Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua

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 Nota: Este artigo é sobre o álbum. Para a canção, veja Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua (canção).
Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua
Álbum de estúdio de Sérgio Sampaio
Lançamento 1973
Gravação 1972
Estúdio(s) Estúdio Phonogram, no Rio de Janeiro
Gênero(s)
Duração 39:00
Idioma(s) Português
Formato(s) LP, CD
Gravadora(s) Philips Records
Produção Raul Seixas
Cronologia de Álbuns de estúdio por Sérgio Sampaio
Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10
(1971)
Tem Que Acontecer
(1976)
Singles de Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua
  1. "Diálogo (Baden Powell / Paulo César Pinheiro) / Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio)"
    Lançamento: outubro de 1972 (1972-10)

Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua é o primeiro álbum de estúdio solo do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio, lançado em 1973 pela gravadora Philips.[1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 1971, Sampaio participou do álbum conceitual Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, ao lado de Raul Seixas, Míriam Batucada e Edy Star. Junto às suas participações no Festival Internacional da Canção no mesmo ano com a canção No Ano 83 e em 1972 com a música Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (ambas de sua autoria), o projeto alavancou a integração do cantor ao elenco da gravadora Philips, influenciada pelo seu parceiro Raul Seixas.[2]

Embora nenhuma de suas apresentações no FIC tenham ficado entre as vencedoras, a canção Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua foi incluída no compacto As Melhores do VII FIC, que vendeu mais de 500 mil cópias[3] e tornou a música o maior sucesso do carnaval de 1973.

Produção[editar | editar código-fonte]

Em 1973, Sampaio lança o seu primeiro álbum solo, com o mesmo título da faixa que fez sucesso no FIC. Com a exceção de Cala a Boca, Zebedeu, composta em 1963 pelo pai de Sérgio, o maestro Raul Gonçalves Sampaio, todas as faixas foram composições próprias. O LP contou com a participação de músicos de peso da época, como Wilson das Neves, Ivan Conti e Alex Malheiros, além do guitarrista Renato Piau, que já tinha participado da apresentação de Sampaio no Festival Internacional da Canção no ano anterior. Nas faixas, fica evidente a versatilidade do conjunto, com influências de blues, samba, marchinhas, choro, bolero e críticas ao tropicalismo. A vinheta que encerra o disco é uma homenagem ao responsável pela produção do disco, Raul Seixas.

Lista de faixas[editar | editar código-fonte]

Todas as faixas compostas por Sérgio Sampaio, exceto onde assinalado.[4]

Lado A
N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Leros e Leros e Boleros"    2:45
2. "Filme de Terror"    3:36
3. "Cala a Boca Zebedeu"  Raul G. Sampaio 2:55
4. "Pobre Meu Pai"    2:22
5. "Labirintos Negros"    2:28
6. "Eu Sou Aquele que Disse"    5:19
Lado B
N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Viajei de Trem"    4:26
2. "Não Tenha Medo Não! (Rua Moreira, 65)"    2:57
3. "D. Maria de Lourdes"    3:56
4. "Odete"    3:03
5. "Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua"    4:43
6. "Raulzito Seixas" (vinheta)  0:50
Duração total:
29:00

Créditos[editar | editar código-fonte]

Músicos[editar | editar código-fonte]

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

  • Sérgio Sampaio - Arranjos
  • Raul Seixas - Arranjos, produção
  • José Roberto Bertrami - Arranjos
  • Aldo Luiz - Arte da capa[2]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Ao contrário do single predecessor, o disco foi um fracasso de vendagens, com estimativas de cerca de cinco mil cópias comercializadas na época. Tal fato rendeu a Sampaio a alcunha de "Maldito da MPB".[2] Apesar disso, as faixas Cala a boca, Zebedeu, Viajei de trem, Odete e a faixa-título foram bastante executadas nas rádios e proporcionaram frequentes aparições de Sérgio Sampaio nos programas televisivos nacionais.

Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua rendeu ao cantor o Troféu Imprensa de revelação do ano na edição de 1973[5] e o álbum serviu de influência para muitos artistas, tendo suas faixas (principalmente a faixa homônima ao disco) regravadas e executadas até os dias atuais por músicos como Roupa Nova, Elba Ramalho, Monobloco, Casuarina, Ney Matogrosso e Mart'nália.[6]

Referências

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