José Valladares
José Valladares | |
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Nascimento | 1917 |
Morte | 1959 |
Ocupação | crítico de arte |
José Antonio do Prado Valladares (Salvador,3 de maio de 1917 –Salvador, 1959), foi um advogado, escritor, professor, pesquisador e crítico de arte brasileiro, diretor do Museu de Arte da Bahia, cargo que ocupou até a sua morte, em 1959.[1][2][3] [4]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de um dos mais conceituados médicos da Bahia, o professor Antônio do Prado Valladares, e de Clarice Santos Silva Valladares, foi educado em Salvador e ainda jovem foi estudar no Recife. Ali teve firmou amizade com o sociólogo Gilberto Freyre. [2] [5] . [1]
Em 1939, é nomeado diretor do antigo Museu do Estado da Bahia – hoje Museu de Arte da Bahia (MAB) –, cargo que ocupa até a morte em 1959. [2] [1] [5]
Em 1943, o acervo do museu foi expressivamente enriquecido graças à aquisição de uma grande coleção de artes decorativas, composta por peças importantes de mobiliário baiano, porcelanas orientais e europeias, cristais, ourivesaria, prataria, alfaias, esculturas religiosas e pinturas, que pertencera ao ex-governador Góes Calmon. Na mesma ocasião, o governo do estado adquiriu também o Palacete Góes Calmon, situado na Avenida Joana Angélica, no bairro de Nazaré. Três anos mais tarde, em 1946, a instituição foi transferida para o palacete, após obras de reforma e adaptação, uma vez que o Solar Pacífico Pereira não comportava mais o crescente acervo.[6]
Neste mesmo ano, recebe uma bolsa da Fundação Rockfeller e muda-se para os Estados Unidos. Cursa História da Arte na Universidade de Nova York, faz estágio no Brooklyn Museum. [2] De volta ao Brasil, em 1944, é nomeado professor de estética na Faculdade de Filosofia da Universidade da Bahia. [2]
A gestão de Valladares à frente do Museu do Estado da Bahia foi de grande relevância para a consolidação da instituição como museu de artes visuais, bem como para a normatização de suas funções e para sua projeção no âmbito nacional e foi o responsável pelas primeiras atividades de catalogação sistemática do acervo e de organização da documentação museológica e histórica. [7] [8] [2] [1] [7]
Deu início a uma linha de publicações editadas pelo próprio museu, contribuindo para o desenvolvimento de pesquisas amparadas no próprio acervo. Criou o Salão Baiano de Belas Artes, sediado na instituição ao longo de quase um decênio, responsável por atrair a atenção dos artistas e críticos de arte de todas as regiões do Brasil à instituição.[2]
Por fim, contribuiu para a expansão da biblioteca do museu, adquirindo uma vasta bibliografia especializada.[2] [7] [8]
Os estudos e publicações de Valladares, como seu livro Museus para o povo, resultado de estudos realizados nos Estados Unidos, constituem até hoje uma referência de primeira importância para a museologia baiana. [1] [2]
Morreu prematuramente em Salvador aos 42 anos de idade, em 1959. [2] [1][8][7]
Referências
- ↑ a b c d e f «MAB homenageia seu primeiro diretor, José Valladares». Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia. Consultado em 23 de abril de 2010. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c d e f g h i j Cultural, Instituto Itaú. «José Valladares Valladares». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 4 de junho de 2024
- ↑ «Centenário de José Valladares e do Museu de Arte da Bahia». ihgb.org.br. Consultado em 4 de junho de 2024
- ↑ «MAM no MAB: mostra especial celebra aniversário dos importantes acervos artísticos da Bahia». Bahia Notícias. Consultado em 1º de junho de 2024
- ↑ a b «Centenário de José Valladares e do Museu de Arte da Bahia». ihgb.org.br. Consultado em 4 de junho de 2024
- ↑ Athayde (ed.), 1997, pp. 11.
- ↑ a b c d «"José Antônio Do Prado Valladares (1917-1959)."». ). Smith, Robert C. in J STOR “The Hispanic American Historical Review 40, no. 3 (1960): 435–38. Consultado em 1º de junho de 2024
- ↑ a b c «Historiografia das Artes Plásticas da Bahia por Dra. Maria Helena Ochi Flexor. 100 anos de José Valladares e do Museu de Arte da Bahia são temas de seminário». Artelogie. Consultado em 1º de junho de 2024