José Jorge de Andrade Torrezão

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José Jorge de Andrade Botelho Torrezão (em grafia antiga Torresão) (Lisboa, 1836-1892[1]) foi um empresário e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho único de António Xavier de Andrade Botelho Torrezão (1799-1864), oficial da Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra e 19.° Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa a 23 de Dezembro de 1823, e de sua mulher Catarina Rita Jorge (n. 1798), e neto paterno único de João Roque Xavier de Andrade e Oliveira (Lisboa, Santa Justa, 16 de Agosto de 1773 - ?) e de sua mulher Isabel Laureana Botelho Torrezão (Lisboa, Pena, 12 de Fevereiro de 1773, aí bap. - ?).[2]

Embora inicialmente um capitalista modesto, depois abastado, foi ele o primeiro empresário que decidiu investir no turismo da zona de Monte Estoril, da qual foi fundador,[3] lugar localizado num ponto de mar intermédio entre as Termas da Freguesia do Estoril e a vila da Corte da Freguesia de Cascais, no Concelho de Cascais, com a construção dos seus quatro primeiros chalets isolados, os Chalets Torresão. Começou por uma pequena casa de recreio numa zona de pinhais bravos numas arribas sobranceiras ao mar, à qual deu o nome de Casa da Serra. No Portugal Antigo e Moderno de 1874, o seu autor Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal descreve-a como um lindo chalet ao gosto suíço com belo jardim e cercado de pinheiros. Não conseguiu, todavia, conquistar muita gente para estes lugares então ainda estéreis, uma vez que o seu único atractivo era, apenas, o mar. Por esse motivo, e pela sua modéstia, esses mesmos chalets foram demolidos no período posterior. O seu criador, nas palavras da escritora Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço, o primeiro cenógrafo da paisagem maravilhosa morreu pobre, desgostoso dos seus entusiasmos de esteta.[4][5]

Foi Presidente da Câmara Municipal de Cascais entre 2 de Janeiro e 11 de Agosto de 1878.[6]

Em sua homenagem foi dado o seu nome ao Largo Andrade Torrezão, em Monte Estoril, no Estoril.

Casou com Carolina Emília Abrantes, da qual teve duas filhas e um filho:[2]

Referências

  1. Luísa Vilarinho, De Lisboa a Cascais: Rostos, Liberdade e Medicina, Lisboa: ed. Autor, 2008.
  2. a b c d e Manuel da Costa Juzarte de Brito (2002). Livro Genealógico das Famílias desta Cidade de Portalegre 1.ª ed. Lisboa: Nuno Gonçalo Pereira Borrego e Gonçalo Manuel de Mello Gonçalves Guimarães. 776 
  3. João Aníbal Henriques (4 de Março de 2013). «Estoril de Sangue com Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques». Portugal. Consultado em 7 de Abril de 2016 
  4. Raquel Henriques da Silva. Sobre a Arquitectura de Monte Estoril 1880-1920 in "Arquivo de Cascais - Boletim Cultural do Município". [S.l.: s.n.] pp. N.º 5. 9-11 
  5. (PDF). Biblioteca Digital da Câmara Municipal de Cascais http://www.cm-cascais.pt/bibliotecadigital/SPC2/SPC2_item2/SPC2_5/SPC2_5_item2/SPC2_5_PDF/SPC2_5_PDF_24-C-R0150/SPC2_5_0000_Obra%20completa_t24-C-R0150.pdf. Consultado em 9 de Abril de 2016  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. Biblioteca Municipal de Cascais http://www.cm-cascais.pt/bibliotecadigital/40198/40198_item1/P457.html. Consultado em 8 de Novembro de 2015  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
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