Merce Cunningham

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Merce Cunningham
Merce Cunningham
Nascimento Mercier Philip Cunningham
16 de abril de 1919
Centralia
Morte 26 de julho de 2009 (90 anos)
Nova Iorque
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação bailarino, coreógrafo, autor, desenhista, dançarino
Prêmios
  • Bolsa Guggenheim (1954)
  • Bolsa Guggenheim (1959)
  • Prêmio de Dança Capezio (1977)
  • Bolsa MacArthur (1985)
  • Prêmio Kennedy (1985)
  • Laurence Olivier Award for Best New Dance Production (1985)
  • Cavaleiro da Legião de Honra (1989)
  • National Medal of Arts (1990)
  • Prêmio Bessie (1993)
  • Golden Lion for Lifetime Achievement (1995)
  • Sacem Awards (1997)
  • Medalhão de Handel (1999)
  • Isadora Duncan Dance Awards (1999)
  • Lenda Viva da Biblioteca do Congresso (2000–)
  • The Dorothy and Lillian Gish Prize (2000)
  • Medal of the City of Paris (2001)
  • Edward MacDowell Medal (2003)
  • Oficial da Legião de Honra (2004)
  • Praemium Imperiale (2005)
  • National Dance Awards
Empregador(a) Black Mountain College
Página oficial
http://www.mercecunningham.org/

Mercier Philip Cunningham, mais conhecido como Merce Cunningham (Centralia, 16 de abril de 1919 - Nova Iorque, 26 de Julho de 2009), foi um bailarino e coreógrafo norte-americano. Possuía como características marcantes de sua dança, o caráter experimental e estilo vanguardista.[1] Foi responsável por mudar os rumos da dança moderna. Criou mais de 200 coreografias. Entre seus colaboradores figuram John Cage, Jasper Johns, Andy Warhol e Robert Rauschenberg.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aos 12 anos de idade começou a estudar dança. Aos 16 anos, entra numa escola de teatro, onde aprende técnicas de palco. Faltando pouco tempo para os 20 anos, sob a influência do compositor John Cage, retoma os estudos da dança. Aos 20 anos, conhece Martha Graham, com a qual vem a se aprofundar no aprendizado da arte do dançar. Aos 23 anos, demonstra uma evolução original com um solo, "Totem Ancestor" (música de John Cage). A partir dos 24 anos, viaja com Cage, apresentando composições coreográficas e musicais. Aos 26, põe fim à carreira de solista na Companhia de Martha Graham.

Aos 28, desenvolve para Cage a coreografia "The Seasons"; abre a própria escola e passa a ensinar método próprio. Aos 34, funda sua companhia de dança - ainda em parceria com Cage - a Merce Cunningham Dance Company; demonstra a formatação e o amadurecimento de um estilo próprio de dançar com representações públicas das coreografias: "Solo Suite in Space and Time", "Dime a Dance", "Untitled Solo", "Fragments". Essas últimas deixam claro o quão nítido estava o afastamento dos hábitos coreográficos de então (finalidade, construção e técnica).

Aos 36, apresenta "Galaxy". Aos 39, "Summerspace". Aos 40, "Gambit for Dancers and Orchestra". Aos 45, faz a primeira turnê mundial. Aos 49, seu trabalho é reconhecido nos EUA, com seu grupo sendo oficializado como companhia residente na Brooklin Academy of Music. Aos 50, assume a direção da Companhia de Dança Moderna de Nova York. Aos 51, destaca-se na França com "Signals" no Théâtre de France. Aos 54, destaca-se na Ópera "One Day or Two". Aos 55, cria "Events".

Para Cunningham, a dança se torna aparentemente um movimento natural, sem finalidade específica, em que não se buscava um encadeamento lógico de movimentos, mas explorar os elementos fornecidos pelo acaso. Cunningham contentava-se em indicar aos bailarinos as direções dos deslocamentos e os tempos das paradas. Tal formulação coreográfica era o chamado Event, um acontecimento único de dançar com forte ligação com o vivenciar do instante presente, do aqui e agora. Apesar de existir um grau de liberdade elevado, as obras realizadas caracterizavam-se pela sucessão de acentos fortes e fracos (comparáveis a métrica antiga) e por uma espécie de tempo instintivo próximo do verso grego lírico ou trágico.

A música representava apenas uma acompanhamento sonoro, não tendo sido elaborada ou selecionada em função de uma harmonia com os movimentos dos bailarinos. Podendo variar da música instrumental à música eletrônica. Ao rejeitar o contexto e a noção de obra dramática, abriu caminho para jovens coreógrafos e deu origem a duas tendências da dança moderna americana: a Nouvelle Dance e o Pos Modern.

Após completar os 70 anos de idade, desenvolve coreografias através do computador, no qual encontra uma ampliação nas possibilidades criadoras. Aos 85 anos, desloca-se ao Brasil; usa uma cadeira de rodas por causa da artrite e de uma operação no joelho, ainda dá aulas e prepara nova coreografia.[2]

Referências

Fontes[editar | editar código-fonte]
  • FARO, Antonio Jose. Pequena história da dança. RJ: Jorge Zahar, 2004.
  • «Merce Cunningham» (em inglês)