Línguas da Zâmbia

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Sinais em inglês, Lusaka

A Zâmbia tem vários grandes línguas nativas, todos elas são membros da família bantu, juntamente com inglês, que é a língua oficial e principal idioma dos negócios e da educação.

Línguas nativas[editar | editar código-fonte]

A Zâmbia é amplamente multilíngue e declara ter mais de 72 línguas, embora muitos delas pode ser melhor consideradas como dialetos. Algumas destas línguas têm uma longa história dentro da Zâmbia, enquanto outras, como o lozi, surgiu durante os séculos XVIII e XIX, como resultado das migrações. Todas línguas vernáculas da Zâmbia são membros da família bantu e estão intimamente relacionadas entre si.

Sete línguas nacionais têm estatuto oficial. Juntos, estas representam as principais línguas de cada província: bemba (Província do Norte, Luapula, Muchinga e Copperbelt), nianja (Província Oriental e Lusaka), lozi (Província Ocidental), tonga (Província do Sul), kaonde, luvale e lunda (Província do Noroeste). Estas sete línguas são usadas, junto com o inglês, no ensino primário precoce e em algumas publicações governamentais. A ortografia comum foi aprovado pelo Ministério da Educação em 1977.[1][2]

De acordo com o censo de 2000, as línguas mais faladas na Zâmbia são o bemba (falado por 52% da população como língua materna ou como segunda língua), o nianja (37%), tonga (15%) e lozi (11%).

Em algumas línguas, particularmente o bemba e o nianja, os zambianos distinguem entre uma forma "profunda" da língua, associada com falantes nativos tradicionais mais velhas e mais em áreas rurais, e formas urbanas que incorporam um grande número de empréstimos de inglês e de outras inovações.

Uma variedade urbana do nianja é a língua franca da capital Lusaka e é amplamente falado como segunda língua por toda a Zâmbia. O bemba, a língua nativa mais falada do país, também serve como uma língua franca em algumas áreas.

Inglês zambiano[editar | editar código-fonte]

O inglês, a antiga língua colonial, serve como uma língua comum entre os zambianos educados. Na altura da independência em 1964, o inglês foi declarado como língua nacional. Porém, o inglês é a primeira língua de apenas 2% dos zambianos, mas é a mais utilizada como segunda língua.

O Inglês falado na Zâmbia tem algumas características distintivas, tais como a simplificação de alguns verbos frasais ("throw" em vez de "throw away"), as diferenças sutis no uso de verbos auxiliares, tais como "should", a simplificação dos sons de vogais (Alguns zambianos podem considerar "taste" e "test" como a mesma palavra), e pela incorporação de partículas derivadas de línguas nativas da Zâmbia (tais como chi "big/bad" e ka "little"). O inglês zambiano também incorpora palavras sul-africana como braai para "barbecue".

Língua portuguesa[editar | editar código-fonte]

Apesar de nunca ter sido uma colônia de Portugal, a Zâmbia tem uma ligação com o mundo lusófono. O primeiro europeu a visitar a área foi o explorador português Francisco de Lacerda no final do século XVIII. Este território, localizado entre a África Oriental Portuguesa e a África Ocidental Portuguesa, foi reivindicado e explorado por Portugal naquele período. O português foi introduzido no currículo escolar do país,[3] em parte devido à presença de uma grande comunidade angolana de língua portuguesa.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Chimuka, S. S. 1977. Zambian languages: orthography approved by the Ministry of Education. Lusaka : National Educational Company of Zambia (NECZAM).
  2. «Harmonization of African languages: standardization of orthography in Zambia» (PDF) (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2015 
  3. «A Zâmbia vai adotar a língua portuguesa no seu Ensino Básico». Consultado em 23 de julho de 2015. Arquivado do original em 28 de maio de 2009 
  4. «Portuguese to be introduced in schools» (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2015. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]