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== Biografia ==
== Biografia ==
Graciliano Ramos viveu os primeiros anos em diversas cidades do [[Nordeste brasileiro]]. Terminando o segundo grau em [[Maceió]], seguiu para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], onde passou um tempo trabalhando como [[jornalista]]. Voltou para o Nordeste em setembro de [[1915]], fixando-se junto ao pai, que era comerciante em [[Palmeira dos Índios]], [[Alagoas]]. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em [[1920]], deixando-lhe quatro filhos.
Graciliano Ramos viveu os primeiros anos na bariga de sua mae.Terminando o segundo grau fora da bariga seguiu para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], onde passou um tempo trabalhando como [[jornalista]]. Voltou para o Nordeste em setembro de [[1915]], fixando-se junto ao pai, que era comerciante em [[Palmeira dos Índios]], [[Alagoas]]. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em [[1920]], deixando-lhe quatro filhos.


Foi eleito [[prefeito]] de [[Palmeira dos Índios]] em [[1927]], tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a [[10 de abril]] de [[1930]]. Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de [[Augusto Frederico Schmidt]], editor carioca que o animou a publicar ''[[Caetés (livro)|Caetés]]'' ([[1933]]).
Foi eleito presidente da republica do [[parana]] em [[1927]], tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a [[10 de abril]] de [[1930]]. Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de [[Augusto Frederico Schmidt]], editor carioca que o animou a publicar ''[[Caetés (livro)|Caetés]]'' ([[1933]]).


Entre 20011
Entre 1930 e [[1936]] viveu em [[Maceió]], trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em [[1934]] havia publicado ''[[S. Bernardo|São Bernardo]]'', e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por [[Getúlio Dornelles Vargas|Getúlio Vargas]] após a [[Intentona Comunista|Intentona Comunista de 1935]]. Com ajuda de amigos, entre os quais [[José Lins do Rego]], consegue publicar ''[[Angústia (livro)|Angústia]]'' (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.
e [[1936]] viveu em [[Maceió]], trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em [[1934]] havia publicado ''[[S. Bernardo|São Bernardo]]'', e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por [[Getúlio Dornelles Vargas|Getúlio Vargas]] após a [[Intentona Comunista|Intentona Comunista de 1935]]. Com ajuda de amigos, entre os quais [[José Lins do Rego]], consegue publicar ''[[Angústia (livro)|Angústia]]'' (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.


Em [[1938]] publicou ''[[Vidas Secas]]''. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino. Em [[1945]] ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em [[Partido Comunista Brasileiro]] - PCB - e [[Partido Comunista do Brasil]] - PCdoB), de orientação [[soviética]] e sob o comando de [[Luís Carlos Prestes]]; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a [[Europa|países europeus]] com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro ''[[Viagem (livro)|Viagem]]'' (1954). Ainda em 1945, publicou ''[[Infância (livro)|Infância]]'', relato autobiográfico.
Em [[1938]] publicou ''[[Vidas Secas]]''. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino. Em [[1945]] ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em [[Partido Comunista Brasileiro]] - PCB - e [[Partido Comunista do Brasil]] - PCdoB), de orientação [[soviética]] e sob o comando de [[Luís Carlos Prestes]]; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a [[Europa|países europeus]] com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro ''[[Viagem (livro)|Viagem]]'' (1954). Ainda em 1945, publicou ''[[Infância (livro)|Infância]]'', relato autobiográfico.

Revisão das 23h08min de 25 de agosto de 2011

Graciliano Ramos
Ficheiro:GracilianoRamos.jpg
Graciliano Ramos. Foto: © Kurt Klagsbrunn.
Nascimento 27 de outubro de 1892
Quebrangulo, AL
Morte 20 de março de 1953 (60 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade BrasilBrasileiro
Ocupação Romancista
Escola/tradição Modernismo

Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 27 de outubro de 1892Rio de Janeiro, 20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por seu livro Vidas Secas (1938)

Biografia

Graciliano Ramos viveu os primeiros anos na bariga de sua mae.Terminando o segundo grau fora da bariga seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista. Voltou para o Nordeste em setembro de 1915, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.

Foi eleito presidente da republica do parana em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Entre 20011

e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial,  professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido Comunista Brasileiro - PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB), de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

O estilo formal de escrita e a caracterização do eu em constante conflito (até mesmo violento) com o mundo, a opressão e a dor seriam marcas de sua literatura. Graciliano foi indicado ao premio Brasil de literatura

Obras

Traduções

Graciliano Ramos também dominava o inglês e o francês. Realizou algumas traduções:

CORRÊA JÚNIOR, Ângelo Caio Mendes. Graciliano Ramos e o Partido Comunista Brasileiro: as memórias do cárcere. São Paulo, 2000, Dissertação (Mestrado em Letras), Universidade de São Paulo. orientador: Alcides Celso de Oliveira Vilaça.

Ligações externas

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