Joaquim Pimentel

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Joaquim Pimentel
Informação geral
Nome completo Joaquim Pimentel
Nascimento 17 de julho de 1910
Origem Cedofeita, Porto
País Portugal Portugal
Local de morte Rio de Janeiro,  Brasil
Género(s) Fado
Instrumento(s) Vocal
Período em atividade 1934 - 1978
Outras ocupações Cantor e Ator

Joaquim Pimentel (Cedofeita, Porto em 17 de julho de 1910[1] - Rio de Janeiro em 15 de julho de 1978)[2] mais conhecido como Joaquim Pimentel foi um fadista Português, que fez sua carreira como "embaixador" do fado no Brasil,[3] onde ele se tornou popular[4] e foi chamado de "o príncipe da canção portuguesa".[5]

Ele primeiro visitou o Brasil em 1934-1935,[6] voltou novamente para passar os anos de guerra no Brasil, e lá se estabeleceram definitivamente em 1947.[7]

Ao completar 23 anos, em 1934, foi convidado pela companhia teatral “Embaixada do Fado” para ser o galã e fadista do elenco. Faziam parte desta companhia nomes consagrados do meio fadista como Maria do Carmo e Filipe Pinto. Essa viagem determinaria, contudo, o futuro de Joaquim Pimentel.

No ano de 1934 que a cantora Carmen Miranda assistiu a revista da “Embaixada do Fado” no Teatro República (Rio de Janeiro). Ficou impressionada com a voz de Pimentel. Então, ela perguntou se ele gostaria de cantar no rádio, rapidamente respondeu que sim. Carmen o levou para a Rádio Mayrink Veiga, da qual era contratada, e fez com que seu patrício tomasse parte no programa “Horas Portuguesas”. O agrado foi imediato. Depois de um breve retorno a Portugal, Pimentel regressou ao Brasil e em setembro de 1936 foi contratado para a Rádio Nacional, depois foi para a rádio Ipanema onde ficou até 1940, e por fim, a Vera Cruz onde permaneceu por mais de 30 anos.

Seu sucesso foi rápido, passou a ser tão popular nos meios radiofônicos quanto o fadista Manoel Monteiro. Anunciava a revista “Cinearte” (RJ) de janeiro de 1937: “Joaquim Pimentel é um dos autênticos representantes da música popular portuguesa no rádio carioca. Tem discrição, autoridade e sentimento, ele possui um meio certo de emocionar o seu público – seja no ritmo dolente do Fado ou na cadência viva das canções lusa. Cantou a variação portuguesa da valsa que Gilda de Abreu compôs”. Esta última referência diz respeito à participação do artista luso no filme “Bonequinha de Seda” (1936), produzido pela Cinédia e dirigido por Oduvaldo Viana.

Entre os seus fados está Dá tempo ao tempo,[8] e Voltaste gravado por Beatriz da Conceição, José Antonio (viola), José Manuel (guitarra) para Paul Van Nevel, em 1996.

Joaquim Pimentel faleceu em 15 de julho de 1978 (data de seu aniversário) no Rio de Janeiro.

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Referências

  1. http://www.mundolusiada.com.br/colunas/fado-no-brasil/fado-no-brasil-joaquim-pimentel/
  2. 15 de julho - aniversário de nascimento e morte do eterno Joaquim Pimentel.
  3. Revista de Portugal Volume 2, Issues 13-23 1967 "Joaquim Pimentel chefiou outra "Embaixada do Fado"
  4. Sem papas na língua: memórias Beatriz Costa - 1974 "Joaquim Pimentel, hoje popularíssimo pelos lindos fados que nos chegam e que são «obra sua», foi meu parceiro como actor-cantor. Fazia um estudante de Coimbra, e como ficava lindo de capa e batina! Pimentel é hoje um artista realizado..."
  5. Viva o rebolado!: vida e morte do teatro de revista brasileiro Salvyano Cavalcanti de Paiva - 1991 "Acompanhando Oscarito e Beatriz, faziam graça Walter D'Ávila e Zé do Bambo, Tulio Berti oferecia a dose de canto lírico, Joaquim Pimentel — o príncipe da canção portuguesa — e Maria Guerreiro, "
  6. Enciclopédia da música brasileira: popular, erudita e folclórica 1998 "'.. das gravadoras nacionais, como, já em 1935, José Lemos e Joaquim Pimentel e vários outros posteriormente. ...
  7. Vítor Duarte Marceneiro http://www.portaldofado.net/#/content/view/2406/329/
  8. Boletim bibliográfico: Volume 16; Volume 16 Biblioteca Nacional (Brazil), Biblioteca Nacional (Brazil) - 1966 Rio de Janeiro, Leblon Musical |1966| 1 pte. 27 cm Pimentel, Joaquim. Dá tempo ao tempo, fado; música e letra de Joaquim Pimentel e Antônio Campos; arr. p/violão de Humberto Lage. São Paulo, Fermata do Brasil |1966|
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