Hastula cinerea

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Impages cinerea)
Como ler uma infocaixa de taxonomiaHastula cinerea
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Conoidea
Família: Terebridae
Género: Hastula
H. Adams & A. Adams, 1853[1]
Espécie: H. cinerea
Nome binomial
Hastula cinerea
(Born, 1778)[1]
Sinónimos
Buccinum cinereum Born, 1778
Terebra cinerea (Born, 1778)
Impages cinerea (Born, 1778)
Terebra laurina Hinds, 1844
Terebra luctuosa Hinds, 1844
Terebra jamaicensis C. B. Adams, 1850
Terebra acuta Deshayes, 1857
Hastula luctuosa (Hinds, 1958)
(WoRMS)[1]

Hastula cinerea (denominada, em inglês, grey Atlantic auger;[2] em português, no Paraná, Brasil, agulhinha;[3] em japonês, クチビロタケ)[4] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Terebridae. Foi classificada por Born, em 1778, como Buccinum cinereum, na obra Index rerum naturalium Musei Cæsarei Vindobonensis. Pars I.ma. Testacea. Verzeichniß der natürlichen Seltenheiten des k. k. Naturalien Cabinets zu Wien;[1] também fazendo parte do gênero Impages durante o início do século XXI (Impages cinerea).[5] Pode ser encontrada nos sambaquis brasileiros, do Rio de Janeiro para o sul, embora sua importância antropológica seja desconhecida.[6]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha em forma de torre alta, de coloração cinzenta, castanho-olivácea ou creme (com raros albinos); com pouco mais de 5 centímetros de comprimento, quando desenvolvida; com 10 a 11 voltas, esculpidas com pequenas costelas axiais, de 40 a 50 por volta.[7][8][9][10] O significado de cinerea provém de "cinéreo", do latim cinerĕus e sinônimo de cinzento.[11][12]

É encontrada em águas rasas da zona entremarés, na areia das praias. Os animais da família Terebridae são predadores e esta espécie se alimenta de vermes Polychaeta e bivalves do gênero Donax.[7]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Hastula cinerea ocorre nas costas do oceano Pacífico, do México ao Equador e, no oceano Atlântico, no mar do Caribe, incluindo Antilhas, leste da Colômbia e Venezuela; até a Flórida, nos Estados Unidos, e costa do Brasil, do Ceará a Santa Catarina.[10] Há também registros em Senegal, Angola e Cabo Verde, ainda no Atlântico, além da ilha de Madagáscar, no oceano Índico.[9][13]

Referências

  1. a b c d «Hastula cinerea (Born, 1778)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 5 de abril de 2020 
  2. ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 276. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. ABSHER, Theresinha Monteiro; FERREIRA JUNIOR, Augusto Luiz; CHRISTO, Susete Wambier (2015). Conchas de Moluscos Marinhos do Paraná (PDF). Curitiba - PR: Museu de Ciências Naturais - MCN - SCB - UFPR. p. 12. 20 páginas. ISBN 978-85-66631-18-0. Consultado em 20 de março de 2021. Arquivado do original (PDF) em 9 de junho de 2021 
  4. «Hastula cinerea (Born, 1778) vernacular» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  5. Lima, Silvio Felipe Barbosa; Lima, Bianca Vieira; Abreu, Evandro Cosmo; Oliveira, Geraldo Semer Pomponet; Lucena, Rudá Amorim; Mendonça, Luana Marina de Castro; Prata, Jéssica; Souza, J. Weverton S. de (10 de outubro de 2019). «First inventory of benthic mollusks associated with the reef ecosystems of Morro de São Paulo on Tinharé Island in northeastern Brazil» (em inglês). Biota Neotropica. vol.19 no.4 (SciELO). 1 páginas. Consultado em 5 de abril de 2020 
  6. SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 228. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3 
  7. a b RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 181. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  8. «Hastula cinerea (Born, 1778)». Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 15 de janeiro de 2019 
  9. a b «Impages cinerea ( = Hastula cinerea (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 15 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  10. a b Luz, Índira Oliveira da (2015). «Dinâmica populacional de Hastula (Impages) cinerea (Born, 1778) (Mollusca, Gastropoda, Terebridae) em duas praias urbanas (Ilhéus, Bahia)» (PDF). Universidade Estadual de Santa Cruz. 1 páginas. Consultado em 15 de janeiro de 2019 
  11. «cinéreo». Dicionário Online de Português: Dicio. 1 páginas. Consultado em 16 de janeiro de 2019 
  12. AZEVEDO, Fernando de (1950). Pequeno Dicionário Latino-Português 3 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. p. 28. 212 páginas 
  13. «Hastula cinerea (Born, 1778) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 5 de abril de 2020