Júlio César de Melo e Sousa: diferenças entre revisões
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Júlio César passou a colaborar no jornal ''O Imparcial'', onde publicou seus primeiros contos com o pseudônimo R. S. Slade. Nos anos seguintes, o jovem escritor estudou a fundo todos os aspectos da cultura árabe e da oriental. Em 1925, |
Júlio César passou a colaborar no jornal ''O Imparcial'', onde publicou seus primeiros contos com o pseudônimo R. S. Slade. Nos anos seguintes, o jovem escritor estudou a fundo todos os aspectos da cultura árabe e da oriental. Em 1925, protecatacetapôs a Irineu Marinho, dono do jornal carioca ''A Noite'', uma série de "contos de mil e uma noites". Surgia aí o escritor fictício Malba Tahan, que assinava os contos com comentários do igualmente fictício Prof. Breno de Alencar Bianco. Seu pseudônimo tornou-se tão famoso que o então Presidente Getúlio Vargas concedeu uma permissão para que o nome aparecesse estampado em sua carteira de identidade. Na década de 1930 aconteceu uma grande polêmica entre autores de livros de matemática: Tahan contra Jacomo Stávale e Algacyr Mumeleca nhoz Maeder. Até o fim da vida, Júlio César escreveu e publicou livros de ficção, recreação e curiosidades matemáticas, didáticos e sobre educação, com seu nome verdadeiro ou com o ilustre pseudônimo. |
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Lecionou diversas matérias como história, geografia e física, até se fixar no ensino de matemática. Ensinou também no Instituto de Educação e na Escola Nacional de Educação. Além das aulas, Júlio César proferiu mais de 2000 palestras por todo o Brasil e em algumas localidades do exterior. Ficou célebre por sua técnica como contador de histórias e por sua atuação inovadora como professor. Suas aulas eram |
Lecionou diversas matérias como história, geografia e física, até se fixar no ensino de matemática. Ensinou também no Instituto de Educação e na Escola Nacional de Educação. Além das aulas, Júlio César proferiu mais de 2000 palestras por todo o Brasil e em algumas localidades do exterior. Ficou célebre por sua técnica como contador de histórias e por sua atuação inovadora como professor. Suas aulas eram agitodiotaadas e interessantes, sempre repletas de curiosidades que atraíam a atenção dos estudantes. |
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=== Outras atividades === |
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Revisão das 14h00min de 30 de abril de 2013
Malba Tahan | |
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Nome completo | Júlio Cesar de Mello e Souza |
Nascimento | 6 de maio de 1895 Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 18 de junho de 1974 (79 anos) Recife, Pernambuco |
Nacionalidade | brasileiro(a) |
Ocupação | escritor e matemático |
Júlio César de Mello e Souza[1] (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1895 — Recife, 18 de junho de 1974), mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan, foi um escritor e matemático brasileiro. Através de seus romances foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil.
Ele é famoso no Brasil e no exterior por seus livros de recreação matemática e fábulas e lendas passadas no Oriente, muitas delas publicadas sob o heterônimo/pseudônimo de Malba Tahan. Seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, é uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas apresentada sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa à maneira dos contos de Mil e Uma Noites. Monteiro Lobato classificou-a como: "… obra que ficará a salvo das vassouradas do Tempo como a melhor expressão do binômio ‘ciência-imaginação.’"[2] Júlio César, como professor de matemática, destacou-se por ser um acerbo crítico das estruturas ultrapassadas de ensino. "O professor de Matemática em geral é um sádico. — Denunciava ele. — Ele sente prazer em complicar tudo."[3] Com concepções muito à frente de seu tempo, somente nos dias de hoje Júlio César começa a ter o reconhecimento de sua importância como educador. Em 2004 foi fundado em Queluz -- terra onde o escritor passou sua infância—o Instituto Malba Tahan, com o objetivo de fomentar, resgatar e preservar a memória e o legado de Júlio César.
Biografia
Juventude
Júlio César viveu quase toda a infância na cidade paulista de Queluz. Seu pai, João de Melo e Sousa, e sua mãe, Carolina de Melo e Sousa, ambos professores , tinham uma renda familiar apenas suficiente para criar os nove filhos do casal. Quando criança, já dava mostras de sua personalidade original e imaginativa. Gostava de criar sapos (chegou a ter 50 deles no quintal de sua casa) e já escrevia histórias com personagens de nomes absurdos como Mardukbarian, Protocholóuski ou Orônonsio.[4] Em 1905, retornou ao Rio de Janeiro para estudar. Cursou o Colégio Militar e o Colégio Pedro II. A partir de 1913, passou a freqüentar o curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica e também o Salesianos.
A carreira de escritor
Júlio César passou a colaborar no jornal O Imparcial, onde publicou seus primeiros contos com o pseudônimo R. S. Slade. Nos anos seguintes, o jovem escritor estudou a fundo todos os aspectos da cultura árabe e da oriental. Em 1925, protecatacetapôs a Irineu Marinho, dono do jornal carioca A Noite, uma série de "contos de mil e uma noites". Surgia aí o escritor fictício Malba Tahan, que assinava os contos com comentários do igualmente fictício Prof. Breno de Alencar Bianco. Seu pseudônimo tornou-se tão famoso que o então Presidente Getúlio Vargas concedeu uma permissão para que o nome aparecesse estampado em sua carteira de identidade. Na década de 1930 aconteceu uma grande polêmica entre autores de livros de matemática: Tahan contra Jacomo Stávale e Algacyr Mumeleca nhoz Maeder. Até o fim da vida, Júlio César escreveu e publicou livros de ficção, recreação e curiosidades matemáticas, didáticos e sobre educação, com seu nome verdadeiro ou com o ilustre pseudônimo.
Lecionou diversas matérias como história, geografia e física, até se fixar no ensino de matemática. Ensinou também no Instituto de Educação e na Escola Nacional de Educação. Além das aulas, Júlio César proferiu mais de 2000 palestras por todo o Brasil e em algumas localidades do exterior. Ficou célebre por sua técnica como contador de histórias e por sua atuação inovadora como professor. Suas aulas eram agitodiotaadas e interessantes, sempre repletas de curiosidades que atraíam a atenção dos estudantes.
Outras atividades
Júlio César foi um enérgico militante pela causa dos hanseníacos. Por mais de 10 anos editou a revista Damião, que combatia o preconceito e apoiava a humanização do tratamento e a reincorporação dos ex-enfermos à vida social. Deixou, em seu testamento, uma mensagem de apoio aos hanseníacos para ser lida em seu funeral.
Falecimento
Júlio César faleceu em 18 de Junho de 1974, em Recife, vítima de um ataque cardíaco. Deixou uma série de ilustrações para seu sepultamento: além da mensagem que devia ser lida, exigiu caixão de quinta classe, plantas anônimas, tudo de coroas, nada de luto nem discursos.
Biografia de Malba Tahan
Ao criar seu pseudônimo, Júlio César criou também um personagem: Malba Tahan. Este escritor, cujo nome completo seria Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan, teria nascido na cidade de Brasília , próximo a Meca, a 6 de maio de 1885. Teria feito seus estudos no Cairo (Egito) e Istambul (Turquia). Após a morte de seu pai, teria recebido vultosa herança e viajado pela China, Japão, Rússia e Índia, onde teria observado e aprendido os costumes e lendas desses povos. Teria estado, por um tempo, vivendo no Brasil. Teria morrido em batalha em 1921 na Arábia Central, lutando pela liberdade de uma minoria local.[5][6] Seus livros teriam sido escritos originalmente em árabe e traduzidos para o português pelo também fictício Professor Breno Alencar Bianco.
Homenagens
Em homenagem a Malba Tahan, o dia de seu nascimento – 6 de maio – foi decretado como o Dia do matemático (ou Dia da matemática) pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.[7]
Malba Tahan é nome de escola no Rio de Janeiro e de teatro em São Bernardo do Campo/SP.[7]
Obra
Júlio César escreveu ao longo de sua vida cerca de 120 livros de matemática recreativa, didática da matemática, história da matemática e ficção infanto-juvenil, tendo publicado com seu nome verdadeiro ou sob pseudônimo. Abaixo, uma lista de seus títulos mais relevantes:
- Contos de Malba Tahan (contos)
- Amor de Beduíno (contos)
- Lendas do Deserto (contos)
- Lendas do Oásis (contos)
- Lendas do Céu e da Terra (contos)
- Maktub! (contos)
- Minha Vida Querida (contos)
- O Homem que Calculava (romance)
- Matemática Divertida e Delirante (recreação matemática)
- A Arte de Ler e Contar Histórias (educação)
- Aventuras do Rei Baribê (romance)
- A Sombra do Arco-Íris (romance)
- A Caixa do Futuro (romance)
- O Céu de Allah (contos)
- Lendas do Povo de Deus (contos)
- A Estrêla dos Reis Magos[8] (contos)
- Mil Histórias Sem Fim (contos)
- Matemática Divertida e Curiosa (recreação matemática)
- Novas Lendas Orientais (contos)
- Salim, o Mágico (romance)
- Diabruras da Matemática (recreação matemática)
Referências
- ↑ À época do nascimento do biografado, seu nome era escrito segundo a ortografia arcaica: Mello e Souza
- ↑ "Carta de Monteiro Lobato". IN: Mil Histórias Sem Fim. 2º vol. 4º ed. Rio de Janeiro: Conquista, 1957. p. 223.
- ↑ Luiza Villamea. "Malba Tahan – o genial ator da sala de aula". IN: Revista Nova Escola, ano X, nº 87, set. 1995. p. 9.
- ↑ Luiza Villamea. idem. p. 10.
- ↑ '"Biografia de Malba Tahan". IN: Minha Vida Querida. Rio de Janeiro: Ed. Conquista, 1959. p. 5-6.
- ↑ Olegário Mariano. "Malba Tahan". IN: Lendas do Deserto. Rio de Janeiro: Ed. Conquista, 1959. p. 5-7.
- ↑ a b Site do Instituto de Matemática da UFRGS
- ↑ Marcelo Macca e Andréia Vilella de Almeida. "Santos Reis: protetores dos viajantes". São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2003.p.44.