Maria Bacana

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maria Bacana foi uma banda de rock do estado brasileiro da Bahia. Criada em 1995 durou até 1997, com interrupção a seguir;[1] encerrou suas atividades em 2019, após um retorno que resultou no lançamento de um disco, no ano anterior.[2]

Era composto inicialmente por André L. R. Mendes (vocal, baixo), Macello Medeiros (bateria) e Lelê (baixista).[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O grupo surgiu no bairro do Bonfim, ensaiando na casa da avó do baterista, Macello Medeiros: do apoio recebido por "dona Maria" surgiu o nome do grupo; o "Bacana" fez com que o nome coincidisse com as iniciais do nome anterior da banda: "Master Brain", que tinha o estilo heavy metal - situação que durou até que um dos membros, André Mendes, conheceu o trabalho dos Mutantes e apresentou aos companheiros algumas composições. Também tiveram influência do Ratos de Porão, que mostraram o caminho para compor letras em português de rock pesado.[1]

Com a gravação de uma fita-demo, contendo apenas três músicas, esta foi enviada para várias pessoas; uma delas, o jornalista Sergio Espirito Santo, que trabalhava com Dado Villa-Lobos na produção de um disco com bandas novas para sua gravadora, RockIt!: mais tarde Dado declarou: "Recebi uma fita K7 com três faixas e bateu na hora. Não existia vídeo, o material fotográfico era precário, sabíamos apenas que vinham de Salvador. Foi só a musica. A música contagiou a todos no escritório e logo pensamos em como viabilizar o projeto de um disco. Era algo que estávamos buscando"[1]

A banda começou a tocar na capital baiana, até que finalmente em 1995 no Rio de Janeiro, durante o festival Humaitá pra Peixe houve o lançamento do disco coletânea Brasil Compacto da RockIt!, contendo uma música do Maria Bacana; também se apresentaram no evento Raimundos, Planet Hemp, Rappa e Little Quail, e o Maria Bacana foi elogiado pela crítica presente (a revista Bizz chamou-os de "Legião Bacana", comparando-os ao grupo Legião Urbana).[1]

Como prêmio pela participação no festival, o grupo realizou um clipe da música "Caroline", que foi exibido pela MTV com frequência; em 1996, com produção de Villa-Lobos e Tom Capone, gravaram seu primeiro disco que, apesar do apoio da equipe da Legião Urbana, a crise gerada pela morte de Renato Russo fez com que toda a organização necessária para sua divulgação se dispersasse, além de ser um passo grande para a gravadora RockIt!, pequena e sem recursos, conseguir realizar sua promoção, que acabou não acontecendo.[1]

André Mendes, na época com dezessete anos e o mais velho do grupo, se indispôs com Dado Villa-Lobos, a quem culpava pelos fracassos que se seguiram e se recusaram a gravar com ele um novo CD. Tocaram em vários festivais, fizeram abertura de shows, mas acabaram desmarcando outros; logo depois o baixista Lelê se desligou e, mesmo com a tentativa de substituição, o som deixou de ser aquele da formação inicial e a tentativa de gravação de novo álbum não progrediu, desta feita junto a Rafael Ramos, produtor dos Mamonas Assassinas e mais tarde de Pitty, e o grupo se dissolveu.[1]

Em 2018 realizaram alguns shows e, com ajuda de financiamento coletivo, lançaram seu último álbum. No dia 30 de agosto de 2019 anunciaram nas redes sociais o fim da banda.[2]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Maria Bacana (RockIt!, 1996)[1]
  • A Vida Boa Que Tem Os Dias Que Brincam Leves (2018)[2]

Referências

  1. a b c d e f g h Ricardo Cury. «O porquê das coisas…». Bahia Rock. Consultado em 1 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2021 
  2. a b c Ramon Prates. «Maria Bacana Anuncia Fim Da Banda». Bahia Rock. Consultado em 1 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2021