Franquismo: diferenças entre revisões

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==Ideologia==
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[[Ideologia|Ideologicamente]], o franquismo é baseado no [[fascismo]], adaptado para a Espanha pelo movimento [[Falange Espanhola|falangista]]. As bases do regime franquista foram definidas pela unidade nacional espanhola ([[nacionalismo de estado]]), pelo [[catolicismo]] e pelo [[anti-comunismo]]. Apesar de o regime ter-se autodefinido como ''democracia orgânica'' com fins propagandísticos, não pode ser considerado de forma alguma como [[democracia|democrático]], em comparação às democracias parlamentaristas contemporâneas. É mais adequado defini-lo como [[ditadura]] ou regime [[Totalitarismo|totalitário]].
[[Ideologia|Ideologicamente]], o franquismo é baseado no [[fascismo]], adaptado para a Espanha pelo movimento [[Falange Espanhola|falangista]]. As bases do regime franquista foram definidas pela unidade nacional espanhola ([[nacionalismo de estado]]), pelo [[catolicismo]] e pelo [[anti-comunismo]]. Apesar de o regime ter-se autodefinido como ''democracia orgânica'' com fins propagandísticos, não pode ser considerado de forma alguma como [[democracia|democrático]], em comparação às democracias parlamentaristas contemporâneas. É mais adequado defini-lo como [[ditadura]] ou regime [[Totalitarismo|totalitário]].
Homem


==O franquismo hoje==
==O franquismo hoje==

Revisão das 14h26min de 2 de abril de 2009

Série
História da Espanha
Espanha na Pré-História
Espanha pré-romana
Hispânia
Visigodos e Suevos
Domínio árabe e a Reconquista
A Reconquista e o Reino das Astúrias
Reinos de Leão, Castela, Aragão e Navarra
Dinastia de Borgonha
Dinastia de Trastâmara
Reis Católicos
Descobrimentos
Guerra da Sucessão Espanhola
Guerra Peninsular
Governo de Fernando VII
Guerras Carlistas
Revolução de 1868 e Sexênio Revolucionário
Dinastia de Saboia
Primeira República
Restauração Bourbon
Ditadura de Primo de Rivera
Segunda República Espanhola
Guerra Civil
Franquismo
Transição Espanhola

O franquismo é um regime político aplicado na Espanha entre 1939 e 1976, durante a ditadura do general Francisco Franco (que morreu em 1975).

Fim da Guerra Civil

Ver artigo principal: Guerra Civil Espanhola
Documento assinado por Franco comunicando o fim da guerra civil (1.abr.1939)

A Guerra Civil Espanhola deixou mais ou menos 1 milhão de mortos. De certa forma, ela serviu de demonstração do poder bélico que a Itália e a Alemanha vinham armazenando para a Segunda Guerra Mundial.

Terminada a Guerra Civil Espanhola com a vitória dos auto-denominados nacionalistas ou Movimiento Nacional, Franco passou a ser o chefe de Estado, proclamando-se Caudilho de Espanha pela graça de Deus.

Os primeiros anos do regime franquista coincidiram com a Segunda Guerra Mundial, retribuindo Franco o auxílio que lhe fora prestado por Hitler e Mussolini durante a Guerra Civil: na frente oriental contra a URSS, a Espanha franquista colaborou com a "Divisão Azul" de infantaria, a "Legião Espanhola de voluntários" e a "Esquadrilha Salvadore". Internamente, o regime praticou uma política econômica autárquica que freou o desenvolvimento do país.

No pós-Guerra

pial Depois de terminada a Segunda Guerra Mundial, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas condenou formalmente o regime franquista através da resolução 39 (1), em 12 de Dezembro de 1946, solicitando que, "dentro de um tempo razoável", fossem realizadas eleições no quadro de uma abertura política na qual fossem garantidas as liberdades públicas de expressão e de reunião. Como medida de pressão, a ONU recomendou aos seus membros o corte de relações diplomáticas com a Espanha.

Em 31 de Março de 1947, Franco anunciou uma "Lei de Sucessão" para se poder vir a estabelecer uma Monarquia Constitucional em Espanha. As Cortes espanholas aprovaram a referida Lei em 7 de Junho, que foi submetida a referendo e aprovada no dia 6 de Julho.

No dia 1 de Agosto de 1950, o Senado dos Estados Unidos aprovou um empréstimo de 110 milhões de dólares a Espanha, e no mesmo dia a Embaixada de Espanha em Washington anunciou a vontade de Franco enviar soldados para combater o comunismo na Guerra da Coreia (1950-1953).

Em 1953, o governo de Franco assinou uma Concordata com o Vaticano. No mesmo ano assinou também o Pacto de Madrid com os Estados Unidos, cedendo aos americanos o direito de instalação de bases militares em Espanha, a primeira das quais foi aberta em Rota dois anos depois. Nesse ano de 1955, a Espanha de Franco foi admitida na Organização das Nações Unidas.

Nos anos 1960 produziu-se um aumento notável do nível de vida da população em geral (desenvolvimentismo), ainda que o nível de liberdade pessoal e política não tenha aumentado da mesma maneira.

O franquismo como regime político acabou com a morte de Francisco Franco, que foi sucedido na chefia do Estado espanhol pelo Rei Juan Carlos I. A transição espanhola para um sistema político baseado na democracia parlamentar foi relativamente suave.

Ideologia

Ideologicamente, o franquismo é baseado no fascismo, adaptado para a Espanha pelo movimento falangista. As bases do regime franquista foram definidas pela unidade nacional espanhola (nacionalismo de estado), pelo catolicismo e pelo anti-comunismo. Apesar de o regime ter-se autodefinido como democracia orgânica com fins propagandísticos, não pode ser considerado de forma alguma como democrático, em comparação às democracias parlamentaristas contemporâneas. É mais adequado defini-lo como ditadura ou regime totalitário. Homem

O franquismo hoje

Há grupos reduzidos de extrema-direita que se declaram franquistas e reivindicam abertamente o regime franquista. Estes grupos defendem uma visão da História da Espanha coerente com a propagada pelo franquismo (ver Revisionismo histórico).

Por outro lado, levando em conta que o regime controlou a educação durante quase 40 anos, que a transição para a democracia foi gradual, e que houve uma amnistia geral com todos os integrantes ou colaboradores do regime franquista, há quem argumente que o franquismo como fato social perdurou na Espanha muito além de 1975 (o chamado franquismo sociológico). Obviamente, isto é objeto de controvérsia, e de fato o uso do termo franquista de forma derrogatória foi sido relativamente habitual no debate político dos últimos anos.

Ver também

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