Lázaro de Mello Brandão

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Lázaro de Mello Brandão
Nascimento 15 de junho de 1926
Itápolis, SP
Morte 16 de outubro de 2019 (93 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Anna Helena Mello
Pai: José Porfírio Bueno Brandão
Ocupação Banqueiro
Empresário
Economista
Prêmios Ordem do Mérito Militar[1]

Lázaro de Mello Brandão OMM (Itápolis, 15 de junho de 1926 - São Paulo, 16 de outubro de 2019)[2] foi um economista, administrador de empresas e banqueiro brasileiro. Atuou nos mais altos cargos do Bradesco.[3] Considerado um dos maiores banqueiros da América Latina, ele dedicou mais de 75 anos ao banco que viu nascer, 36 deles no alto comando.

História[editar | editar código-fonte]

Filho do administrador de fazenda José Porfírio Bueno Brandão e de Anna Helena Mello, nasceu em Itápolis e iniciou sua carreira em setembro de 1942, quando foi contratado como escriturário, em Marília, da Casa Bancária Almeida & Cia., instituição bancária que veio a se tornar o Banco Brasileiro de Descontos S.A., em 10 de março de 1943, atual Banco Bradesco S.A.,[4] razão social alterada em 1988. Passou por todas as posições dentro da carreira bancária. Em janeiro de 1963 foi eleito diretor e, em setembro de 1977, vice presidente. Em janeiro de 1981 assumiu a posição de presidente do Bradesco, sucedendo ao então presidente Amador Aguiar. Este continuou como presidente do Conselho de Administração.

Assim como Amador Aguiar, não concluiu os estudos fundamentais, porém, honoris causa, lhe são atribuídos os títulos de administrador e economista no site de relações com investidores do Bradesco.

Desde fevereiro de 1990 exerceu a função de presidente do Conselho de Administração, em face da saúde debilitada de Amador Aguiar, que morreu em 1991. O presidente do Conselho representa a Fundação Bradesco, na prática, controladora do Bradesco. Em 1991, Brandão foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Oficial especial.[1]

Em 1999 decidiu ceder sua posição como presidente do banco, mas não do conselho, tendo como substituto Márcio Artur Laurelli Cypriano, diretor da rede de agências do Bradesco e que fora presidente do Banco de Crédito Nacional até 1997, ano da aquisição do banco pelo Bradesco.[4][5][6] Dez anos depois, em 2009, passou a presidência para Luiz Carlos Trabuco Cappi, dando assento a Márcio Cypriano no Conselho de Administração. Este, curiosamente, pouco mais de um ano depois, renunciou ao cargo, sem muito alarde, denotando que a perda da liderança do mercado para o Itaú não foi algo tão bem digerido por Lázaro Brandão.

Em 11 de outubro de 2017 cedeu sua posição no conselho para Luiz Trabuco, porém, mantém o cargo de presidente da Fundação Bradesco e da Cidade de Deus Participações, controladoras do Bradesco, continuando no poder.

Morte[editar | editar código-fonte]

Brandão morreu em 16 de outubro de 2019, aos 93 anos, em São Paulo, onde estava internado recuperando-se de uma cirurgia.[2]

Cargos ocupados[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de julho de 1991.
  2. a b «Morre o banqueiro Lázaro Brandão, ex-presidente do conselho do Banco Bradesco». Folha de S. Paulo. Consultado em 16 de outubro de 2019 
  3. Milton Gamez (18 de março de 2009). «A nova era do Banco Bradesco». Isto É Dinheiro. Consultado em 24 de abril de 2012 
  4. a b «Lazaro de Mello Brandão, ex-presidente do Banco Bradesco, morre aos 93 anos» 🔗. Valor Econômico. Consultado em 16 de outubro de 2019 
  5. «Lázaro Brandão entrega a presidência do Banco Bradesco». Jornal do Commercio, Recife. 28 de janeiro de 1999. Consultado em 21 de abril de 2012 
  6. «Banqueiro é 3° presidente na história do banco». Folha de São Paulo. 7 de novembro de 2004. Consultado em 30 de junho de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]