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Fernando de Portugal, Senhor de Serpa

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Realeza Portuguesa
Casa de Borgonha
Descendência

D. Fernando de Portugal (Santarém, Março 1218 - 19 de Janeiro de 1246)[1], Infante de Portugal e 1.º Senhor de Serpa, foi o terceiro filho saído do casamento entre o Rei de Portugal, D. Afonso II e D. Urraca de Castela.[1] Devido à posse do senhorio de Serpa que lhe foi dado em 1232 pelo seu irmão, o rei D. Sancho II,[1] D. Fernando ficou conhecido por o Infante de Serpa.

Biografia

O infante Fernando esteve envolvido na disputa que opôs a Coroa Portuguesa a Roma, relativa à sucessão do Bispo de Lisboa, D. Paio. Existiam dois candidatos à sucessão, um apoiado pela Coroa, Sancho Gomes, e o outro por Roma, Mestre João. Tendo sido eleito o candidato de Roma, Fernando deslocou-se a Lisboa com homens de armas e provocou vários desacatos contra os apoiantes daquele, com vista a fazê-lo desistir do cargo. Um dos desacatos foi a entrada e parcial destruição de uma Igreja onde se pensava estarem escondidos bens de familiares de Mestre João.

Ao ter conhecimento dos acontecimentos, o Papa Gregório IX reagiu com veemência, forçando a Coroa a castigar os responsáveis. O infante Fernando, arrependido foi pessoalmente a Roma pedir perdão ao Papa.

Casamento e descendência

Fernando casou no fim de 1242 ou início de 1243 com Sancha Fernández de Lara, filha primogénita do conde Fernando Nunes, senhor de Lara,[2] e de sua mulher Mayor González, casamento do qual não teve filhos. Depois de 1246, a seu viúva e herdeira, Sancha, doou à Ordem do Hospital o senhorio e terra de Serpa.[3]

O infante teve, pelo menos, um filho ilegítimo:

Brasão

Brasão do Infante D. Fernando, Senhor de Serpa.

Fernando terá usado um brasão com uma Serpe, símbolo do seu senhoriode Serpa, com uma bordadura onde, alternadamente se representa as armas de Portugal (ascendência paterna) e as de Castela (ascendência materna).[a]

Notas

[a] ^ Num estudo publicado pelo historiador espanhol Faustino Menéndez-Pidal de Navascués, "Algunos monumentos heráldicos portugueses en España" em Armas e Troféus, Lisboa 1963, t. IV, p. 41 (34-43).[4]

Referências

  1. a b c Pereira 1998, p. 96.
  2. Pereira 1998, p. 115.
  3. Pereira 1998, p. 121.
  4. a b Pereira 1998, p. 116.

Bibliografia