de Almeida Viana 2.º Presidente do Conselho de Gerência dos Correios, Telégrafos e Telefones 1974
30.º Francisco José Pinto Correia 2.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1974-1975
31.º Norberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar 3.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1976-1981
32.º João Maria Leitão de Oliveira Martins 4.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1981-1984
33.º Virgílio da Silva Mendes 5.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1984-1986
34.º José Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista 6.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1986-1989
35.º Jorge Manuel Águas da Ponte Silva Marques 7.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1989-1992
36.º José Augusto Perestrelo de Alarcão Troni 8.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1993-1995
37.º Carlos Maria Cunha Horta e Costa 9.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1995-1996
38.º Norberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar 10.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1996-1999
39.º Emílio José Pereira Rosa 11.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 1999-2002
40.º Carlos Maria Cunha Horta e Costa 12.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 2002-2005
41.º Luís Filipe Nunes Coimbra Nazaré 13.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 2005-2008
42.º Estanislau José Mata Costa 14.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones 2008-2010
IV) Administração Privada
43.º Francisco José de Queirós de Barros de Lacerda 15.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones e 1.º Presidente da Comissão Executiva dos Correios, Telégrafos e Telefones 2012-presente

Processo de privatização

O ano de 2013 marcou o início do processo de privatização dos CTT e de entrada em bolsa, aprovado em Conselho de Ministros, que decorreu com grande sucesso mediante a alienação das ações representativas de 68,5% do respetivo capital social através de Oferta Pública de Venda e de admissão à negociação na Euronext Lisbon. A profunda alteração de estrutura acionista que uma privatização representa foi um momento de crucial importância para os CTT, em que novas realidades e oportunidades se abriram no processo de autonomização em relação ao acionista Estado. Isto sem prejuízo do serviço público consagrado na concessão do serviço postal universal atribuído aos CTT.

O dia 5 de setembro de 2014 fica na história dos CTT e do país como a data em que se concluiu a privatização da Empresa liderada por Francisco de Lacerda, assinalada numa cerimónia especial com o toque do sino na Euronext Lisbon. A venda de ações representativas de 31,5% do capital social da Empresa que o Estado ainda detinha foi concretizada com sucesso, numa operação realizada através de um processo de venda rápida, dirigido exclusivamente a investidores institucionais. Nas duas fases de privatização, instituições e particulares investiram 922 milhões de euros. Os CTT passaram a ser uma empresa 100% privada, com uma alargada base acionista de investidores institucionais e particulares, portugueses e estrangeiros.[6]

Empresa e subsidiárias

Veículo de distribuição de correio dos CTT
Estação dos CTT de Santarém

Fazem parte do grupo as seguintes empresas:

Empresa Descrição Serviços
CTT - Correios de Portugal S.A.
([1])
Empresa de distribuição de correio dentro e fora de Portugal. Correio Normal

Correio Azul

Correio Verde

Correio Registado

Correio Internacional

Encomendas

Correio Digital

Serviços de Conveniência

Filatelia

Subsidiárias Descrição Serviços
CTT Expresso
([2])
Empresa destinada a entrega de encomendas em todo território ibérico e outros BÉRCap internacionais.íses. Envio de encomendas online

Envio de encomendas até 30 Kg

Portugal e Espanha:

  • Para hoje
  • Para amanhã
  • Em 2 dias

Internacional:

  • Para a Empresa
  • Para o Mundo
Payshop
([3])
Empresa de soluções de pagamentos Carregamentos e Pagamentos

Compras Online

Cartões Pré-pagos

CTT Contacto
([4])
Empresa criada para a distribuição depublicidade . Correio endereçado

Correio não endereçado

Payshop
([5])
É uma rede integrada com estabelecimentos comerciais para o pagamento de várias contas domésticas como o telefone, a electricidade, a água ou o gás. Pagamento de serviços
Phone-ix Descontinuada em 2018


Banco CTT
([6])
O Banco CTT exerce actividade bancária. Serviços bancários

Logotipo

As suas origens são antigas remontam a 1520, tempos em que a monarquia reinava em Portugal e em que as deslocações eram feitas a pé, a cavalo ou de carruagem. Resulta daí a imagem do cavaleiro montado num cavalo tocando a trombeta anunciando a chegada do correio.

Ver também

Ligações externas

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Referências

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