Lista de formações de Casa das Máquinas

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Esta é uma lista de formações de Casa das Máquinas. A banda brasileira Casa das Máquinas foi fundada em 1973 na cidade de São Paulo por Aroldo Santarosa, Piska, Pique Riverte, Cargê e Netinho. Esta formação gravou apenas um álbum, autointitulado, lançado pela gravadora Som Livre em 1974. No ano seguinte, Pique Riverte saiu e entraram na banda Mário Testoni Júnior e Mário Franco Thomaz. Com esta nova formação, o som da banda aproximou-se do rock progressivo, lançando Lar de Maravilhas, pela mesma gravadora, em 1975. No ano seguinte, nova mudança de formação: saem Aroldo e Cargê e entra Simbas. Com esta formação - sem um baixista de ofício, o grupo lança Casa de Rock, ainda pela Som Livre. Após o lançamento do disco, entra o baixista João Alberto. Entretanto, devido a um processo contra dois dos músicos da banda - Piska e Simbas, decorrente de um incidente em que morreu o cinegrafista da Rede Record, Lucínio de Faria, o grupo teve que encerrar suas atividades em abril de 1978.

1973-1975[editar | editar código-fonte]

A banda foi formada em 1973, após o fim da banda Os Incríveis e a formação de um novo grupo por Netinho. Inicialmente chamada de Os Novos Incríveis, o grupo teve que mudar de nome após aquela banda retornar aos palcos com Mingo, Nenê e Risonho acompanhados de músicos de estúdio. Essa formação gravou apenas o primeiro álbum: Casa das Máquinas.[1][2][3]

1975[editar | editar código-fonte]

Para a gravação de seu segundo disco, Lar de Maravilhas, a banda passou por reformulações: saiu Pique e entraram Mário Testoni Júnior e Mário Franco Thomaz, o que levaria a sonoridade do grupo a tornar-se mais próxima do rock progressivo.[4]

  • Aroldo Santarosa: vocal e guitarra
  • Piska: vocal e guitarra
  • Mário Testoni Júnior: teclados
  • Cargê: vocal e baixo
  • Netinho: bateria e percussão
  • Mário Franco Thomaz: bateria e percussão

Final de 1975-julho de 1976[editar | editar código-fonte]

Logo após a gravação do segundo álbum, Cargê sai da banda e eles continuam com Piska revezando entre o baixo e a guitarra.[5][6]

  • Aroldo Santarosa: vocal e guitarra
  • Piska: vocal, guitarra e baixo
  • Mário Testoni Júnior: teclados
  • Netinho: bateria e percussão
  • Mário Franco Thomaz: bateria e percussão

Julho de 1976-dezembro de 1976[editar | editar código-fonte]

Em julho do ano seguinte, Aroldo também sai da banda e Simbas entra para fazer os vocais.[7] Assim, a banda grava seu próximo álbum, Casa de Rock, sem um baixista de ofício, com Piska fazendo as frases no instrumento.[8]

  • Simbas: vocal
  • Piska: guitarra, baixo e vocais
  • Mário Testoni Júnior: teclados
  • Netinho: bateria, percussão e vocais
  • Mário Franco Thomaz: bateria e percussão

1976-1978[editar | editar código-fonte]

Após a gravação do disco, entra na banda João Alberto para assumir o baixo nas apresentações.[8] No início de setembro de 1977, é a vez de Mário Testoni Júnior sair e se juntar ao grupo Pholhas. A banda continua com Piska revezando entre a guitarra e os teclados.[9] Entretanto, a banda se envolve em uma briga na Rede Record, em 17 de setembro de 1977, e o cinegrafista Lucínio de Faria acabou morrendo em virtude dos ferimentos no dia seguinte. Como resultado, Simbas e Piska responderiam a processo - do qual seriam inocentados apenas no final da década seguinte, após dois julgamentos - e a banda encerraria suas atividades em abril de 1978.[10][11][12][13][14][15][16][17][18][19]

  • Simbas: vocal
  • Piska: guitarra e vocais
  • Mário Testoni Júnior: teclados
  • João Alberto: baixo
  • Netinho: bateria, percussão e vocais
  • Mário Franco Thomaz: bateria e percussão

2007-2010[editar | editar código-fonte]

Após quase 3 décadas do fim da banda, o grupo volta para uma única apresentação em Matão, no interior de São Paulo.[20] Com a boa recepção do público, Netinho aceita uma nova apresentação no Festival Psicodália, em fevereiro de 2008. Neste evento, comercializam um EP com tiragem de 500 cópias, Ensaio 2007.[21] Em abril, tocam na Virada Cultural Paulista e, a partir de então, continuam com apresentações esporádicas, já que Netinho e seu filho tem que conciliar a agenda da banda Os Incríveis.[22][23]

  • Andria Busic: baixo e vocal
  • Faiska: guitarra
  • Sandro Haick: guitarra
  • Mário Testoni Júnior: teclados e vocais
  • Mário Franco Thomaz: bateria e vocais
  • Netinho: bateria

2010-2012[editar | editar código-fonte]

No início de 2010, Netinho e seu filho saem definitivamente para se dedicar apenas a Os Incríveis, deixando o resto da banda livre para continuarem.[24] Assim, saem Andria Busic, Faiska, Sandro Haick e Netinho e entram Leonardo Testoni - filho de Máio Testoni Júnior, João Luiz e Fábio Cesar. Com essa formação, a banda começa a fazer apresentações mais frequentes pelo país.[25][20]

  • João Luiz: vocal
  • Leonardo Testoni: guitarra
  • Mário Testoni Júnior: teclados e vocais
  • Fábio Cesar: baixo
  • Mário Franco Thomaz: bateria e vocais

2012-2019[editar | editar código-fonte]

Após 2 anos, Leonardo Testoni sai da banda, dando lugar a Marcello Schevano.[26][27]

  • João Luiz: vocal
  • Marcello Schevano: guitarra
  • Mário Testoni Júnior: teclados e vocais
  • Fábio Cesar: baixo
  • Mário Franco Thomaz: bateria e vocais

2019-atualmente[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2019, 3 integrantes - João Luiz, Marcello Schevano e Fábio Cesar - saem da banda por não conseguirem conciliar a agenda com outros projetos dos quais participavam e, no final do mês seguinte, a banda anuncia 3 novos integrantes - Ivan Gonçalves, Cadu Moreira e Geraldo Vieira - para substituí-los.[28][29][30][31] Com essa formação, a banda lança o primeiro single da história do grupo, a canção "A Rua" - lançada em 27 de março de 2020, e anuncia planos para lançar um novo álbum ainda no mesmo ano.[32]

  • Ivan Gonçalves: vocal
  • Cadu Moreira: guitarra
  • Mário Testoni Júnior: teclados e vocais
  • Geraldo Vieira: baixo
  • Mário Franco Thomaz: bateria e vocais

Referências

  1. Souto Maior & Schott 2014, pp. 146-147
  2. Saggiorato 2008, p. 118
  3. Resende 2016, p. 3
  4. Rafael Lemos (5 de abril de 2016). «Casa das Máquinas: Para abrir os ouvidos, corações e mentes». Whiplash.net. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  5. Revista Pop 1975a
  6. Gouvêa 1975
  7. Saggiorato 2008, p. 126
  8. a b Ricardo Seelig (4 de julho de 2019). «Casa das Máquinas: discografia comentada da lenda do rock brasileiro». Whiplash.net. Consultado em 17 de maio de 2020 
  9. Saggiorato 2008, pp. 128-130
  10. Folha de S.Paulo 1977
  11. Folha de S.Paulo 1979
  12. Folha de S.Paulo 1982a
  13. Folha de S.Paulo 1982b
  14. Folha de S.Paulo 1982c
  15. Folha de S.Paulo 1982d
  16. Folha de S.Paulo 1982e
  17. Folha de S.Paulo 1985
  18. Estêvão Bertoni (7 de janeiro de 2012). «Carlos Roberto Piazzoli (1951-2011) - Das bandas de rock ao sertanejo». Folha de S.Paulo. Consultado em 12 de maio de 2020 
  19. «Piska - Dados artísticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. N.d. Consultado em 12 de maio de 2020 
  20. a b Daniel Seabra (21 de outubro de 2015). «Banda histórica do rock nacional, Casa das Máquinas volta a BH neste sábado». Uai. Consultado em 16 de maio de 2020 
  21. Rodrigo Werneck (2 de abril de 2008). «Oswaldo Malagutti (Pholhas, Womp!, Estúdio Mosh)». Whiplash.net. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  22. Cláudio Fonzi (7 de junho de 2008). «Virada Cultural: Quando o Rock Progressivo invadiu São Paulo». Whiplash.net. Consultado em 16 de maio de 2020 
  23. Luiz Antônio (25 de outubro de 2008). «"Casa das Máquinas", boas baladas e sua melhor agenda». Tribuna do Paraná. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  24. «Banda brasileira Os Incríveis comemora 50 anos de carreira e prepara DVD». Rolling Stone. 4 de setembro de 2013. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  25. «Casa das Máquinas: banda tocará em São Paulo no feriado». Whiplash.net. 20 de abril de 2010. Consultado em 16 de maio de 2020 
  26. André Molina (3 de maio de 2013). «Casa das Máquinas anuncia gravação de novo álbum». Eco Curitiba. Consultado em 16 de maio de 2020 
  27. Bárbara França (1 de agosto de 2014). «Com muita lenha pra queimar». O Tempo. Consultado em 16 de maio de 2020 
  28. «Rock Nacional: Casa das Máquinas anuncia Ivan Gonçalves como novo vocalista». 89FM - A Rádio Rock. 19 de fevereiro de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  29. João Fortes (22 de fevereiro de 2019). «Casa das Máquinas: Ivan Gonçalves é o novo vocalista da banda». Whiplash.net. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  30. André Molina (19 de fevereiro de 2019). «Ivan Gonçalves é o novo vocalista da banda Casa das Máquinas». Bem Paraná. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  31. Adriana de Barros (18 de fevereiro de 2019). «Criada nos anos 70, banda Casa das Máquinas apresenta novo vocalista». UOL. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  32. Mauro Ferreira (30 de março de 2020). «Casa das Máquinas apronta o primeiro álbum em 44 anos». G1. Consultado em 16 de maio de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Folha de S.Paulo (1977). Briga na Record mata o câmera Lucínio de Faria. São Paulo: Folha de S.Paulo, 20 de setembro de 1977, p. 37 
  • Folha de S.Paulo (1979). Músicos vão a júri por crime de homicídio. São Paulo: Folha de S.Paulo, 20 de março de 1979, p. 20 
  • Folha de S.Paulo (1982a). Julgamento do grupo "Casa das Máquinas" pode ir até sexta. São Paulo: Folha de S.Paulo, 2 de março de 1982, p. 11 
  • Folha de S.Paulo (1982b). Músicos terão sentença hoje. São Paulo: Folha de S.Paulo, 3 de março de 1982, p. 18 
  • Folha de S.Paulo (1982c). Pedida prisão de até 30 anos para músicos. São Paulo: Folha de S.Paulo, 4 de março de 1982, p. 12 
  • Folha de S.Paulo (1982d). Casa das Máquinas pode ir a novo júri. São Paulo: Folha de S.Paulo, 5 de março de 1982, p. 9 
  • Folha de S.Paulo (1982e). Promotor aciona juiz por adiar julgamento. São Paulo: Folha de S.Paulo, 1 de dezembro de 1982, p. 12 
  • Folha de S.Paulo (1985). Adiado de novo julgamento do grupo Casa das Máquinas. São Paulo: Folha de S.Paulo, 25 de abril de 1985, p. 31 
  • Revista Pop (1975a). Casa das Máquinas: um grupo a todo vapor. São Paulo: Revista Pop, novembro de 1975, pp. 62-63. 
  • Gouvêa, Carlos A. (1975). Casa das Máquinas, uma boa surpresa. São Paulo: Folha de S.Paulo, 24 de novembro de 1975, p. 22. 
  • Resende, Vítor Henrique de (2016). Performances musicais no rock brasileiro dos anos 1970, por meio de análises de capas de discos. Curitiba: Revista Vórtex, Curitiba, v. 4, n. 1. p. pp. 1-13 
  • Saggiorato, Alexandre (2008). Anos de chumbo: rock e repressão durante o AI-5 Dissertação de mestrado ed. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo 
  • Souto Maior, Leandro; Schott, Ricardo (2014). Heróis da guitarra brasileira: Literatura musical. São Paulo: Irmãos Vitale