Jerome Rothenberg

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Jerome Rothenberg
Jerome Rothenberg
Jerome Rothenberg vers 2002-2005.
Nascimento 11 de dezembro de 1931
Nova Iorque, Estados Unidos
Morte 21 de abril de 2024 (92 anos)
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação poeta, tradutor, professor universitário, escritor
Prêmios
  • Bolsa Guggenheim
  • PEN Oakland/Josephine Miles Literary Award
  • Prêmios American Book (2014)
Empregador(a) Universidade Estadual de San Diego, Universidade da Califórnia em San Diego

Jerome Rothenberg (Nova Iorque, 11 de dezembro de 193121 de abril de 2024) foi um poeta, ensaísta, tradutor, performer e antologista dos Estados Unidos.

A poética e a atividade cultural[editar | editar código-fonte]

Contemporâneo dos poetas do grupo que ficou conhecido como Escola de Nova Iorque, Rothenberg se manteve, no entanto, independente de todas as poéticas norte-americanas surgidas após a II Guerra Mundial.

Tendo trabalhado em conjunto com Gary Snyder, no final dos anos de 1960 torna-se um dos criadores e principais teóricos do que definiria com o termo “etnopoética”, uma poética que propõe pensarmos a poesia fora do espaço literário ocidentalizado, operando "trocas simbólicas entre os universos, acendendo suas urgências e universalidades", proporcionando "uma miscigenação" entre culturas.[1]

Considerando o viés primitivista de suas ideias, a respeito da relação entre a poesia moderna e a etnopoesia o poeta afirma que “é impossível apresentar o trabalho de um modernismo radical ou inovador sem mapear ao mesmo tempo alguns traços dos velhos mundos, trazidos novamente ao presente e vistos assim como se da primeira vez, para ajudar a nos mostrar onde estamos”.

Em 1968 edita a antologia Technicians of the Sacred e, em conjunto com o poeta David Antin, passa a editar a revista some/thing, que publicou vários poetas que retomavam as estratégias das primeiras vanguardas.[2]

No início dos anos de 1970, passa a editar publicações como a revista "Alcheringa", esta com Dennis Tedlok, na qual passa a publicar a literatura oral, canções, lendas folclóricas, mitos, etc., de povos considerados primitivos, promovendo a sua tradução, e trazendo um "sumário de intenções" da etnopoética em seu primeiro número. A partir deste trabalho, pretenderam os fundadores da revista, entre outros objetivos, trazer uma informação atualizada, aproximando-se das "propostas de todas as vanguardas", expandindo, através do conhecimento da poesia tribal/oral o conhecimento "do que um poema pode ser", alterando o alcance da sua definição. Também declaram como sua intenção "combater o genocídio cultural em todas as suas manifestações", promovendo um confronto com a massificação cultural e o extermínio de culturas consideradas menores e ultrapassadas.[3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Rothenberg morreu no dia 21 de abril de 2024, aos 92 anos.[4]

Obras selecionadas[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • White Sun Black Sun (1960)
  • Poland/1931 (1974)
  • That DADA Strain (1983)
  • New Selected Poems 1970-1985 (1986)
  • Poems for the Game of Silence 1960-1970 (2000)

Ensaios[editar | editar código-fonte]

  • Pre-Faces & Other Writings (1981)
  • Poetics & Polemics (1980-2005)

Antologias organizadas[editar | editar código-fonte]

  • Technicians of the Sacred (1968)
  • Reading of American Poetry from Pre-Columbian Times to the Present (1973)

Referências

  1. Corona, Ricardo. Entrevista a revista Muito, Jornal da Tarde. Salvador. 7 de agosto, 2010.
  2. Domeneck, Ricardo. Jerome Rothenberg. Revista Modo de Usar & Co. 17 de Novembro de 2008.
  3. Snyder, Gary. The Old Ways -The Politics of Ethnopoetics, 1977. Tradução ao português “Velhos tempos - A política da Etnopoética” por Ciro Barroso. Editora L&PM. Porto Alegre. 1984.
  4. «Murió el poeta estadounidense Jerome Rothenberg». Semanario ZETA (em espanhol). 22 de abril de 2024. Consultado em 24 de abril de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]