Mata-Ratos

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Mata-Ratos
Informação geral
Origem Oeiras, Lisboa
País Portugal
Gênero(s) Punk rock
Street-punk
Período em atividade 1982 - presente
Gravadora(s) Drunk Records
Fast 'n' Loud
Ataque Sonoro
Rastilho
Integrantes Miguel Newton
Ricardo Vieira
Arlock Esteves
Arlock Dias
Ex-integrantes Pedro Coelho
Página oficial http://www.myspace.com/mataratos1982

Mata-Ratos é uma banda portuguesa de punk rock formada no início de 1982 em Oeiras, nos subúrbios de Lisboa, influenciados pelo punk rock britânico e americano de finais dos anos 70 e início dos anos 80. É considerada uma banda mítica no cenário do punk rock português.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O grupo formou-se em 1982.[2] A formação original incluía o vocalista Jorge "Morte Lenta" Leal, o guitarrista Pedro Coelho, o baixista Pinela e o baterista Jó (Jorge Cristina).

Padecendo da animosidade tanto do público que ia aos seus concertos como dos promotores desses eventos a banda uniu esforços, em 1984, com outras bandas como os Crise Total, Ku de Judas e Grito Final para começar a organizar os seus próprios concertos em Lisboa, foi também neste ano que Miguel Newton entrou para a banda como vocalista.

Em 1988, o grupo era constituído por Miguel Newton na voz, Pedro Coelho na guitarra, Cascão no baixo e Jó na bateria.[3] A primeira gravação oficial dos Mata-Ratos foi a demo-tape homónima, edição da Raticida Records, gravada em 1989. A cassete venderia cerca de 700 cópias. Em 1989 concorrem ao 6º concurso do Rock Rendez-Vous mas são afastados da final.

O grupo assina pela EMI-VC. Em Maio de 1990, gravam em Paço de Arcos o seu álbum de estreia com produção de Paulo Pedro Gonçalves. Rock Radioactivo é editado em Julho de 1990. O disco, atinge o 5º lugar do top português e vende mais de 6 mil cópias. [3][4][5]

Em 1990, Cascão e Jó saem e o grupo está vários meses sem ensaiar. Entram Cenoura no baixo e Alberto na bateria. Em Agosto de 1991, João Brr entra para o lugar de Cenoura. Em Dezembro de 1991 gravam cinco temas ("Xu-Pa-Ki", "Expulsos do Bar", "Paralisia Cerebral", "Aníbal Caga Tudo" e "Tira, Enrola e Come") para apresentar à editora. A EMI não aceita os temas e o grupo rescinde o contrato. Em 1993, Moles e Delfin entram para os lugares de Brr e de Alberto.

Expulsos do Bar, EP em vinil com os temas gravados em Dezembro de 1991, é editado em 1994. No ano seguinte foi editado (reedição em vinil cinzento) na Alemanha pela editora Street Beat. Ainda em 1994, a Drunk Records editou um split-CD com temas de Mata-Ratos, Pé de Cabra e Garotos Podres. O registo incluía três dos cinco temas do EP Expulsos do Bar mais oito temas gravados ao vivo.

Em 1995 foi editado o disco Estás Aqui, Estás Ali. Os Mata-Ratos, em conjunto com o grupo brasileiro Garotos Podres, fazem uma digressão pela Alemanha de forma a promover este novo disco. As duas bandas lançam o split EP Bebedeiras & Miúdas Tour 95. Em 1996, Vieira entra para o lugar de Delfin e Gordo Metralha substitui Moles.

Xu-Pa-Ki 82-97, uma edição limitada, comemorativa dos 15 anos de carreira do grupo, é editada em 1997. A compilação inclui temas do EP Expulsos do Bar", temas incluídos na compilação Vozes da Raiva, músicas ao vivo e músicas das primeiras demo-tapes.

Em Outubro de 1997, os Mata-Ratos gravam o disco Sente o Ódio. A seguir à gravação deste disco, Pedro Coelho decide sair do grupo. Sente o Ódio só seria editado em 1999, através da Alarm! Records (subsidiária da Guardians of Metal).

Ainda em 1999 é editado, pela francesa Crânes Blasés, o 7" EP Crime, gravado já com a nova formação. Trata-se de uma edição limitada a 555 cópias (vinil colorido) que inclui um tema inédito e três antigos. No ano de 2000, o grupo grava, no formato CD-R, Por Um Punhado de Ratos.

É editado um split-CD, de Mata-Ratos e Urban Crew, em 2002. Em Novembro de 2002 andam em turné (Portugal, França, Espanha e Bélgica) com os The Suspects.

Em Setembro de 2003, a Rastilho edita um EP em Vinil com 4 temas (três inéditos e um tema gravado ao vivo). A edição de Deus, Pátria e Família é limitada e numerada a 525 cópias. A formação actual inclui Miguel Newton na voz, Bacala na bateria, Bibi Ramone no baixo e Arlock Dias na guitarra.

Participam no disco Hangover HeartAttack de tributo aos Poison Idea.

Bacala e Bibi saem e dá-se o regresso do baterista Ricardo Vieira e a entrada de Arlock Esteves para o baixo. O álbum És um Homem ou és um Rato é editado em Junho de 2004 pela Ataque Sonoro. Ainda em 2004, participam do Festival Acção Directa, o primeiro festival de música punk dos Açores.

Em 2005 é editado Festa Tribal gravado ao vivo em Martingança (Maceira/Leiria), em 24 de abril de 2005, que agrupa 20 temas do grupo. O registo inclui ainda um CD-extra com conteúdos multimédia.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Entre a sua discografia encontram-se os discos: [6][7]

Álbuns[editar | editar código-fonte]

  • Mata-Ratos (Demo-Tape, 1989)
  • Rock Radioactivo (1990, EMI Valentim de Carvalho)
  • Expulsos do Bar (EP, 1994, Drunk Records/Fast'n'loud)
  • Estás Aqui, Estás Ali! (1995, Drunk Records/Fast'n'loud)
  • Xu-Pá-Ki 82-97 (1997, Drunk Records/Fast'n'loud)
  • Sente o Ódio (1999, Alarm! Records)
  • És um Homem ou és um Rato (2004, Ataque Sonoro)
  • Festa Tribal (Ao vivo, 2005, Rastilho Records/Compact)
  • Novos Hinos Para A Mocidade Portuguesa (2007, Rastilho Records)
  • Banda Sonora do Apocalipse Anunciado (2016, Rastilho Records)
  • Extremo Ocidente (2023, Tomba-Lobos Registos Phonographicos)

Singles & Splits[editar | editar código-fonte]

  • Mata-Ratos/Pé de Cabra/Garotos Podres (Compilação:"Vozes Da Raiva"1994, Drunk Records/Fast'n'loud)
  • Bebedeiras e Miúdas Tour 95 (Split EP com Garotos Podres, 1995, Drunk Records/Fast'n'loud/Walzwek Records)
  • To The East & To The West, Portugal vs. Czchec Republic (Split EP, 1998, Bastard Records/Fast'n'loud)
  • Crime (EP, 1999, Crânes Blasés)
  • Lisbonne vs. Paris (Split com Urban Crew, 2002, Bords du Seine)
  • Deus, Pátria e Família (EP, 2003, Rastilho Records)

Referências

  1. Sousa Dias, Ana (7 de junho de 2017). «″As pessoas não sabem pensar em voz alta, é muito difícil exporem oralmente um problema″». www.dn.pt. Consultado em 20 de abril de 2023 
  2. Pereira, Gustavo Lopes (7 de agosto de 2022). «Quarenta anos de Mata-Ratos: na estrada com a banda que gosta que a odeiem». PÚBLICO. Consultado em 20 de abril de 2023 
  3. a b «Punk 1977 - 2017 | Mata-Ratos - Eu Tenho Um Pobre». Antena 3. Consultado em 21 de abril de 2023 
  4. Romano, Ricardo (4 de junho de 2014). «86-91: Os Anos de Ouro do Punk Português». Altamont. Consultado em 21 de abril de 2023 
  5. «Discografia Mata-Ratos presente no catalogo da Fonoteca Municipal de Lisboa». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de abril de 2023 
  6. «Mata-Ratos discography - RYM/Sonemic». Rate Your Music (em inglês). Consultado em 21 de abril de 2023 
  7. «Mata-Ratos - discografia completa». www.spirit-of-rock.com. Consultado em 21 de abril de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]