Leonardo Netto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Leonardo Netto dos Reys (Niterói, 18 de maio de 1968 é ator, diretor e dramaturgo brasileiro. Tem extensa carreira no teatro, onde recebeu diversos prêmios, além de trabalhar também em cinema e televisão.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Leonardo Netto formou-se como ator na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras em 1989 e estudou Teoria do Teatro na UNIRIO. Estreou na peça Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, dirigido por Amir Haddad. Em 1990, passou a integrar o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, companhia dirigida por Aderbal Freire-Filho e sediada no Teatro Gláucio Gill, no Rio de Janeiro, participando de várias montagens.[1]

Em 1993, com a transferência da companhia para o Teatro Carlos Gomes, se desliga do grupo e passa a atuar de maneira autônoma. A partir daí, trabalhou como ator convidado de grupos como a Companhia Teatral do Movimento, dirigida por Ana Kfouri e a Companhia dos Atores, dirigida por Enrique Diaz, e em espetáculos dirigidos por Gilberto Gawronski, Jefferson Miranda, Luiz Arthur Nunes, Ticiana Studart, João Falcão, Ivone Hoffmann, Marcus Vinícius Faustini, Pedro Brício, Celso Nunes, Bel Garcia, Christiane Jatahy e Ivan Sugahara.[1] Seus trabalhos mais recentes são Conselho de Classe (com a Cia. dos Atores), A Santa Joana dos Matadouros (direção de Marina Vianna e Diogo Liberano), Entonces Bailemos (direção do argentino Martín Flores Cárdenas), Insetos (direção de Rodrigo Portella) e 3 Maneiras de Tocar no Assunto, de sua autoria e dirigida por Fabiano de Freitas.

Em 2002, dirige seu primeiro espetáculo, A Guerra Conjugal, uma transposição para a cena de contos do escritor curitibano Dalton Trevisan. Em parceria com Bianca Byington, dirigiu em 2011 os espetáculos Cozinha e Dependências e Um Dia Como os Outros, ambos de Agnès Jaouil e Jean-Pierre Bacri. Em 2012, dirige O Bom Canário de Zach Helm, com Joelson Medeiros e Flávia Zillo. Suas direções mais recentes são Um Dia A Menos, solo da atriz Ana Beatriz Nogueira a partir do conto homônimo de Clarice Lispector e Relâmpago Cifrado, de Gustavo Pinheiro, com Ana Beatriz Nogueira e Alinne Moraes.

Escreve, em 2014, seu primeiro texto, Para os Que Estão em Casa, que é montado no ano seguinte e pelo qual foi indicado ao Prêmio Cesgranrio de Melhor Texto Nacional Inédito. Em 2016, escreve A Ordem Natural das Coisas, montado em 2018 e é indicado, como autor, aos prêmios Shell, APTR, Botequim Cultural e Cesgranrio, tendo ganhado este último. Em 2018, escreve 3 Maneiras de Tocar no Assunto (encenado em 2019), monólogo em que atuou e foi dirigido por Fabiano de Freitas. O espetáculo recebeu 17 indicações a prêmios em várias categorias, tendo recebido os prêmios Cesgranrio de Melhor Texto, Melhor Ator e Especial (pela direção de movimento de Márcia Rubin), o APTR de Melhor Autor, o Botequim Cultural de Melhor Texto e o Prêmio Cenym de Melhor Monólogo.

Em cinema, seus trabalhos mais recentes são em Em Nome da Lei de Sérgio Rezende, Três Verões de Sandra Kogut e O Buscador de Bernardo Barreto.

Em televisão, atuou em novelas e seriados da TV aberta, como Paraíso Tropical de Gilberto Braga, Bang Bang de Mário Prata e A Vida Alheia de Miguel Falabella.

Trabalhou em séries de canal a cabo e de streaming, como Questão de Família e As Canalhas (ambas no GNT), A Garota da Moto e Me Chama de Bruna (ambas da FOX), Magnífica 70 (HBO) e Assédio (Globoplay), que também foi exibida na TV aberta.[2]

Teatro[editar | editar código-fonte]

Como Ator[editar | editar código-fonte]

  • 1989 – Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come
  • 1989 – O Moço Que Casou com Mulher Braba
  • 1990 – Jogos na Hora da Sesta
  • 1991 – Fiorina
  • 1991 – Lampião – Rei Diabo do Brasil
  • 1991 – O Tiro Que Mudou a História
  • 1991 – 25 Homens
  • 1992 – O Tiradentes – Inconfidência no Rio
  • 1992 – Pavor
  • 1993 – Turandot ou O Congresso dos Intelectuais
  • 1993 – Piquenique no Front
  • 1994 – Minh’Alma é Imortal
  • 1994 – Dizem de Mim o Diabo
  • 1994 – Aldeia
  • 1995 – Como Diria Montaigne
  • 1995 – Casa de Prostituição de Anaïs Nin
  • 1995 – Scrooge
  • 1995 – Dança do Homem com a Mala
  • 1996 – A Ver Estrelas
  • 1996 – Novas Histórias do Paraíso
  • 1997 – O Casaco Encantado
  • 1997 – Como Se Fosse a Chuva
  • 1997 – Coração na Boca
  • 1998 – Fantasmas
  • 1998 – Casa de Anaïs Nin (remontagem do espetáculo de 1995)
  • 1999 – Capitu
  • 2000 – Luzes da Boemia
  • 2000 – O Crime do Professor de Matemática
  • 2001 – Depois da Chuva
  • 2003 – Arlequim – Servidor de Dois Patrões
  • 2005 – A Maldição do Vale Negro
  • 2006 – A Moratória
  • 2008 – Fitz Jam
  • 2008 – Melodrama
  • 2008 – Apropriação
  • 2009 – Estranho Casal
  • 2009 – Corte Seco
  • 2010 – Terra do Nunca
  • 2011 – Cedo ou Tarde Tudo Morre
  • 2011 – Na Selva das Cidades
  • 2012 – Freud – A Última Sessão[3]
  • 2013 – Conselho de Classe
  • 2015 – A Santa Joana dos Matadouros
  • 2016 – Noés
  • 2017 – Entonces Bailemos
  • 2018 – Insetos
  • 2019 – 3 Maneiras de Tocar no Assunto[4][5]
  • 2021 - Pá de Cal
  • 2022 - A Última Ata

Como Diretor[editar | editar código-fonte]

  • 2002 – A Guerra Conjugal
  • 2011 – Cozinha e Dependências
  • 2011 – Um Dia Como os Outros
  • 2012 – O Bom Canário
  • 2015 – Para os Que Estão em Casa
  • 2018 – A Ordem Natural das Coisas
  • 2019 – A Vida Acontece no Pântano
  • 2019 – Um Dia a Menos
  • 2019 – Relâmpago Cifrado

Cinema[editar | editar código-fonte]

  • 1998 – O Enfermeiro (curta)
  • 2000 – Popstar
  • 2001 – Branco (curta)
  • 2002 – Furos no Sofá (curta)
  • 2011 – Apenas Uma Possibilidade (curta)
  • 2011 – Verdade Verdadeira (curta)
  • 2016 – Em Nome da Lei
  • 2019 – O Buscador
  • 2020 – Três Verões
  • 2023 - Ruas da Glória

Televisão[editar | editar código-fonte]

  • 1996 – A Vida Como Ela É (episódio Gagá)
  • 2005 – Bang Bang
  • 2007 – Paraíso Tropical
  • 2007 – Por Toda a Minha Vida (episódio Nara Leão)
  • 2008 – Faça a Sua História (episódio O Último Casal Feliz)
  • 2009 – Por Toda a Minha Vida (episódio Cartola)
  • 2010 – Força Tarefa (episódio Perda Total)
  • 2010 – A Vida Alheia (episódio A Vítima)
  • 2013 – As Canalhas (episódio Ângela)
  • 2014 – Questão de Família (episódio Sem Máscara)
  • 2014 – O Caçador (episódio Pai Herói)
  • 2015 – Chapa Quente (episódio Genésio Coloca Fogo no Salão)
  • 2015/2016/2017 – Magnífica 70
  • 2016 – A Garota da Moto
  • 2016 – Nada Será Como Antes
  • 2017 – Me Chama de Bruna (segunda temporada)
  • 2018 – Assédio

Dramaturgia[editar | editar código-fonte]

  • 2014 – Para os Que Estão em Casa (encenada em 2015)
  • 2016 – A Ordem Natural das Coisas (encenada em 2018) – publicada em 2018 pela Editora Livros Ilimitados
  • 2018 – 3 Maneiras de Tocar no Assunto (encenada em 2019) – publicada em 2020 pela Editora Livros Ilimitados
  • 2020 – Pequeno Circo de Mediocridades (inédita)
  • 2021 - Glauce (encenada em 2023)
  • 2023 - Síndrome de Estocolmo (inédita)
  • 2023 - O Motociclista no Globo da Morte (inédita)

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 2019 – Cesgranrio de Melhor Texto (A Ordem Natural das Coisas)[2]
  • 2020 – Cesgranrio de Melhor Texto Nacional Inédito (3 Maneiras de Tocar no Assunto)
  • 2020 – Cesgranrio de Melhor Ator (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[carece de fontes?]
  • 2020 – Botequim Cultural de Melhor Autor (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[6]
  • 2020 – Prêmio APTR (da Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) de Melhor Autor (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[7]
  • 2020 – Cenym de Melhor Monólogo (3 Maneiras de Tocar no Assunto)

Indicações[editar | editar código-fonte]

  • 2012 – Qualidade Brasil de Melhor Direção de Drama/Comédia (Cozinha e Dependências e Um Dia Como os Outros)
  • 2016 – Cesgranrio de Melhor Texto Nacional Inédito (Para os Que Estão em Casa)[1]
  • 2016 – Questão de Crítica de Melhor Ator (A Santa Joana dos Matadouros)[1]
  • 2019 – Shell de Melhor Autor (A Ordem Natural das Coisas)[2]
  • 2019 – Cesgranrio de Melhor Direção (A Ordem Natural das Coisas)
  • 2019 – Cesgranrio de Melhor Espetáculo (A Ordem Natural das Coisas)
  • 2019 – Prêmio APTR de Melhor Autor (A Ordem Natural das Coisas)[2]
  • 2019 – Botequim Cultural de Melhor Texto de Drama/Comédia (A Ordem Natural das Coisas)
  • 2020 – Cesgranrio de Melhor Espetáculo (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[carece de fontes?]
  • 2020 – Prêmio APTR de Melhor Ator (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[carece de fontes?]
  • 2020 – Prêmio APTR de Melhor Música (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[carece de fontes?]
  • 2020 – Botequim Cultural de Autor (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[8]
  • 2020 – Botequim Cultural de Melhor Ator (3 Maneiras de Tocar no Assunto)[8]
  • 2020 – Cenym de Melhor Texto Original (3 Maneiras de Tocar no Assunto)

Referências

  1. a b c d "A Ordem Natural das Coisas, no teatro do Sesc Niterói". Cidade de Niterói, 07/03/2018
  2. a b c d "Um Dia a Menos, espetáculo que abre as comemorações pelos 35 anos de carreira de Ana Beatriz Nogueira". Theatro São Pedro
  3. Teixeira, Rafael (25 de fevereiro de 2017). «Crítica: Freud – A Última Sessão». VEJA RIO. Teatro de Revista. Consultado em 6 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 6 de fevereiro de 2021 
  4. www.gay.blog.br (14 de fevereiro de 2020). «Peça "3 Maneiras de Tocar no Assunto" é manifesto contra a homofobia». GAY BLOG BR @gayblogbr. Consultado em 6 de fevereiro de 2021 
  5. Pessoa, Patrick (10 de outubro de 2019). «Crítica: '3 maneiras de tocar no assunto'». O Globo. O Globo. Consultado em 6 de fevereiro de 2021 
  6. Monteiro, Luiz Maurício. "Prêmio Botequim Cultural: musical ‘A Cor Púrpura’ domina a noite e arremata onze troféus; confira a lista completa". Rio em Cena, 12/02/2020
  7. Prado, Thaís. "A cor púrpura, o musical é o grande vencedor do Prêmio APTR". Mundo Negro, 02/07/2020
  8. a b "Prêmio Botequim Cultural 2019: ‘A Cor Púrpura’ e ‘Nastácia’ são destaques na lista do segundo semestre". Rio em Cena, 09/01/2020