MTV Brasil

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Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre a extinta rede de televisão aberta. Se procura pelo canal de televisão por assinatura de mesmo nome criado em 2013, veja MTV (Brasil).
MTV Brasil
Abril Radiodifusão S.A.
Tipo Rede de televisão aberta
País Brasil
Fundação 20 de outubro de 1990
por Grupo Abril e MTV Networks
Extinção 30 de setembro de 2013
Pertence a Abril Radiodifusão
Proprietário Grupo Abril[1]
Antigo proprietário MTV Networks (Viacom) (1996–2009)[2]
Cidade de origem São Paulo, SP
Sede São Paulo, SP
Estúdios São Paulo, SP
Slogan A música não para
Formato de vídeo
Canais irmãos
Emissoras afiliadas Lista de emissoras
Nome(s) anterior(es) TV Abril (1989–1990)

MTV Brasil foi uma rede de televisão brasileira dedicada ao público jovem. Foi fundada em 20 de outubro de 1990, através de uma Joint Venture entre o Grupo Abril e a MTV Networks, proprietária do canal estadunidense MTV.[3] Foi a terceira versão da MTV a ser lançada no mundo e a primeira a ser lançada em TV aberta.

A sede da emissora ficava no Edifício Victor Civita em São Paulo, na Avenida Professor Alfonso Bovero, 52, no bairro Sumaré, onde foi anteriormente a sede da Rede Tupi. Este edifício foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat), sendo o primeiro da capital do estado de São Paulo a ser tombado.[4]

No começo da década de 2010, era considerada a maior rede jovem e a sétima maior rede de televisão do Brasil, sendo ainda considerada pelo jornal Meio & Mensagem como a quinta emissora de TV mais admirada do país.[5][6] Além disso, a MTV Brasil foi a primeira TV segmentada do país dedicada ao público jovem,[7][8] além de ter sido a primeira emissora segmentada de TV brasileira a transmitir a sua programação 24 horas por dia.[9]

Em junho de 2013, o Grupo Abril iniciou o processo de devolução da marca MTV para a Viacom devido à grande crise financeira que tanto o grupo como a emissora enfrentavam. A emissora encerrou suas transmissões em 30 de setembro de 2013. A Viacom, por sua vez, relançou a MTV na TV paga um dia depois. A rede até então ocupada pela emissora em sinal aberto, de propriedade da Abril Radiodifusão, passou a retransmitir os programas da então Ideal TV.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

A MTV, sigla de Music Television,[10] surgiu nos Estados Unidos no dia 1º de agosto de 1981,[11] sob o controle da Warner-Amex Satellite Entertainment. Hoje possuído pela Viacom, o canal pago revolucionou a indústria musical mundial através da popularização dos videoclipes,[12] que eram guiados por pessoas conhecidas como video jockeys.[13] No Brasil, a empresa formou parcerias com a Rede Bandeirantes para a transmissão de eventos como premiações.[14]

Os vídeos musicais chegaram ao território brasileiro através do dominical Fantástico, da Rede Globo. O programa foi o único a produzir e veicular este tipo de produto até o início da década de 1980, quando surgiu um desejo das produtoras independentes de fugir do Padrão Globo de Qualidade. Nesta mesma época, houve o surgimento da MTV norte-americana. Ao longo da década, surgiram outros programas dedicados à exibição de telediscos, como o Realce (1983) e o Vibração (1984) na TV Record, o Clip Trip na TV Gazeta, Som Pop na TV Cultura, FMTV e Manchete Clip Show da Rede Manchete e o Clip Clip, que era exibido na Rede Globo.[15]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da MTV Brasil

Pré-estreia[editar | editar código-fonte]

Anúncio da estreia da MTV Brasil na edição de 17 de outubro de 1990 da revista Veja, com fotos de Sinéad O'Connor e uma piada com uma das canções da artista, "Nothing Compares 2 U".

Em 1989, o Grupo Abril lançou sua área de radiodifusão, sob o título de TV Abril.[nota 1] No mesmo ano, o grupo de comunicação brasileiro formou uma sociedade com a Viacom para lançar a MTV no país. Porém, somente no ano seguinte, as negociações foram confirmadas à imprensa.[20] Entretanto, ao contrário do esquema em seu país de origem, o canal brasileiro seria transmitido em TV aberta.[21] No total, o grupo desembolsou 16 milhões de dólares de investimento em equipamentos sofisticados e com uma potência dez vezes maior que os usados pela maior emissora brasileira em faturamento e audiência, a Globo. A Abril prometeu, à época, uma "revolução" na televisão brasileira.[22] Para marcar a chegada, a emissora organizou no pavilhão do Projeto SP, em São Paulo, uma feira destinada "primordialmente a publicitários e anunciantes, interessados nesse veículo inédito para suas propagandas".[20]

Para a escolha dos video jockeys, foi aberto um concurso. Na primeira fase, foram selecionadas cem pessoas para testes de locução e câmera.[23] A primeira equipe de VJ era formada por Astrid Fontenelle, Cuca Lazzarotto, Daniela Barbieri, Gastão Moreira, Maria Paula, Rodrigo Leão, Thunderbird, Zeca Camargo e Renata Netto. Em geral, eles tinham pouca ou nenhuma experiência na televisão.[24] Em julho de 1990, Roberto Civita, até então presidente da empresa, fechou um contrato com a Embratel para a utilização do satélite Brasilsat A2, o que fez com que o sinal da MTV fosse captado por antenas parabólicas. Para tal feito, o grupo teria de repassar US$ 1,3 milhões por ano. Dessa forma, a captação do sinal foi expandida de um raio de 100 km, que alcançava por UHF desde Sumaré, para um total de 420 mil domicílios que faziam uso de parabólica.[25]

Dois meses antes da estreia, em 17 de agosto de 1990, a TV Abril firmou um contrato de afiliação com a TV Corcovado, do Rio de Janeiro.[26] Nele, as partes fizeram um acordo com duração de três anos e o grupo brasileiro tinha que pagar uma porcentagem da receita publicitária da veiculação dos programas à emissora carioca. Em entrevista, Marcos Amazonas disse: "Para a audiência que visamos, o mercado carioca é uma prioridade básica".[27] Inicialmente, a TV Corcovado não transmitiu o áudio em estéreo, "mas a nossa intenção é fazer com que todas as filiadas transmitam em estéreo", consoante Roger Karman, vice-presidente corporativo da Abril.[28]

Início e primeiros anos[editar | editar código-fonte]

A primeira imagem exibida pela MTV Brasil

Inicialmente, a Abril planejou que a estreia ocorresse em 28 de abril de 1990.[29] Entretanto, a programadora adiou diversas vezes a inauguração e impôs que a MTV Brasil tivesse sua estreia entre 1º de julho e 30 de setembro de 1990 na Grande São Paulo.[30] A data foi adiada novamente para 6 e 20 de outubro. Porém, o dia 20 foi quase adiado novamente devido à demissão do diretor-geral Marcos Amazonas, mas o novo profissional, Roger Karman, manteve a data prevista.[29] Por fim, a emissora teve sua primeira transmissão em 20 de outubro de 1990, exatamente ao meio-dia, no canal 32 UHF em São Paulo e 9 VHF[31] pela TV Corcovado, em Rio de Janeiro. Sua primeira imagem foi uma color bar com a inscrição Rede Abril, seguida por vinhetas institucionais. A primeira video jockey a aparecer na tela foi Astrid Fontenelle, que disse: "Oi, eu sou a Astrid e é com o maior prazer que eu estou aqui anunciando para vocês que está no ar a MTV Brasil!".[24]

O primeiro vídeo musical exibido pela MTV foi o remix de "Garota de Ipanema" na voz de Marina Lima.[32] Entretanto, no Rio, o som falhou por cerca de 60 minutos e a TV Corcovado colocou no ar o som de "Walk of Life",[33] do grupo Dire Straits, enquanto as imagens eram do clipe da música "Garota de Ipanema".[34] A MTV também foi responsável por grande parte dos videoclipes exibidos naquela época. Victor Civita Neto, até então diretor de programação, explicou: "A qualidade dos poucos clipes produzidos no Brasil é ainda muito ruim. Por isso decidimos partir para a produção própria". Os primeiros vídeos custaram em média 25 mil dólares, de acordo com a revista Veja.[35] Um repórter para a Folha de S.Paulo avaliou que faltaram ideias na concepção dos mesmos: "De fato, os clips mostram grande evolução técnica; sob o lustro, porém, nota-se o bolor da falta de ideias". Em seguida, ele concluiu que "[os vídeos] nacionais são exercícios sobre o nada com alto poder de dissuasão."[36]

Alguns programas distribuídos pela MTV norte-americana foram reeditados e vendidos para a MTV brasileira, dentre eles o Saturday Night Live.[28] A primeira transmissão da emissora foi na Rua Coropé, no bairro de Pinheiros, em São Paulo.[37] Devido às inundações e a falta de ar condicionado, a TV Abril mudou a sede para o número 52 da Avenida Prof. Alfonso Bovero, no bairro Sumaré, que anteriormente funcionava como matriz da TV Tupi São Paulo. O prédio recebeu investimentos em todos os 14 andares para receber a MTV. No mesmo edifício localiza-se a torre de transmissão do canal, a Torre Victor Civita.[38]

Crise e devolução da marca[editar | editar código-fonte]

A MTV Brasil passava por problemas financeiros desde o final de 2009, quando começou a perder seu faturamento.[39] Ao mesmo tempo, em dezembro de 2009, o Grupo Abril adquiriu os 30% pertencentes à Viacom, passando a ter 100% do controle do canal, tendo todos direitos da marca no país.[40]

Disse a Diretora Geral da MTV Networks América Latina. A Viacom anunciou que, a partir do momento, só investirá em filiais dos canais VH1 e Nickelodeon.[41][42]

A Abril não queria usar a nova logo, pois a logo que usavam até fevereiro de 2011 estava sendo usado para a identidade da marca MTVBR; porém, desde 2010, a Viacom pedia para atualizarem. Com muitos problemas, a MTV mudou a logo em 2012 para evitar mais problemas com a Viacom, já que estavam em conflito em relação a Grade de Programação da MTV, com a franquia de realitys "Shore". O problema se agravou em 2012, com a nova logo e o que fez com que os jornalistas especializados em mídia especulassem a venda da emissora e/ou a devolução da marca MTV à sua detentora mundial, a Viacom.

Daniel Castro, do portal R7, publicou em seu blog em 13 de abril de 2012 que a então News Corporation (Fox), Valdemiro Santiago e o grupo português Ongoing estavam interessados na compra da emissora.[43] No mês seguinte, o programa Comédia MTV ao Vivo exibiu um clipe com a paródia da música Roda Viva, de Chico Buarque.[44] A música, intitulada Indiretas Já, fala sobre a atual situação da televisão em geral de forma indireta, como sugere o título.[44] No clipe, os humoristas também debocham dos rumores de venda da MTV.[44]

Keila Jimenez, do jornal Folha de S. Paulo, publicou em sua coluna de 16 de agosto de 2012 que o Grupo Abril havia iniciado as negociações de venda do canal e a devolução da marca MTV para Viacom.[45] No mesmo dia, em nota, o grupo negou que havia negociações para a venda da emissora.[46][47][48] Após a publicação dessa notícia, os programas Furo MTV e Trolalá reagiram com piadas a respeito da venda.[49] No Trolalá, o humorista Paulinho Serra passou um trote para a portaria da própria MTV, fingindo ser um representante de Eike Batista, que estaria interessado na compra do canal.[50]

Em 15 de maio de 2013, Keila Jimenez publicou, na sua coluna "Outro Canal" da Folha de S.Paulo, que o Grupo Abril não pretendia manter a emissora musical no ar além deste ano. O canal, mesmo com forte redução de gastos, continuava com as contas no vermelho. Sem compradores interessados no momento, o Grupo Abril estaria analisando dois novos projetos de gestão para o canal manter-se no ar. Os dois projetos envolviam a devolução da marca MTV Brasil para sua proprietária, a programadora norte-americana Viacom. O nome MTV Brasil era um licenciamento pago anualmente pela Abril à Viacom. Uma das ideias era manter o canal no ar, já com outro nome, apostando apenas em produções de humor ao estilo atual. O outro projeto, com custo bem menor, era manter a emissora sem produções nacionais, exibindo apenas documentários e videoclipes. A Viacom, que pode receber a marca MTV Brasil de volta, já até estaria programando o relançamento do canal no país.[51]

Em 12 de junho de 2013, Keila Jimenez publicou em sua coluna que o Grupo Abril devolveria a marca MTV para a Viacom, e lançaria um novo canal de televisão em seu lugar, e a Viacom, por sua vez, relançaria a MTV somente na TV por assinatura.[52] Isso foi confirmado em seguida pelo blog da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.[53] No dia seguinte, o programa Acesso MTV foi encerrado e os apresentadores Titi Müller, Juliano Enrico e Pathy DeJesus foram dispensados.[54][55][56] Os programas MTV sem Vergonha e A Hora do Chay também foram encerrados.[54][56] Em outras áreas, ocorreram corte de pessoal, resultando na demissão de vários profissionais.[57]

Na semana seguinte, em entrevista ao jornalista Daniel Castro, Zico Góes, diretor de programação da emissora, confirmou que a MTV seria devolvida a Viacom, sem dar mais detalhes.[58] O canal seguiria lançando novas atrações até setembro de 2013, quando a marca MTV seria devolvida para a Viacom.[59][60][61]

Em 29 de julho, a Viacom International Media Networks (VIMN The Americas), divisão internacional da Viacom, anunciou que o canal seria relançado na TV paga no dia 1 de outubro.[62] A empresa pretendia que a nova MTV alcance 75% dos assinantes de TV paga, o que representava um alcance maior do que a cobertura do canal da Abril.[63] A programadora pretendia produzir mais de 350 horas de conteúdo nacional até dezembro de 2014, com versões brasileiras de programas como o MTV World Stage, Guy Code e Pranked, além de programas diários, séries, esportes radicais e realities.[64][65] Versões dubladas de programas da matriz americana ocuparão a maior parte da grade.[66]

Com a devolução da marca para a Viacom, a MTV Brasil deixou de ser operada pelo Grupo Abril no dia 30 de setembro, data em que foi exibido um especial de despedida do canal da TV aberta.[67][68] A partir de outubro o canal abandonou a denominação "Brasil", passando a se chamar apenas MTV.[69]

Após a entrega da marca para a Viacom, a Abril pretendia se desfazer de sua rede de radiofusão e da cessão do sinal UHF que usava para transmitir seu canal, já que não tinha intenção de lançar novo canal nem seguir no ramo televisivo. O grupo pretendia prosseguir com a exibição de reprises, porém outras produções para segurar a concessão do canal enquanto ocorriam as negociações para a venda de sua infraestrutura.[70] Seu acervo totalmente digitalizado de imagens e programas também estava sendo negociado, devendo ser transferido para a Viacom.[71] Já o nome deixou de ser utilizado juntamente à entrega da marca para Viacom, e com isso o canal passou a se chamar Ideal TV, uma das propriedades da Abril, já foi noticiado que a Abril não tem interesse de manter o canal. Um dos motivos foram queda de audiência e a internet, trazendo prejuízos para o grupo.

Venda do canal[editar | editar código-fonte]

Em 18 de dezembro de 2013 num comunicado oficial, Fábio Colletti Barbosa, presidente do Grupo Abril, anunciou a venda das concessões pertencente a Abril Radiofusão ao Grupo Spring de Comunicação, que publica a edição brasileira da Rolling Stone.[72] Este grupo pertence a José Roberto Maluf, ex-vice-presidente do SBT e da Band, e atual presidente da TV Cultura.[73] Os valores da transação não foram divulgados, mas especula-se que gire em torno dos R$ 200 milhões e também supostamente a Abril recusou um valor maior que isso oriundo do religioso R. R. Soares, fazendo assim, que o futuro da nova emissora está em mãos e provavelmente, uma programação laica.[74] Tudo isso ainda tem que ser aprovado pelo Ministério das Comunicações e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).[75] Apesar de não ter vendido a emissora para Soares, a Abril acabou vendendo espaços na emissora para a igreja do líder religioso Valdemiro Santiago, pela demora na aprovação do processo de venda para a Spring.[76][77] O Ministério Público Federal também questionou a venda, que foi aprovada pelo Cade e pelo Ministério das Comunicações.[77][78][79]

Transmissão[editar | editar código-fonte]

TV aberta e online[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de emissoras da MTV Brasil

Além da transmissão aberta, a MTV Brasil também era disponível na TV por assinatura e através do site via streaming.

Extinção da MTV Brasil[editar | editar código-fonte]

A última imagem exibida pela MTV Brasil
"Oi, eu sou a Astrid Fontenelle, e em clima de chegadas e partidas, eu tenho a honra de anunciar o fim da MTV Brasil. Eu fui a primeira a acender a luz, e nada mais natural de que eu chamasse na chincha essa responsa pra mim mesma. Eu quero ser a última a apagar.

Sem lamento, com muito orgulho de ter feito parte dessa incrível história de 23 anos de MTV Brasil. 23 anos tocando música pros olhos, 23 anos botando o dedo na ferida, 23 anos revelando talentos, 23 anos revolucionando sim a TV, 23 anos debochando da gente mesma, 23 anos botando essa porra pra funcionar sim, do nosso jeito.

Viva a velha MTV Brasil. E vida longa, bem longa, pra nova MTV, que começa amanhã. Sorte e sucesso pra quem segue.

E pra que sofrer com despedidas, se quem vai não leva nem o sol nem as trevas? E quem fica, não esquece nunca do que sonhou.

Eu fui, até ali. Nós fomos juntos até algum lugar, galera.

Valeu, foi bom, inté!"

— Discurso de Astrid Fontenelle para o encerramento do canal.

Em seus últimos dias, a MTV Brasil apresentou uma programação nostálgica cheia de reprises dos melhores momentos registrados ao longo do seu ciclo de vida. Além dos últimos programas da série My MTV com ex-VJs, o canal mostrou, ainda, em parceria com a Mídia Ninja, um programa envolvendo um passeio pelas dependências do prédio onde ficava sua sede, acompanhado de uma virtuosa discussão sobre o passado, presente e futuro das mídias de comunicação. Também ocorreu a última transmissão ao vivo de sua história, feita em 26 de setembro: uma festa de encerramento chamada "Saidera MTV", que contou com a presença de vários VJs antigos e atuais. A emissora encerrou suas transmissões no dia 30 de setembro de 2013, às 23h59. O último programa exibido foi o humorístico O Último Programa do Mundo, com Daniel Furlan e Juliano Enrico. Em seguida, entra no ar o programa especial Tchau MTV!,[80] com o VJ Thunderbird dando um pequeno depoimento sobre o canal. Em sentido oposto ao da inauguração do canal, a ex-VJ Cuca Lazzarotto apresenta o último videoclipe - "Maracatu Atômico" da banda brasileira de manguebeat Chico Science & Nação Zumbi,[81][82][83] possivelmente como forma até mesmo de auto-afirmação do nome Brasil que compunha seu nome. Outra versão gravada foi um clipe com os momentos do Acústico MTV Roberto Carlos, famoso 'Acústico Proibidão', porém, decidiram não levar ao ar. Após isso, a também ex-VJ Astrid Fontenelle encerrou a programação, uma vez que fora a mesma quem abrira as transmissões havia quase 23 anos.[84] A última vinheta transmitida foi uma seleção de imagens de funcionários e VJs da emissora gravadas durante a festa de despedida do dia 26, com a canção "Ôrra Meu", da cantora brasileira Rita Lee, de fundo musical. Por fim, surge na tela a logomarca da MTV com as cores da bandeira brasileira sobre um fundo preto. A sua logomarca foi diminuindo e desaparecendo nesse fundo preto, sendo esta a última imagem transmitida pela emissora.[85] Logo em seguida, aos 30 segundos do dia 1 de outubro, iniciou-se as transmissões da Ideal TV.

Como parte das atividades necessárias para devolução da marca, o endereço www.mtv.com.br também deixou de funcionar às 22h30 do dia 30 de setembro,[86] sendo redirecionado para endereços de propriedade da Viacom.

Videoclipes[editar | editar código-fonte]

Primeiro formato e VJs[editar | editar código-fonte]

Na concepção original, a MTV estava destinada a exibir videoclipes e focar em um público jovem de 12 a 35 anos. Quatro meses antes de sua estreia, a MTV abriu um concurso para seus apresentadores, que seriam conhecidos como video-jockeys ou simplesmente VJs. Eram homens e mulheres jovens que teriam a função de serem os "anfitriões" dos programas. A primeira equipe de VJs era formada por Astrid Fontenelle,[24] Cuca Lazzarotto, Daniela Barbieri, Gastão Moreira, Maria Paula, Rodrigo Leão, Thunderbird, Lorena Calábria e Zeca Camargo. Em geral, os VJs tinham pouca ou nenhuma experiência na televisão.

No início, a MTV Brasil exibia muitos clipes de rock e música pop, em sua maioria internacionais. Porém, nesta época também houve a influência do grunge, com destaque para bandas como Nirvana e Alice in Chains. Outros artistas tiveram destaque no mesmo período como foi o caso do Skank, Paralamas do Sucesso, Madonna, Michael Jackson e Guns N' Roses.

Programas segmentados[editar | editar código-fonte]

Exibição de videoclipe na MTV Brasil em 2013

Logo em seu início, a MTV criou programas para vários segmentos musicais como foi o caso do Yo!, destinado ao hip-hop e rap; Lado B voltado para o universo alternativo e o Fúria Metal, dedicado ao heavy metal e hard rock. Porém, esses programas eram exibidos em horários menos destacados como a madrugada.

O Lado B e o 121, versão brasileira do 120 Minutes, eram voltados para um universo mais alternativo mostrando um pop e um rock que não seguiam as tendências do momento. O Lado B durou de 1990 a 2000, apresentado por Thunderbird, Fábio Massari e Kid Vinil, e o 121, comandado por Thunderbird, de 1991 a 1994.

Já o Yo!, que era a versão brasileira do Yo! MTV Raps, tentou inicialmente cobrir o cenário do rap/hip-hop internacional, porém pela dificuldade e por pressão dos telespectadores, o Yo! passou a cobrir mais o cenário nacional, tendo tido entre seus apresentadores Primo Preto, KL Jay (dos Racionais MC's) e Thaíde.

Em meados de 1991, a MTV Brasil criou dois programas voltados ao rock pesado, o Fúria Metal, versão brasileira do Headbangers Ball, e o Gás Total, ambos apresentados pelo VJ Gastão Moreira.

Houve também programas destinados à dance music e música eletrônica como o Dance MTV, Beat MTV e o AMP. Programas como Tutti Dani, Hits MTV e Non-Stop exibiam os maiores sucessos do momento.

Disk MTV (1990–2006)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Disk MTV

Criado em 1990, o Disk MTV era a versão brasileira do Dial MTV (precursor do TRL), com a ideia de exibir os dez clipes mais votados do dia através do telefone. Inicialmente o programa foi apresentado por Astrid Fontenelle e, além de exibir os dez clipes mais pedidos, levava ao ar entrevistas com artistas e bandas. Astrid deixou o comando do programa em 1994, sendo substituída por Cuca Lazarotto. Cuca, por sua vez, foi substituída por Sabrina Parlatore em 1996. Sabrina deixou o programa em 2000 quando se transferiu para a Rede Bandeirantes. O Disk foi temporariamente apresentado por Chris Nicklas entre julho e agosto de 2000.

Após dois meses, Sarah Oliveira assumiu o comando do Disk MTV. Ao mesmo tempo que exibia a parada musical, o programa trazia artistas no estúdio do programa para entrevistas. Em pouco tempo o Disk se tornou o principal programa da MTV Brasil e um dos mais assistidos em seu horário. Sarah deixou o programa em 2005 para apresentar o Jornal da MTV ao lado de Rafael Losso.

Após a saída de Sarah, o Disk passou a ter apresentadoras que ficavam no comando do programa no máximo um ano, como foi o caso de Carla Lamarca, entre 2005 e início de 2006, as gêmeas Keyla Boaventura & Kênya Boaventura, entre março e novembro, e por último Luisa Micheletti, entre novembro e dezembro. Em 2006, a MTV comunicou que iria focar menos na música e isso culminou no fim do programa, o que provocou revolta entre os fãs do programa.

Em 2008, a MTV Brasil criou uma nova versão do Disk MTV, o Top 10 MTV, apresentado originalmente por Sophia Reis aos sábados e foi exibido até 20 de dezembro daquele ano. Em 2009, surgia o MTV Lab Disk, uma seção sem apresentadores reservada aos 15 clipes mais votados pelo público. Em janeiro de 2010, o Top 10 voltou ao ar e passou a ser diário, com apresentação de Vanessa Hadi. O programa foi exibido até o dia 1 de agosto de 2013.

Em fevereiro de 2014, o ex-diretor de programação da MTV Brasil Zico Góes, afirmou em entrevista que as votações do programa Disk MTV eram manipuladas pela emissora, para evitar que os telespectadores se cansassem de assistir os videoclipes na mesma ordem todos os dias.[87]

Video Music Brasil (1995–2012)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: MTV Video Music Brasil

Em 1995, foi ao ar ao vivo direto do Memorial da América Latina o primeiro MTV Video Music Awards Brasil , sendo a versão nacional do já consagrado Video Music Awards. Sob o comando de Marisa Orth, ele originalmente era intitulado de Video Music Awards Brasil. A estatueta entregue na premiação geralmente era um clips.

Em 1996, passou a chamar MTV Video Music Brasil, atual VMB.

Em 2007, a premiação sofreu uma reformulação e passou a focar menos nos videoclipes e mais nos artistas.[88]

O programa foi anualmente transmitido até 2012. Em 2013, o evento não foi realizado devido à devolução da marca MTV para a Viacom. A nova MTV que estava avaliando a viabilidade em realizar o evento[89][90] decidiu não realizar a premiação em 2014 por priorizar produções como EMA (MTV), VMA e o World Stage.[91]

Outros programas[editar | editar código-fonte]

Programas roteirizados (1999-2013)[editar | editar código-fonte]

Um dos programas mais lembrados da emissora é o Hermes & Renato que teve início em 1999. O mesmo grupo de humoristas também foi responsável por outros programas como Sinhá Boça (2006) e Tela Class (2007). Outros programas de destaque foram 20 e Poucos Anos (2000), Descolados (2009), A Menina Sem Qualidades (2013) e Overdose (2013).

Programas animados (2003-2013)[editar | editar código-fonte]

O Megaliga MTV de VJs Paladinos foi o primeiro desenho animado da emissora, que estreou em 2003 e contava as histórias com narração da própria equipe de apresentadores naquela época. Em 2005, estreou o Fudêncio e Seus Amigos que atualmente foi o desenho que mais rendeu temporadas a MTV.

Mudanças na grade[editar | editar código-fonte]

Por suas diversas reformulações, quase sempre anuais, e maior produção de programas sobre comportamento jovem, muitos telespectadores passaram a sentir falta de uma programação basicamente musical na MTV. Em resposta a essas reclamações, a emissora passou a exibir, em março de 2006, programas focados especialmente na exibição de videoclipes e discussões sobre música, em que os telespectadores podiam interagir com a programação através de mensagens de texto e pela internet.

No entanto, em dezembro de 2006, foi anunciado pelo diretor de programação, Zico Góes, que em 2007 a MTV passaria a exibir videoclipes somente durante a madrugada. Segundo ele, o fácil acesso a conteúdos audiovisuais na internet (leia-se YouTube e MTV Overdrive), levou o telespectador a não querer esperar para ver um videoclipe na programação. Essa reestruturação culminou na extinção de um dos mais tradicionais programas da casa, o Disk MTV.

No dia 3 de março de 2008, a MTV teve seu primeiro relançamento com novas atrações e passou a ter alguns programas focados na música, além de séries da MTV americana e programas de comportamento, e 12 horas de apenas videoclipes.

Marketing[editar | editar código-fonte]

Naquela época, um dos slogans mais conhecidos pela MTV era I want my MTV,[nota 2] que era dito por vários artistas, inclusive no lançamento do canal na TV a cabo. A MTV brasileira decidiu não usar esta marca no país, já que segundo Paulo Ghirotti, da área de criação da DPZ, que desenvolveu a marca no país, induz a solidariedade de um jovem trancado em um quarto. Já Adélia Franceschini, diretora de marketing da TV Abril, disse que "[o slogan teria] que ser mais blasé".[92] Em 23 salas de cinema localizadas em shopping centers de São Paulo, foram divulgados artistas pronunciando o slogan brasileiro, Te vejo na MTV, e também eram incluídas algumas vinhetas da matriz norte-americana.[93] Com uma meta inicial de faturamento de US$ 500 mil mensais,[94] seu lucro começou a crescer a partir do final de 1990, quando ocorreu o início da comercialização de espaços na emissora e quando obteve uma receita de US$ 3 milhões. Consoante Meio & Mensagem, a previsão era que em 1991 o canal rendesse entre US$ 10 e 12 milhões,[95] o que foi alcançado.[96]

No mesmo ano, o canal investiu US$ 100 mil em campanhas publicitárias realizadas pela DPZ para o público carioca, que por sua vez, acompanhava a programação através do canal 9. Por ficar no ar apenas após o meio-dia,[nota 3] o lema da campanha era: "Depois do meio-dia, o canal 9 fica do jeito que o diabo gosta". Tal lema fez com que um jornalista do Jornal do Brasil dissesse que o lema "promete desagradar a Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro". Em outra ocasião, a mesma publicação comparou: "No ano passado, por muito menos, uma marca de biquínis teve que retirar seus outdoors por exigência, precisamente, da Cúria".[97] A campanha, por sua vez, foi publicada em jornais e revistas, além de outdoors e menções na rádio. Sua estreia deu-se em 15 de março de 1991.[98] Por ser uma rede de televisão segmentada ao público jovem, diversas empresas apostaram em publicidade na MTV, tais quais o Banco Bamerindus, Basf, Samello e Warner Lambert,[94] fabricante da bala Halls.[nota 4]

Em 1997, a emissora foi a patrocinadora principal de umas das maiores equipes de futebol do Brasil, o Fluminense.[101][102]

MTV na Luta contra a AIDS[editar | editar código-fonte]

Uma das bandeiras da emissora, já que a mesma tinha como público-alvo os jovens, foi a luta contra a AIDS. Por isso, sempre nas vésperas do Dia Mundial da Luta Contra a Aids (1º de dezembro) a MTV exibia uma programação especial sobre o tema.[103]

Partida Beneficente contra o Fluminense[editar | editar código-fonte]

Em 1º de dezembro de 1997, por ser a patrocinadora da equipe de futebol do Fluminense, e como uma programação especial dos eventos da Luta contra a AIDS, a MTV Brasil preparou um partida de futebol beneficente em que astros da emissora enfrentaram o time principal do Fluminense.[101]

Esta partida recebeu transmissão ao vivo pela emissora, sendo a única partida de futebol exibida na história da emissora (lembrando que o Rockgol era um torneio de showbol cujas partidas eram gravadas para exibição posterior). O evento foi narrado por Silvio Luiz e teve como palco o estádio Moça Bonita, de Bangu. O ingresso foi 1 quilo de alimento não-perecível que foram destinados a uma série de instituições que trabalham em defesa dos portadores de HIV.[104]

Defendendo as cores da MTV, entraram em campo os seguintes "jogadores": Andreas Kisser e Igor Cavalera (Sepultura), Lelo Zaneti e Samuel Rosa (Skank), Frejat e Guto Goffi (Barão Vermelho), os VJ's Edgard Piccoli e Rodrigo P-Funk, Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Toni Garrido (Cidade Negra), o cantor Ivo Meirelles e o ator e líder da Blitz, Evandro Mesquita. Com um misto de profissionais e juniores, o Fluminense, mesmo já estando matematicamente rebaixado no Campeonato Brasileiro daquele ano, venceu pelo elástico placar de 12 a 0. Os gols foram marcados por Roger (2x), Arthur (2x), Flavinho, Dirceu, Jorge Luís, Yan (2x), Cadu, Marcelo Cardoso e Márcio Costa. Isso tudo em apenas 50 minutos, já que a partida foi disputada em dois tempos de 25. O árbitro da partida foi Daniel Pomeroy, que já foi árbitro FIFA.[105]

Marca[editar | editar código-fonte]

Logos[editar | editar código-fonte]


Slogans[editar | editar código-fonte]

  • 1990–1991: Te vejo na MTV
  • 1991–1997: MTV, sempre na linha
  • 1997–1998: MTV, a sua casa
  • 1998–2002: MTV Brasil, na sua língua
  • 2002–2004: Música e atitude
  • 2004–2006: Veja na MTV
  • 2006–2008: MTV, só os melhores
  • 2008–2009: Transformação pela raiz
  • 2009–2010: Você está aqui
  • 2010–2011: MTV, o canal dos ovos de ouro
  • 2011: Música para tudo
  • 2011–2013: A música não para

Programas[editar | editar código-fonte]

VJs[editar | editar código-fonte]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Prêmio ExxonMobil de Jornalismo (Esso)
  • 2003: ganhou o Esso Especial de Telejornalismo, concedido a Andréa Cassola, Zico Goes, Lílian Amarante e Cris Lobo, pelo documentário "AIDS 2002"[106]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. É importante ressaltar, entretanto, que a Abril Radiodifusão só foi criada em 1999, para cuidar de assuntos relacionados à radiodifusão, como a operadora de TV por assinatura TVA.[16][17][18] Somente em 2004, a MTV Brasil Ltda., novo nome da TV Abril, fundiu-se com a área.[19]
  2. Em tradução livre, eu quero a minha MTV.
  3. Antes do meio-dia, a programação constituía de produções da Record e do SBT.[20]
  4. A Warner Lambert foi comprada pela Pfizer, em seguida pela Cadbury e a 2010 pela Kraft Foods.[99] Depois, esta última passou por uma reestruturação e foi criada a Mondelēz International, atual fabricante.[100]

Referências

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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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