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Gripe suína: diferenças entre revisões

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A contaminação se dá da mesma forma que a [[gripe]] comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de [[porco]] a 70 [[Grau (temperatura)|graus]] [[Celsius]] destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus [[Mutação|mutante]], com material genético das gripes humana, aviária e suína.
A contaminação se dá da mesma forma que a [[gripe]] comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de [[porco]] a 70 [[Grau (temperatura)|graus]] [[Celsius]] destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus [[Mutação|mutante]], com material genético das gripes humana, aviária e suína.
bia e douglas amor eterno


=== Surto de gripe suína de 2009 ===
=== Surto de gripe suína de 2009 ===

Revisão das 18h19min de 17 de junho de 2009

Nota: Se procura especificamente o surto de gripe suína de 2009, consulte: Surto de gripe A (H1N1) de 2009.
A gripe suína é endémica em porcos
Imagem de microscópio electrónico do vírus da gripe A(H1N1) rearranjado, fotografado no CDC Influenza Laboratory. Os vírus têm 80–120 nanómetros de diâmetro.[1]

A gripe suína refere-se à gripe causada pelas estirpes de vírus da gripe, chamadas vírus da gripe suína, que habitualmente infectam porcos, onde são endémicas[2]. Em 2009 todas estas estirpes são encontradas no vírus da gripe C e nos subtipos do vírus da gripe A conhecidos como H1N1, H1N2, H3N1, H3N2, e H2N3.

Quando os vírus da influenza de diferentes espécies infectam simultaneamente o mesmo animal (como por exemplo o suíno), podem reorganizar-se geneticamente e originar uma nova estirpe de vírus, tal como aconteceu actualmente com a emergência deste novo virus circulante Influenza A/H1N1. A análise deste vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Especificamente, esta combinação não havia sido vista até agora em humanos ou em suínos, e a sua origem é ainda desconhecida. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos, e o contágio de humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum.

Em seres humanos, os sintomas de gripe A (H1N1) são semelhantes aos da gripe e síndroma gripal em geral, nomeadamente calafrios, febre, garganta dorida, dores musculares, dor de cabeça forte, tosse, fraqueza e desconforto geral.[3].

O virus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de virus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozinhadas. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius mata o vírus da influenza, assim como outros vírus e bactérias. [4]

Gripe suína zoonótica

A gripe suína é comum em porcos da região centro-oeste dos Estados Unidos da América (e ocasionalmente noutros estados), no México, Canadá, América do Sul, Europa (Incluindo o Reino Unido, Suécia e Itália), Quénia, China continental, Taiwan, Japão e outras partes da Ásia oriental.[2]

O vírus da gripe suína causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afecta humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo virus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal.

Passageiros do metrô na Cidade do México usando máscaras de proteção em 24 de Abril de 2009.

Os suínos podem igualmente ser infectados pelo virus da influenza humana - o que parece ter ocorrido durante a gripe de 1918 e o surto de gripe A (H1N1) de 2009 - assim como pelo virus da influenza aviário. A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de porco correctamente cozinhada não coloca risco de infecção. Quando transmitido, o vírus nem sempre causa gripe em humanos, e muitas vezes o único sinal de infecção é a presença de anticorpos no sangue, detectáveis apenas por testes laboratoriais.

Quando a transmissão resulta em gripe num ser humano, é designada gripe suína zoonótica. As pessoas que trabalham com porcos, sujeitas a uma exposição intensa, correm o risco de contrair gripe suína. No entanto, apenas 50 transmissões desse género foram registadas desde meados do século XX, quando a identificação de subtipos de gripe se tornou possível. Raramente, estas estirpes de gripe suína podem ser transmitidas entre seres humanos.

Influenza A (H1N1)

Sintomas e tratamento

Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1).

Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional.

De acordo com a OMS, os medicamentos antiviral oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.[5]

Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença.[6]

Formas de contágio

Imagem de microscópio eletrónico de uma coloração negativa de um vírus de gripe H1N1 rearranjado.

A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína. bia e douglas amor eterno

Surto de gripe suína de 2009

Ver artigo principal: Surto de gripe A (H1N1) de 2009

O surto de gripe suína de 2009 em humanos, oficialmente denominado como gripe A (H1N1) (português europeu) ou influenza A (H1N1) (português brasileiro)[7], e inicialmente conhecido como gripe mexicana,[8] gripe norte-americana, [9] influenza norte-americana[10] ou nova gripe [8], deveu-se a uma nova estirpe de influenzavirus A subtipo H1N1 que continha genes relacionados de modo muito próximo à gripe suína.[11] A origem desta nova estirpe é desconhecida. No entanto, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou que esta estirpe não foi isolada em porcos.[12][13]Esta estirpe transmite-se de humano para humano,[14] e causa os sintomas habituais da gripe.[15]

Vacina

Existe uma vacina para os porcos, porém ainda não se descobriu uma que possa ser utilizada pelos humanos.[16] A vacina destinada à prevenção da gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz.[17] Também o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) está a investigar formas de tratamento.

O Instituto Butantan, em São Paulo, está colaborando com a Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina preventiva contra a gripe suína e prevê finalizar o processo dentro de quatro a seis meses.[18]

Todavia, segundo Karl Nicholson, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida. [19]

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) concluíram as primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) mapeadas no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o material foi desenvolvido a partir de dados coletados de três pacientes - dois do Rio de Janeiro e um de Minas Gerais -, todos diagnosticados no laboratório. Uma análise preliminar mostrou que, nos casos brasileiros, não existe indicativo de variação em relação ao vírus que circula em outras localidades. Segundo Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, o sequenciamento genético é fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico. [20]

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Ver também

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Gripe suína
  1. International Committee on Taxonomy of Viruses. «The Universal Virus Database, version 4: Influenza A» 
  2. a b «Swine influenza». The Merck Veterinary Manual. 2008. Consultado em April 30, 2009  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. Este parágrafo foi traduzido a partir da versão inglesa do artigo, as referências estão no texto nas respectivas secções, nesse artigo
  4. G1 Entenda como a gripe suína se espalha entre humanos
  5. Tamiflu parece ser efetivo contra gripe suína, diz OMs.JC Online, 25 de abril de 2009. Acesso em 01 de maio de 2009.
  6. Nova Escola - Plano de aula sobre Gripe Suína
  7. O Globo. «OMS muda o nome oficial da epidemia de gripe para 'influenza A (H1N1)'». Consultado em 1 de maio de 2009 
  8. a b Operamundi: Criadores de porcos temem prejuízo com gripe suína (página da notícia visitada em 29/04/2009)
  9. AFP, 28 de Abril de 2009 OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) diz que não há provas para atribuir a gripe suína aos porcos (página da notícia visitada em 01/05/2009)
  10. Midiamais Cadeia produtiva diz que é "influenza norte-americana" e não "gripe do suíno" (página da notícia visitada em 29/04/2009)
  11. V Trifonov, H Khiabanian, B Greenbaum, R Rabadan (30 April 2009). «The origin of the recent swine influenza A(H1N1) virus infecting humans» (PDF). Eurosurveillance. 4 (17)  Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. Maria Zampaglione (April 29, 2009). «Press Release: A/H1N1 influenza like human illness in Mexico and the USA: OIE statement». World Organisation for Animal Health. Consultado em April 29, 2009  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  13. AFP, 28 de Abril de 2009 OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) diz que não há provas para atribuir a gripe suína aos porcos (página da notícia visitada em 01/05/2009)
  14. Swine influenza World Health Organization 27 April 2009
  15. «Influenza A(H1N1) frequently asked questions». Who.int. Consultado em 7 de maio de 2009 
  16. G1 Entenda como a gripe suína se espalha entre humanos (página da notícia visitada em 29/04/2009)
  17. Notícias Terra Japão tenta encontrar vacina contra gripe suína (página da notícia visitada em 28/04/2009)
  18. INFO Online, 30 de abril de 2009 "Brasil ajuda criar vacina contra gripe suína", por Guilherme Pavarin
  19. Estadão Vacina atual não protege contra gripe suína, dizem especialistas (página da notícia visitada em 28/04/2009)
  20. Agência Estado, 18 de maio de 2009. País conclui primeiras sequências genéticas do A (H1N1)