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Invasão chinesa do Tibete em 1950

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Invasão chinesa do Tibete em 1950
Anexação do Tibete pela República Popular da China
Data 6–19 de outubro de 1950
Local Chamdo, Tibete
Desfecho vitória chinesa
Mudanças territoriais Anexação do Tibete
Beligerantes
Tibete Tibete  China
Comandantes
Tibete Ngapoi Ngawang Jigme (prisioneiro de guerra)[1] China Mao Zedong
China Liu Bocheng
China Zhang Guohua
China Fan Ming
Forças
Exército tibetano:[2] 8.500[3] Exército de Libertação Popular: 40.000[4][5]
Baixas
180 mortos ou feridos[6][7][8] 114 mortos ou feridos[6]

A invasão chinesa do Tibete em 1950 ou intervenção militar chinesa no Tibete, ou também Batalha de Chamdo (chinês: 昌都战役), oficialmente na China como Libertação de Chamdo (chinês: 解放昌都),[9][10] foi uma campanha militar por parte da República Popular da China contra o de facto independente Tibete em Chamdo depois de meses de negociações fracassadas. [11] O objetivo da campanha era capturar o exército tibetano em Chamdo, desmoralizar o governo de Lhasa, e exercer, assim, pressão suficiente para obter dos representantes tibetanos a concordância em participar de negociações em Pequim e assinar os termos reconhecendo a soberania chinesa sobre o Tibete. A campanha resultou na captura de Chamdo e novas negociações entre a República Popular da China e os representantes tibetanos, o que conduziria a anexação do Tibete pela República Popular da China.

O regime comunista chinês liderado por Mao Tse Tung interveio no Tibete em 1950 sob pretexto de "libertar o país do imperialismo inglês", quarenta mil soldados chineses entraram em outubro do mesmo ano em Lhassa, capital histórica tibetana, e em 1951 o país ficou sob controle total da China.

Este ataque marcou o início da campanha de Pequim para integrar o Tibete na República Popular da China. O governo chinês chama essa operação de "libertação pacífica do Tibete" [12], e um Acordo de Dezessete Pontos para a Libertação Pacífica do Tibete foi assinado pelos representantes do XIV Dalai Lama, Tenzin Gyatso e o Governo da China, que declarou sua soberania sobre a região. No entanto, o episódio é chamado de "invasão do Tibete" pelo governo tibetano no exílio, [13], o Congresso americano, os analistas militares, as fontes da mídia, e várias ONGs, como a Comissão Internacional de Juristas, que presumem que o Tibete não teve outra escolha a não ser assinar o acordo em 17 pontos, que foi denunciado pelo Dalai Lama no exílio em 1959.

Referências

  1. Mackerras, Colin. Yorke, Amanda. The Cambridge Handbook of Contemporary China. [1991]. Cambridge University Press. ISBN 0-521-38755-8. p.100.
  2. The Tibetan Army, Gyajong, was established according to the 29-point reform installed by the Qianlong Emperor. See Goldstein, M.C., "The Snow Lion and the Dragon", p.20
  3. Freedom in Exile: The Autobiography of the Dalai Lama, 14th Dalai Lama, London: Little, Brown and Co, 1990 ISBN 0-349-10462-X
  4. Laird 2006 p.301.
  5. Shakya 1999, p.43
  6. a b Jiawei Wang et Nima Gyaincain, The historical Status of China's Tibet, China Intercontinental Press, 1997, p.209 (see also The Local Government of Tibet Refused Peace Talks and the PLA Was Forced to Fight the Qamdo Battle, china.com.cn): "The Qamdo battle thus came to a victorious end on October 24, with 114 PLA soldiers and 180 Tibetan troops killed or wounded."
  7. Shakya 1999, p.45. Shakya also quotes PRC sources reporting 5738 enemy troops "liquidated" and over 5700 "destroyed". Shakya does not provide an estimate of PRC casualties.
  8. Feigon 1996, p.144.
  9. Chinese Reds Promise The 'Liberation' of Tibet
  10. The Exiled Tibetan Government in India calls it the "invasion of Tibet by the People's Liberation Army of China," see Tibet: Proving Truth From Facts. The Status of Tibet : "At the time of its invasion by troops of the People's Liberation Army of China in 1949, Tibet was an independent state in fact and at law."
  11. Shakya 1999 pp.28–32
  12. Peaceful Liberation of Tibet
  13. «The Status of Tibet: "At the time of its invasion by troops of the People's Liberation Army of China in 1949, Tibet was an independent state in fact and law...."». Consultado em 11 de junho de 2009. Arquivado do original em 9 de maio de 2008 
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