Ilse Losa: diferenças entre revisões
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Segundo [[Óscar Lopes]] "os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem". |
Segundo [[Óscar Lopes]] "os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem". |
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A 9 de Junho de 1995 foi feita Comendadora da [[Ordem do Infante D. Henrique]].<ref>http://www.ordens.presidencia.pt/</ref> |
A 9 de Junho de 1995 foi feita Comendadora da [[Ordem do Infante D. Henrique]].<ref>http://www.ordens.presidencia.pt/</ref>pois e ela e campea |
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==''Romances''== |
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Revisão das 17h24min de 5 de março de 2013
Ilse Losa | |
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Nome completo | Ilse Lieblich Losa |
Nascimento | 20 de março de 1913 Melle, Alemanha |
Morte | 6 de janeiro de 2006 (92 anos) Porto, Portugal |
Ocupação | Escritora |
Ilse Lieblich Losa ComIH Bundesverdienstkreuz am Bande (nascida Ilse Lieblich, Melle-Buer, Osnabrück, Baixa Saxónia, 20 de março de 1913 — Porto, 6 de janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica.
Biografia
Nascida numa aldeia perto de Hanôver na Alemanha a 20 de março de 1913,[1] filha de Arthur Lieblich (falecido em 1930, filho de Josef Lieblich, falecido em 1921, e de sua mulher Jenny, e irmão de Julius, Hedwig e Willy Lieblich) e de sua mulher Hedwig Hirsch (falecida em 1936), frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim e mais tarde um instituto comercial em Hanôver.[1]
Ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal em 1930 com a mãe e seus irmãos Ernst (nascido em Junho de 1914) e Fritz. Deslocou-se primeiro para Inglaterra onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças. Chegou a Portugal em 1934, tendo-se fixado na cidade do Porto, onde casou em 1935 com o arquitecto Arménio Taveira Losa, tendo adquirido a nacionalidade portuguesa. O seu irmão Fritz também casou com uma Portuguesa, Florisa Estelita Gonçalves, de quem teve duas filhas, Sílvia Gonçalves Lieblich e Ângela Gonçalves Lieblich.
Em 1943, ano em que nasceu a sua primeira filha, Margarida Lieblich Losa (falecida em Janeiro de 1999), publicou o seu primeiro livro "O mundo em que vivi" e desde essa altura, dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1984 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças.[1] Teve outra filha, Alexandra Lieblich Losa. Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação Portuguesa de Escritores) devido à sua obra À Flor do Tempo. Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e colaborou na organização e traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão para português alguns dos mais consagrados autores.[1]
Segundo Óscar Lopes "os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem".
A 9 de Junho de 1995 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.[2]pois e ela e campea
Romances
- O mundo em que vivi (1949)
- Histórias quase esquecidas (1950)
- Grades brancas (1951)
- Rio sem ponte (1952)
- Aqui havia uma casa (1955)
- Sob céus estranhos (1962)
- Encontros no outono (1965)
- O barco afundado (1979)
- Um artista chamado Duque (1990)
- Caminhos sem destino (1991)
- Silka
Literatura Infantil
- Faísca conta a sua história (1949)
- A flor azul (1955)
- Na quinta das cerejeiras (1984)
- Estas searas (1984)
- A visita do padrinho (1989)
- Beatriz e o plátano (1976)
- O rei rique e outras histórias
- O Quadro Roubado
Crónicas
Prémios
- 1982: Prémio da Fundação Gulbenkian, pelo livro Na Quinta das Cerejeiras.
- 1984: Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da obra.
- 1989: Prémio Maçã de Ouro da Bienal Internacional de Bratislava, pelo conto Silka.[3]
Referências
- ↑ a b c d «Ilse Losa». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 06 de dezembro de 2012 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ http://www.ordens.presidencia.pt/
- ↑ Dicionário Cronológico de Autores Portugueses: Ilse Losa, acessado em 6 de Janeiro de 2008
Ligações externas
Literatura de e sobre Ilse Losa (em alemão) no catálogo da Biblioteca Nacional da Alemanha