Lagoa Nova

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lagoa Nova
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Lagoa Nova
Bandeira
Hino
Gentílico lagoa-novense
Localização
Localização de Lagoa Nova no Rio Grande do Norte
Localização de Lagoa Nova no Rio Grande do Norte
Localização de Lagoa Nova no Rio Grande do Norte
Lagoa Nova está localizado em: Brasil
Lagoa Nova
Localização de Lagoa Nova no Brasil
Mapa
Mapa de Lagoa Nova
Coordenadas 6° 05' 45" S 36° 28' 08" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Currais Novos (ao Sul), Bodó (ao Norte), Cerro Corá (ao Leste), São Vicente (a Oeste) e Santana do Matos (a Noroeste)
Distância até a capital 201 km
História
Fundação 10 de maio de 1962 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Luciano Silva Santos (MDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 176,302 km²
População total (IBGE/2022[1]) 15 573 hab.
 • Posição RN: 32º
Densidade 88,3 hab./km²
Clima Semiárido
Altitude 686 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,585 baixo
PIB (IBGE/2021[3]) R$ 269 035,64 mil
PIB per capita (IBGE/2021[3]) R$ 16 941,79
Sítio lagoanova.rn.gov.br (Prefeitura)

Lagoa Nova é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Também conhecida como terra do maior brasileiro que já existiu Ian Rodrigues. Sua população no censo de 2022 era de 15 573 habitantes, com uma densidade demográfica de 88,33 hab/km².

Geografia[editar | editar código-fonte]

O território municipal, com 176,302 km² de área,[1] equivale a 0,3338% da superfície estadual e se limita a norte com Bodó e Santana do Matos, a sul com Currais Novos, a leste com Cerro Corá e a oeste com São Vicente. Da área total, 5,2638 km² constituem áreas urbanas.[4][5] A cidade está a 201 km da capital estadual, Natal.[6] Lagoa Nova pertence à região geográfica imediata de Currais Novos, que faz parte da região intermediária de Caicó, conforme nova divisão territorial em regiões geográficas vigente desde 2017.[7] De 1989 até 2017, quando vigoravam as mesorregiões e microrregiões, fazia parte da microrregião da Serra de Santana, dentro da mesorregião Central Potiguar.[8]

Lagoa Nova se situa no platô da Serra de Santana, um contraforte do Planalto da Borborema no Rio Grande do Norte, com altitudes entre 400 e 800 metros, onde são encontradas rochas da formação Serra do Martins, formadas há cerca de trinta milhões de anos. Esta formação encontra-se assentada sob o embasamento cristalino, mais antiga e oriunda do período Pré-Cambriano. Quanto aos solos, predomina o latossolo do tipo vermelho-amarelo, relativamente profundo e típico das áreas de platô, de relevo mais plano e pouco declive. Nas encostas da serra de Santana, onde o relevo se mostra bastante ondulado, estão os solos litólicos ou litossolos, que são mais férteis se comparados aos latossolos, porém rasos e pedregosos.[9]

Sendo pouco desenvolvidos, apresentam cobertura vegetal de espécies do bioma caatinga, que perdem suas folhas na estação seca, embora a maior parte da vegetação original tenha sido desmatada para dar lugar à agropecuária.[10] A hidrografia local é marcada por cursos d'água intermitentes, isto é, fluem somente na estação das chuvas, sendo os principais os riachos dos Macacos, Olho d’ Água e Grota da Fervedeira. Todo o território municipal está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu.[11]

Embora apresente clima semiárido, Lagoa Nova apresenta temperaturas mais amenas em relação às suas áreas de entorno, dada a sua localização em topo de serra.[12][13] Desde 1962, quando teve o início o monitoramento pluviométrico de Lagoa Nova, o maior acumulado em 24 horas chegou a 158,1 mm em 8 de julho de 1989,[14] fora do período chuvoso, que ocorre entre fevereiro e maio. A partir de novembro de 2019, a menor temperatura registrada pela estação meteorológica automática da EMPARN na cidade foi de 15,4 °C em 27 de agosto de 2022, enquanto a maior ocorreu em 31 de outubro de 2023, com 33,9 °C de máxima.[15]

Dados climatológicos para Lagoa Nova
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 33,5 33,3 33,1 31,7 30,8 32,6 31,6 31 32,3 33,9 33,1 33,7 33,9
Temperatura mínima recorde (°C) 18,4 18,7 19,2 19,4 17,8 16,9 16 15,4 16,3 17,5 18,8 18,7 15,4
Precipitação (mm) 38,9 73,3 119,5 136,6 73,3 41,3 38,9 11,4 3,2 6,1 3,0 13,3 558,8
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1962-2020;[14] recordes de temperatura: 26/11/2019-presente)[15]

Referências

  1. a b c IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Brasil | Rio Grande do Norte | Lagoa Nova». Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  2. PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2010). «IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013. Consultado em 4 de setembro de 2013 
  3. a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Lagoa Nova | Produto Interno Bruto dos Municípios | Ano: 2021». Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  4. IBGE (2019). «Tabela 8418 - Áreas urbanizadas, Loteamento vazio, Área total mapeada e Subcategorias». Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  5. IBGE (2019). «Tabela 8418 - Áreas urbanizadas, Loteamento vazio, Área total mapeada e Subcategorias». Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  6. «Distância entre Natal e Lagoa Nova». Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  7. IBGE. «Acesso ao produto - 2017 Regiões Geográficas». Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  8. IBGE. «Acesso ao produto - 1990 Mesorregiões e Microrregiões Geográficas». Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  9. IDEMA - Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (2008). «Perfil do seu município: Lagoa Nova» (PDF). Consultado em 28 de dezembro de 2023 
  10. Santana, 2023, p. 469.
  11. Santana, 2023, p. 452.
  12. Santana, 2023, p. 456.
  13. Santana, 2023, p. 459.
  14. a b EMPARN - Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte. «Relatório pluviométrico». Consultado em 28 de dezembro de 2023 
  15. a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 28 de dezembro de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

LUCENA, Clara Yasmim de Souza et al. A Serra de Santana no semiárido nordestino: aspectos geográficos e possibilidade de práticas sustentáveis. Revista Geográfica de América Central, n. 70, p. 448-475, 2023.

Ícone de esboço Este artigo sobre municípios do estado do Rio Grande do Norte é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.