Tangará-rajado

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Ilustrações (macho e fêmea, respectivamente) de 1841 de William Swainson para A selection of the birds of Brazil and Mexico, que evidenciam o dimorfismo sexual da espécie
Ilustrações (macho e fêmea, respectivamente) de 1841 de William Swainson para A selection of the birds of Brazil and Mexico, que evidenciam o dimorfismo sexual da espécie
Macho avistado em Boa Nova, na Bahia, no Brasil
Macho avistado em Boa Nova, na Bahia, no Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Pipridae
Género: Machaeropterus
Espécie: M. regulus
Nome binomial
Machaeropterus regulus
(Hahn, 1819)
Distribuição geográfica
Distribuição do tangará-rajado no Brasil
Distribuição do tangará-rajado no Brasil

O tangará-rajado[2] (nome científico: Machaeropterus regulus) é uma espécie de ave passeriforme da família dos piprídeos (Pipridae).

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

O tangará-rajado foi descrito pelo zoólogo alemão Carl Wilhelm Hahn em 1819 e recebeu o nome binomial Pipra regulus;[3] localidade tipo: "Bahia, Brasil".[4] A espécie é agora colocada no gênero Machaeropterus que foi introduzido pelo naturalista francês Charles Lucien Bonaparte em 1854.[5] A espécie é monotípica.[6] Anteriormente foi tratada como coespecífica com o tangará-riscado (Machaeropterus striolatus), mas difere acentuadamente na vocalização e, em menor grau, na plumagem, por isso foram separadas, seguindo Snow, 2004b,[7] que foi seguido pelas principais classificações. Essa separação foi corroborada pelos estudos de Lane et al. (2017),[8] e aprovado pela Proposta n.º 761 ao Comitê de Classificação Sul-Americana (SACC).[9]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Pode ser encontrada nos seguintes países: Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e regiões subtropicais ou tropicais úmidas de alta altitude.[1][10]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), foi classificado como pouco preocupante por conta de sua ampla distribuição geográfica, apesar de sua população, cujos números precisos não são conhecidos, estar em tendência de declínio por perda de habitat.[1] Em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo.[11] E em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[12][13]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2017). «Machaeropterus regulus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2017: e.T103676093A112280770. doi:10.2305/IUCN.UK.2017-1.RLTS.T103676093A112280770.enAcessível livremente. Consultado em 2 de maio de 2022 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 214. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. Hahn, Carl Wilhelm (1819). Voegel aus Asien, Afrika, Amerika, und Neuholland, in Abbildungen nach der Natur mit Beschreibungen (em alemão). Nurembergue: J.J. Lechner. Lieferung 4, plate 4, figs 1, 2 
  4. Kirwan, G. M.; Snow, D. (2020). «Kinglet Manakin (Machaeropterus regulus), version 1.0.». In: Billerman, S. M.; Keeney, B. K.; Rodewald, P. G.; Schulenberg, T. S. Birds of the World. Ítaca, Nova Iorque: Laboratório Cornell de Ornitologia. doi:10.2173/bow.strman2.01 
  5. Bonaparte, Charles Lucien (1854). «Conspectus Volucrum Anisodactylorum». L'Ateneo Italiano. Raccolta di Documenti e Memorie Relative al Progresso delle Scienze Fisiche. 2 (11): 311–321 [316] 
  6. Gill, Frank; Donsker, David, eds. (2018). «Cotingas, manakins, tityras, becards». World Bird List Version 8.2. International Ornithologists' Union. Consultado em 27 de junho de 2018 
  7. Snow, D. W. (2004b). «Family Pipridae (manakins)». In: del Hoyo, J.; Elliott, A.; Sargatal, J.; Christie, D. A.; de Juana, E. Handbook of the Birds of the World. 9 - Cotingas to pipits and wagtails. Barcelona: Lynx Edicions. pp. 110–169 
  8. Lane, D. F.; Kratter, A. W.; O’Neill, J. P. (2017). «A new species of manakin (Aves: Pipridae; Machaeropterus) from Peru with a taxonomic reassessment of the Striped Manakin (M. regulus) complex» (PDF). Zootaxa. 4320 (2): 379-390. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  9. Lane, D. (dezembro de 2017). «Cambiar los límites de la especie dentro de Machaeropterus regulus incluyendo el reconocimiento de la recientemente descrita Machaeropterus eckelberry - Propuesta (761)». Comitê de Classificação Sul-Americana. Cópia arquivada em 2 de abril de 2022 
  10. Ridgely, Robert; Tudor, Guy (2009). «Machaeropterus regulus». Field guide to the songbirds of South America: the passerines. Col: Mildred Wyatt-World series in ornithology 1.ª ed. Austin: Imprensa da Universidade do Texas. p. 494. ISBN 978-0-292-71748-0 
  11. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  12. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  13. «Machaeropterus regulus (Hahn, 1868)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 2 de maio de 2022