Almôndegas

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Almôndegas
Informação geral
Origem Pelotas, Rio Grande do Sul
País  Brasil
Gênero(s) Rock - (com influências da música tradicionalista gaúcha)
Período em atividade 1971 - 1979
Integrantes Kleiton Ramil
Kledir Ramil
Quico Castro Neves
Gilnei Silveira
Pery Souza
João Baptista
Zé Flávio
Arthurzaz
Fernando Pezão
Inácio do Canto

Almôndegas foi uma das bandas pioneiras em criar uma linguagem particular para a música pop gaúcha. Oriundos da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Os Almôndegas misturavam velhas canções do folclore gaúcho, mpb e rock.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Os Almôndegas surgiram oficialmente com a gravação do primeiro LP, em 1975, mas desde quatro anos antes os irmãos Kleiton Ramil e Kledir Ramil, o primo Pery Souza e os amigos Gilnei Silveira e Quico Castro Neves lideravam uma gurizada que se reunia num apartamento no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, para cantar. Músicos de formação eclética, eles só pensavam em se divertir quando venceram o I Festival Universitário da Canção Catarinense com a música Vento Negro.

Em 1974, realizaram sua primeira gravação: a música "Testamento", com letra de José Fogaça, música que virou trilha sonora de um programa (Opinião Jovem) que o próprio José tinha na rádio Continental 1120 AM.

A mescla de regionalismo com música pop, espécie de marca registrada dos Almôndegas, surgiu meio por acaso. Em um show no antigo Encouraçado Butikin, o grupo cantou Amargo, de Lupicínio Rodrigues, e a reação da platéia foi calorosa. Com o aval do público, os músicos passaram a repetir a apresentação em outros shows e levaram a experiência para o primeiro disco.[2]

Gravaram o primeiro LP ("Almôndegas"), em 1975 (mesmo ano de "Aqui", trabalho que colocou a faixa "Canção da Meia-noite" na novela Saramandaia, da Rede Globo de Televisão). Em 1977, a banda partiu para o Rio de Janeiro. Kleiton, Kledir e Gilnei levavam outros sonhos na bagagem e contavam com o auxílio precioso dos novos integrantes João Baptista e Zé Flávio. Neste ano, vieram mais dois discos: "Gaudêncio Sete Luas" (na verdade, uma coletânea dos anteriores) e "Alhos com Bugalhos". Os registros da carreira do Almôndegas culminou com "Circo de Marionetes", de 1978. No seguinte - 1979 - o grupo se desfez.

Mesmo iniciando sua carreira no circuito universitário e sendo lançados junto com as sementes do que seria o Rock do Sul, o grupo nunca negou as raízes Rio-grandenses, tanto que participaram, em 1975, da quinta "Califórnia da Canção Nativa", com a música "Piquete do Caveira". Seus componentes mais famosos foram os irmãos Kleiton e Kledir Ramil.

Reencontros depois do fim[editar | editar código-fonte]

Depois do final da banda, em 1979, os integrantes continuaram a se encontrar em diversas ocasiões.

Em novembro de 1990, quase todos os integrantes de todas as formações se encontraram para uma série de shows na casa noturna de Porto Alegre, L'Atmosphere, para comemorar os 15 anos de surgimento da banda. Contando com Fernando Pezão e Inácio do Canto substituindo Arthurzaz e João Baptista.

Em 2010, foram homenageados no Carnaval de Pelotas (Rio Grande do Sul), o que foi motivo para o reencontro de ex-integrantes do grupo.[3]

Influência no rock gaúcho[editar | editar código-fonte]

O trabalho do Almôndegas virou referência para artistas posteriores do pop rock gaúcho como Thedy Corrêa [4], Wander Wildner [5], Duca Leindecker [6] entre outros. Em eleição promovida pelo portal gaúcho clicrbs, três canções dos almôndegas ("Vento Negro", "Até Não Mais" e "Haragana") foram lembradas por outros artistas entre as músicas que melhor representam o Rio Grande do Sul.[7]

Membros[editar | editar código-fonte]

Primeira formação[editar | editar código-fonte]

  • Kleiton Ramil - violino, violão e voz
  • Kledir Ramil - guitarra, violão e voz
  • Gilnei Silveira - bateria e percussão
  • Pery Souza - percussão e voz
  • Quico Castro Neves - violão, viola e voz

Segunda formação[editar | editar código-fonte]

  • Kleiton Ramil - violino, violão e voz
  • Kledir Ramil - guitarra, violão e voz
  • Gilnei Silveira - bateria e percussão
  • Arthurzaz - bateria
  • João Baptista (João Baptista Guimarães Carvalho) - baixo
  • Zé Flávio (José Flávio Alberton de Oliveira) - guitarra e voz

Formação 15 anos[editar | editar código-fonte]

  • Kleiton Ramil - violino, violão e voz
  • Kledir Ramil - guitarra, violão e voz
  • Gilnei Silveira - bateria e percussão
  • Pery Souza - percussão e voz
  • Quico Castro Neves - violão, viola e voz
  • Zé Flávio (José Flávio Alberton de Oliveira) - guitarra e voz
  • Fernando Pezão - bateria
  • Inácio do Canto - baixo

Cronologia de integrantes[editar | editar código-fonte]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Todos os álbuns foram lançados originalmente em LP, exceto o de 2006 que foi lançado em CD. Seus dois últimos LP's foram reeditados em CD, pela Gravadora Universal: Alhos com Bugalhos e Circo de Marionetes.

Álbuns de Estúdio[editar | editar código-fonte]

Coletâneas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Almôndegas». dicionariompb.com.br. Consultado em 13 de dezembro de 2012 
  2. «Som de uma época». Aplauso. Consultado em 2 de abril de 2011 [ligação inativa]
  3. «Notícias:Academia do Samba com a exaltação a Kleiton e Kledir». Pelotas: Carnaval 2010. Consultado em 10 de julho de 2017 [ligação inativa]
  4. «Ídolos». Clicrbs. Consultado em 2 de abril de 2011 
  5. «Wander Wildner no Didge Steakhouse». didge. Consultado em 2 de abril de 2011 
  6. «Entrevista Pouca Vogal». Clicrbs. Consultado em 2 de abril de 2011 
  7. «Opinião dos artistas». Clicrbs. Consultado em 2 de abril de 2011. Arquivado do original em 19 de abril de 2009 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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