José António Pinheiro e Rosa
José António Pinheiro e Rosa | |
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Nascimento | 5 de maio de 1908 Faro |
Morte | 2 de janeiro de 1995 (86 anos) Faro |
Nacionalidade | Portugal |
Ocupação | Religioso, compositor, professor e escritor |
Prémios | Medalha de Ouro de Faro |
Religião | Igreja Católica Apostólica Romana |
José António Pinheiro e Rosa, igualmente conhecido por Dr. José António Pinheiro e Rosa (Faro, 5 de Maio de 1908 - Faro, 2 de Janeiro de 1995), foi um religioso, compositor, professor e escritor português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascimento
[editar | editar código-fonte]Nasceu em 5 de Maio de 1908, na cidade de Faro.[1]
Carreira eclesiástica, profissional e artística
[editar | editar código-fonte]Estudou no Seminário Diocesano de Faro, tendo sido nomeado como presbítero em 1930.[1] Continuou nesta instituição, onde ensinou durante alguns anos, tendo igualmente exercido como capelão da Misericórdia de Faro, e como chanceler da Câmara Eclesiástica.[1]
Notabilizou-se como organista e compositor, tendo produzido várias músicas religiosas, e como estudioso da arte sacra no Algarve, tendo organizado várias exposições sobre este tema, destacando-se uma em Faro no âmbito das Comemorações Centenárias de 1940, e a Exposição do Escapulário, em 1951.[1]
Passou posteriormente ao estado laical, tendo casado, com autorização do Papa Paulo VI, com Violina de Maria Marreiros, da qual teve dois filhos.[1]
Participou em diversos congressos, destacando-se a sua intervenção no II Congresso Algarvio, em 1951.[1] Como historiador, publicou vários livros, e colaborou, em seu nome ou com pseudónimos, na imprensa algarvia.[1] Também exerceu como explicador, e ensinou no Colégio Gil Eanes, em Lagos,[1] e na Escola Tomás Cabreira, em Faro.[2]
Ocupou igualmente a posição de director dos Museus Municipais de Faro e da Biblioteca Municipal, tendo sido o responsável pela reorganização destas instituições, e fundou e dirigiu os Anais do Município de Faro.[1]
Falecimento
[editar | editar código-fonte]Faleceu em Faro, no dia 2 de Janeiro de 1995.[1]
Prémios e homenagens
[editar | editar código-fonte]Recebeu a medalha de ouro da Câmara municipal de Faro, e foi nomeado como académico de mérito pela Academia Portuguesa de História.[1] O seu nome foi colocado numa rua em Lagos[1][3], e numa escola secundária em Faro.[4]
Obras publicadas
[editar | editar código-fonte]- De Estudante a Monge (1941)
- Duas Alocuções (1941)
- Procissões de Faro (1.º Fascículo) (1946)
- Vozes de Bronze: Os Sinos das Torres do Algarve (1947)
- Guia do Visitante das Igrejas de Faro (sob o pseudónimo Álvaro Valadares) (1949)
- A Freguesia da Conceição de Tavira (separata do Povo Algarvio) (1951)
- Arte Sacra em Tavira (1966)
- O Passado, o Presente e o Futuro das Ruínas de Milreu (separata dos «Anais do Município de Faro») (1969)
- História da Biblioteca Municipal de Faro (separata dos Anais do Município de Faro) (1969)
- História do Museu Arqueológico Infante D. Henrique (separata dos Anais do Município de Faro) (1969)
- A Igreja de Santo António dos Capuchos de Faro (separata dos Anais do Município de Faro) (1969)
- Três Pessoas e um Museu (separata dos Anais do Município de Faro) (1969)
- Roteiro das Ruínas do Milreu (1974)
- A Igreja de Santa Bárbara de Nexe (separata dos Anais do Município de Faro) (1974)
- As Muralhas de Faro (separata dos Anais do Município de Faro) (1975)
- Novas Achegas para a localização de Ossónoba (separata dos Anais do Município de Faro) (1976)
- A Catedral do Algarve e o Seu Cabido - Tempos de Ossónoba (separata dos Anais do Município de Faro) (1976)
- O Mais Representativo Monumento da Cidade de Faro (separata dos Anais do Município de Faro) (1978)
- Museu Antonino (separata dos Anais do Município de Faro) (1978)
- Faro, Século XVIII - A urbe e a Civitas (separata dos Anais do Município de Faro) (1979)
- A Feira de Santa Iria quase Quadricentária (separata dos Anais do Município de Faro) (1980)
- A Tomada de Faro por Afonso III (1981)
- A Catedral do Algarve e o seu Cabido – Sé em Faro (separata dos Anais do Município de Faro) (1983 - 1984)
- O Foral de Faro (1983)
- Uma figura dos Descobrimentos e Uma Obra do Renascimento (1983)
- Passeando por Faro em 1740 (separata de O Algarve) (1984)
- Monumentos e Edifícios Notáveis do Concelho de Faro (1984)
- A Família Bívar de Faro e O Seu Palácio (1986)
- Faro em 1949 (separata dos Anais do Município de Faro) (1986)
- Faro, Cidade Universitária (1987)
- Órgãos, Organistas e Organeiros no Algarve, do Século XVII ao XX (1987)
- A Igreja Paroquial de S. Pedro de Faro (1989)
- Gente de Faro em 1711 (separata de O Algarve) (1990)
- Tesouros Artísticos do Algarve (1990)
- Famílias Farenses do Séc. XVII (separata dos Anais do Município de Faro) (1992)
- A Diocese do Algarve e a Universidade de Coimbra (separata da Revista da Universidade de Coimbra) (1992)
- Crónicas, Viagens e Outras Engrenagens (1992)
- Faro em 1449 - Subsídios Arqueológico-Topográficos para a Sua História (separata dos Anais do Município de Faro) (1993)
- Valores Bibliográficos da Cidade (separata dos Anais do Município de Faro) (1993)
- Algarve de Santo António (1995)
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l FERRO, 2007:385-386
- ↑ CARREGA, Jorge (2018). Breve História da Cultura em Faro (PDF). Faro: União das Freguesias de Faro. p. 59. ISBN 978-989-20-8861-7. Consultado em 12 de Agosto de 2019 – via Sapientia - Repositório da Universidade do Algarve
- ↑ «Freguesia de Santa Maria» (PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 18 de Dezembro de 2018. Arquivado do original (PDF) em 22 de Fevereiro de 2014
- ↑ «Dr. Pinheiro e Rosa». Escola Secundária de Pinheiro e Rosa. Consultado em 18 de Dezembro de 2018
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- FERRO, Silvestre Marchão (2007). Vultos na Toponímia de Lagos 2.ª ed. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5
Ligações externas
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