Metanfetamina: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 27: Linha 27:
| vias_de_administração= Médica: Oral<br />Recreacional: Oral, [[Intravenosa]], [[Intramuscular]], Insufflation, Inalação, Supositório
| vias_de_administração= Médica: Oral<br />Recreacional: Oral, [[Intravenosa]], [[Intramuscular]], Insufflation, Inalação, Supositório
}}
}}
A '''metanfetamina (MA)''' é uma [[droga]] estimulante do [[sistema nervoso central]] (SNC), muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico. A metanfetamina tem-se vulgarizado como [[droga de abuso]] devido aos seus efeitos agradáveis intensos tais como a [[euforia]], aumento do estado de alerta, da [[auto-estima]], do apetite sexual, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções. Por outro lado, diminui o apetite, a fadiga e a necessidade de dormir.
A '''metanfetamina (MA)''' é uma [[droga]] estimulante do [[sistema nervoso central]] (SNC), muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico. A metanfetamina tem-se vulgarizado como [[droga de abuso]] devido aos seus efeitos agradáveis intensos tais como a [[euforia]], aumento do estado de alerta, da [[auto-estima]], do apetite sexual, que faz você ficar com o pipi duro e muito chamativo para as mulheres, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções. Por outro lado, diminui o apetite, a fadiga e a necessidade de dormir.
Existem algumas indicações terapêuticas para a MA, nomeadamente [[narcolepsia]], [[Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade|déficit de atenção hiperativa em crianças]], [[obesidade mórbida]] e descongestionante nasal (l -metanfetamina).
Existem algumas indicações terapêuticas para a MA, nomeadamente [[narcolepsia]], [[Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade|déficit de atenção hiperativa em crianças]], [[obesidade mórbida]] e descongestionante nasal (l -metanfetamina).
Contudo, esta droga manifesta um grande potencial de dependência e a sua utilização crônica pode conduzir ao aparecimento de comportamentos psicóticos e violentos, em consequência dos danos que pode causar ao SNC.
Contudo, esta droga manifesta um grande potencial de dependência e a sua utilização crônica pode conduzir ao aparecimento de comportamentos psicóticos e violentos, em consequência dos danos que pode causar ao SNC.

Revisão das 23h20min de 13 de abril de 2012

Estrutura química de Metanfetamina
Metanfetamina
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
(S)-N-methil-1-fenil-propan-2-amina
Identificadores
CAS 537-46-2
ATC N06BA03
PubChem 1206
Informação química
Fórmula molecular C10H15N 
Massa molar 149.2 g/mol
Dados físicos
Ponto de fusão 170-175 °C °C
Ponto de ebulição 300-305 °C °C
Farmacocinética
Biodisponibilidade Depende da rota de administração
Metabolismo Hepático
Meia-vida 9-15 horas[1]
Excreção Renal
Considerações terapêuticas
Administração Médica: Oral
Recreacional: Oral, Intravenosa, Intramuscular, Insufflation, Inalação, Supositório
DL50 ?

A metanfetamina (MA) é uma droga estimulante do sistema nervoso central (SNC), muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico. A metanfetamina tem-se vulgarizado como droga de abuso devido aos seus efeitos agradáveis intensos tais como a euforia, aumento do estado de alerta, da auto-estima, do apetite sexual, que faz você ficar com o pipi duro e muito chamativo para as mulheres, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções. Por outro lado, diminui o apetite, a fadiga e a necessidade de dormir. Existem algumas indicações terapêuticas para a MA, nomeadamente narcolepsia, déficit de atenção hiperativa em crianças, obesidade mórbida e descongestionante nasal (l -metanfetamina). Contudo, esta droga manifesta um grande potencial de dependência e a sua utilização crônica pode conduzir ao aparecimento de comportamentos psicóticos e violentos, em consequência dos danos que pode causar ao SNC.

Mecanismo de ação

A MA exerce seus efeitos ao aumentar agudamente as quantidades de dopamina, noradrenalina e serotonina na fenda sináptica, ampliando assim a neurotransmissão monoaminérgica. O aumento das monoaminas na fenda sináptica dá-se por vários mecanismos, entre os quais a inibição do armazenamento desses neurotransmissores nas vesículas dos terminais neuronais; bloqueio da recaptação das monoaminas por ligação às proteínas transportadoras; diminuição da expressão de transportadores de dopamina na superfície celular; inibição da MAO, levando ao aumento do tempo de vida das monoaminas e através do aumento da atividade e expressão da tirosina hidroxilase, enzima responsável pela síntese de dopamina.

Farmacocinética

A MA pode ser administrada por via oral, injetável, inalada, fumada ou através das mucosas (anal e vaginal). Quando é fumada o efeito é praticamente imediato, provocando um prazer intenso (“flash”), que dura apenas alguns minutos; a administração pela via oral ou inalatória provoca euforia mais prolongada, mas não tão intensa como o “flash”. Esta droga é muito solúvel nos lípidios, atravessa facilmente a Barreira Hematoencefálica (BHE) e concentra-se especialmente nos rins, pulmões, líquido cefalorraquidiano e cérebro. O seu metabolismo é hepático e a eliminação é renal (a excreção urinária de anfetaminas começa cerca de 3 horas após a ingestão e pode prolongar-se durante 4 a 7 dias, dependendo da dose administrada e do pH da urina).

Toxicidade

Apesar dos efeitos agradáveis que pode fornecer, a MA produz tolerância; isto é, o prazer que proporciona desaparece mesmo antes dos seus níveis plasmáticos diminuírem significativamente. Deste modo apresenta um elevado risco de desenvolver toxicidade, na medida em que os usuários tentam manter os seus efeitos através de utilizações repetidas, em curtos espaços de tempo. Os principais mecanismos de toxicidade estão descritos e podem traduzir-se em toxicidade aguda (imediata, após uma única utilização) ou crônica (decorrente do uso continuado, manifesta-se tardiamente). As reações adversas mais frequentes incluem arritmias cardíacas, insônia, irritabilidade e agitação nervosa. De forma menos usual pode-se observar dor abdominal, náuseas, vômito, diarréia, anorexia, perda de peso, obstipação, diminuição da função sexual, alterações na libido, disfunção erétil, fraqueza, cefaléia, hiperhidrose, taquicardia, visão turva, tonturas, infecções no trato urinário e xerostomia. Raramente também se observa um estado mental alterado, enfarte do miocárdio, dermatite alérgica, rash cutâneo, ansiedade, cardiomiopatia, acidente vascular encefalico (AVE), dor no peito, depressão, febre, hipertensão, alterações de humor e psicose. Na gravidez, a utilização de MA pode ser fatal para a mãe e resultar em aborto espontâneo ou malformações para o feto.

Genética e abuso de metanfetamina

Há anos há estudos que evidenciam a existência de variantes de genes funcionais herdados que predispõem os indivíduos a adquirirem e manterem o uso de drogas. No que diz respeito à metanfetamina, vários estudos têm reportado associações significativas entre diferentes genes e o uso de MA ou o desenvolvimento de psicoses induzidas por esta droga.

Metanfetamina como droga de abuso

A metanfetamina vendida como droga nas ruas é também conhecida como meth, cristal, Tina ou ice.

Cristal, como o nome diz, são uns cristais brancos ou incolores, como açúcar, que podem ser esmagados para virar pó. Geralmente vêm em um minúsculo saco plástico de cerca de 3×3cm chamado bag. Pode vir algumas vezes na forma de pílulas.

Padrões de uso

Na forma de cristal, pode ser fumada. Metanfetamina na forma de pó é geralmente cheirado, mas pode ser misturado em água e injetado por via intravenosa ou ainda inserido no esfíncter anal para alcançar a mucosa retal.[2]

Altos e baixos

Cristal é usado para dar energia. Ele pode causar alucinações, fazer com que a pessoa se sinta mais ativa, confiante (às vezes invencível), impulsiva, menos propensa a sentir dor, com alta libido e menos inibições. Além disso, eleva a temperatura do corpo, os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea a níveis perigosos, com risco de ataques cardíacos, derrame cerebral, coma ou morte. A pessoa pode ficar dias sem comer ou dormir. O fim do efeito pode deixar o usuário se sentindo exausto, agressivo e paranoico, e, em alguns casos, pensando em suicídio. Dependendo de como se aplica o cristal, pode-se danificar os pulmões, nariz e boca. A má reputação da droga se origina nos vários problemas que tem causado na cena noturna dos Estados Unidos e Austrália.

Vício

Tolerância ao cristal aparece logo, e mais quantidade da droga é necessária para dar a mesma ilusão. A droga tem a reputação de viciar rapidamente. Pessoas fortes que conseguem controlar o uso de outras drogas se viram fora de controle com cristal. Pode ficar difícil de pensar em fazer sexo sem estar sob efeito de cristal.

Usar cristal por longo tempo pode ser assustador: estamos falando de psicoses ou de problemas de saúde mental duradouros (mesmo depois de parar de usar). Evitar cristal pode ser muito difícil, e os efeitos no cérebro podem durar muitos anos depois de parar com a droga.

Referências

Ligações externas