Juliet Mitchell
Juliet Mitchell | |
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Nascimento | 4 de outubro de 1940 (84 anos) Christchurch (Nova Zelândia) |
Cidadania | Reino Unido, Nova Zelândia |
Cônjuge | Jack Goody |
Alma mater |
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Ocupação | psicóloga, psicanalista |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade de Leeds, University College London, Universidade de Cambridge, Universidade de Reading |
Ideologia política | feminismo marxista |
Página oficial | |
http://iris.ucl.ac.uk/iris/browse/profile?upi=JCWMI88, https://www.ucl.ac.uk/psychoanalysis/people/juliet-mitchell | |
Juliet Mitchell (nascida em 1940) é uma psicanalista e feminista socialista britânica.
Vida e carreira
[editar | editar código-fonte]Mitchell nasceu na Nova Zelândia, em 1940, e mudou-se para a Inglaterra, em 1944. Estudou em St Anne's College, Oxford, onde se diplomou em Letras. Lecionou literatura inglesa de 1962 a 1970 em Leeds University e Reading University. Nos anos 1960, envolveu-se com ativismo de esquerda e foi do comitê editorial da revista New Left Review.
Ela teve um cargo de pesquisa no Jesus College, Cambridge e foi professora de Psicanálise e Estudos de Gênero na Universidade de Cambridge, antes de, em 2010, ser indicada para ser a diretora da seção de psicanálise da Universidade College de Londres (UCL).[1]
Foi membro do Conselho Britânico de Psicanálise.
Publicações
[editar | editar código-fonte]Psicanálise e feminismo
[editar | editar código-fonte]Mitchell é especialmente conhecida por seu livro Psychoanalysis and Feminism: Freud, Reich, Laing and Women (1974),[2] em que ela tentou conciliar a psicanálise e o feminismo em um momento em que muitos os consideravam incompatíveis.[3] Peter Gay considerou-a a obra "a mais gratificante e responsável contribuição'"[4] para o debate feminista sobre Freud. Mitchell viu a perspectiva assimétrica de Freud assimétrico sobre masculinidade e feminilidade como refletindo as realidades da cultura patriarcal, e procurou usar sua crítica da feminilidade para um crítica ao próprio patriarcado.[5][6]
Educação infantil
[editar | editar código-fonte]Uma parte substancial da tese do livro é que o marxismo pode fornecer um modelo dentro do qual as estruturas não-patriarcais para a educação das crianças podem ocorrer.[7] A falta do romance de "família" removeria o complexo de Édipo a partir do desenvolvimento de uma criança, assim, libertaria as mulheres das consequências da inveja do pênis e do sentimento de ser castrada que, Mitchell defende, é a raiz da aceitação da inferioridade feminina.[8] De acordo com Mitchell, as crianças são socializadas em papéis de gênero. Por isso, as mulheres crescem socializadas para se tornarem as prestadoras dos cuidados de suas famílias.[9]
Publicações
[editar | editar código-fonte]Livros
[editar | editar código-fonte]- Mitchell, Juliet (1971). Woman's estate. Harmondsworth: Penguin. ISBN 9780140214253
- Mitchell, Juliet (1974). Psychoanalysis and feminism: Freud, Reich, Laing, and women. Nova York: Pantheon Books. ISBN 9780394474724
- Republicado como: Mitchell, Juliet (2000). Psychoanalysis and feminism: a radical reassessment of Freudian psychoanalysis. Nova York: Basic Books. ISBN 9780465046089
- Mitchell, Juliet (1984). Women, the longest revolution. Nova York: Pantheon Books. ISBN 9780394725741
- Mitchell, Juliet (2000). Mad men and Medusas: reclaiming hysteria. Nova York: Basic Books. ISBN 9780465046133
- Mitchell, Juliet (2003). Siblings: sex and violence. Cambridge, Inglaterra; Malden, Massachusetts: Polity Press. ISBN 9780745632216
Livros editado
[editar | editar código-fonte]- Mitchell, Juliet; Oakley, Ann (1976). The rights and wrongs of women. Harmondsworth Nova York: Penguin. ISBN 9780140216165
- Mitchell, Juliet (editor); Lacan, Jacques (author); Rose, Jacqueline (translator and editor) (1985). Feminine sexuality: Jacques Lacan and the école freudienne. Nova York Londres: Pantheon Books W.W. Norton. ISBN 9780393302110
- Mitchell, Juliet; Oakley, Ann (1986). What is feminism?. Oxford, Inglaterra: Basil Blackwell. ISBN 9780631148432
- Mitchell, Juliet (editor); Klein, Melanie (author) (1987). The selected Melanie Klein. Nova York: Free Press. ISBN 9780029214817
- Mitchell, Juliet; Oakley, Ann (1997). Who's afraid of feminism?: seeing through the backlash. Nova York: New Press Distributed by W.W. Norton. ISBN 9781565843851
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Juliet Mitchell, UCL». Arquivado do original em 2 de novembro de 2012
- ↑ Mitchell, Juliet (1974). Psychoanalysis and feminism: Freud, Reich, Laing, and women. New York: Pantheon Books. ISBN 9780394474724
- ↑ «Glossary of People: Mi». www.marxists.org (em inglês). Consultado em 18 de janeiro de 2017
- ↑ Gay, Peter (1988). Freud: a life for our time. London: Dent. p. 774. ISBN 9780460047616
- ↑ Herik, Judith (1985). Freud on femininity and faith. Berkeley: University of California Press. p. 15 ISBN 9780520053335
- ↑ Tandon, Neeru (2008). Feminism: a paradigm shift. New Delhi: Atlantic Publishers & Distributors. p. 83 ISBN 9788126908882
- ↑ Mitchell, Juliet (2000), «The Oedipus Complex and the patriarchal society», in: Mitchell, Juliet, Psychoanalysis and feminism: a radical reassessment of Freudian psychoanalysis, ISBN 9780465046089, New York, New York: Basic Books, pp. 377–381,
Under capitalism, the mass of mankind, propertyless and working socially together en masse for the first time in the history of civilization would be unlikely, were it not for the preservation of the family...
- ↑ Mitchell, Juliet (2000), «The castration complex and penis-envy», in: Mitchell, Juliet, Psychoanalysis and feminism: a radical reassessment of Freudian psychoanalysis, ISBN 9780465046089, New York, New York: Basic Books, pp. 95–100
- ↑ Mitchell, Juliet (2000), «Conclusion: The holy family and femininity», in: Mitchell, Juliet, Psychoanalysis and feminism: a radical reassessment of Freudian psychoanalysis, ISBN 9780465046089, New York, New York: Basic Books, pp. 364–416