Júlia de Cartago

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Júlia, virgem e mártir
Nascimento Cartago 
420
Morte Córsega 
maio de 450
Veneração por 22 de maio
Canonização Roma
Principal templo Igreja de Santa Júlia, em Brescia, Itália.
Festa litúrgica 22 de maio
Gloriole.svg Portal dos Santos

Vida[editar | editar código-fonte]

Júlia vem do latim "Julia", que significa da linhagem do romano Julius.

Santa Júlia nasceu de pais romanos nobres de África, pertencia a família Julia. Pouco se sabe de sua infância, mas afirma-se que vivia uma vida simples e dedicada a Deus. Quando era bastante jovem, em 436 sua cidade foi conquistada pelos vândalos, liderados por Genserico. Júlia foi capturada e vendida como escrava a Eusébio, um comerciante pagão sírio, porém ela não se queixou e nem se sentiu triste, pois compreendeu que era vontade de Deus. Aceitou tudo e desempenhou as tarefas mais humildes com uma alegria maravilhosa. Amou a Deus com todo o seu coração. Em suas horas vagas e com autorização de seu próprio amo, lia livros santos e rezava fervorosamente.

Vitral representando Santa Júlia, ainda jovem, em trajes de mulher romana e patrícia

No ano de 450, seu dono resolveu levá-la consigo para a França. No caminho, parou em uma vila, na ilha de Córsega, para ir a um festival pagão. Júlia se negou a ir. Contudo, parou na porta do templo local e, ajoelhada, rezou para que Jesus convertesse todas aquelas pessoas.

Félix, o governador dessa região, ficou muito enojado com ela porque não se uniu ao festejo. Convidou Eusébio para um banquete em seu palácio e ofereceu-lhe quatro de suas melhores escravas em troca dela. Seu dono recusou, já que tinha um enorme afeto por Júlia, que era uma servente muito fiel e boa.

Enquanto o comerciante dormia, o governador fez com que Júlia fizesse sacrifícios a seus ídolos. Prometeu-lhe dar a liberdade se ela consentisse em abandonar o cristianismo. Ela se negou dizendo que a única liberdade que desejava era a de servir Jesus. Félix, mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada e atirada ao mar.[1] Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como contribuição para que o cristianismo crescesse e desse frutos. O seu corpo foi encontrado, no dia 22 de maio de 450, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou transladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o Papa Paulo I consagrou a Santa Júlia uma igreja naquela cidade.[2] A sua festa litúrgica ocorre no dia 22 de maio. É a padroeira da Córsega.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «St. Julia, Virgin and Martyr of Corsica - Information on the Saint of the Day - Vatican News». www.vaticannews.va (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2022 
  2. «Santa Giulia». Santiebeati.it. Consultado em 22 de maio de 2022 
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