Mosqueiro
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Distrito do Brasil | ||
Portal na entrada da ilha | ||
Localização | ||
Estado | Pará | |
Município | Belém | |
História | ||
Criado em | 6 de julho de 1895 (125 anos) | |
Características geográficas | ||
Área total | 212 | |
População total | 50,000 hab. |
A ilha de Mosqueiro é um distrito administrativo do município de Belém. De fato, Mosqueiro é uma ilha fluvial localizada na costa oriental da baía do Marajó, circundada ao norte pelo baía da Sol, ao leste pelo furo das Marinhas e ao sul pela baía do Guajará. Apresenta área de aproximadamente 212 km² e está localizada a 70 km de distância do centro de Belém. Possui 17 km de praias de água doce com movimento de maré.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
O termo "Mosqueiro" é uma corruptela originado da antiga prática do "moqueio" (moka'e) do peixe pelos indígenas tupinambás que habitavam a ilha.[1][2] Tal fato é corroborado pela Grande Enciclopédia da Amazônia, que narra:
(...) esse serviço de moqueio de peixe para conservá-lo até seu transporte à cidade de Belém, onde era negociado. Dessa atividade primitiva, surgiria a expressão para a «ilha do moqueio» que, através dos anos, transformar-se- ia em «ilha do mosqueiro» e que nada tem a ver com o inseto mosca.[1]
História[editar | editar código-fonte]
Ocupação[editar | editar código-fonte]
Em Mosqueiro, os colonizadores se estabelecem nos terrenos altos, os "caris” na língua indígena, próximo da enseada, onde dispunham de segurança para suas embarcações. Quando chegaram à ilha, os portugueses já encontraram os índios Tupinambás (os “filhos de Tupã”), que fugiram do Nordeste após as invasões estrangeiras no litoral brasileiro. Bastante evoluídos para a época, esses indígenas sabiam falar a língua geral, o Nheengatu, devido ao contato mantido com os europeus. Ma foi a partir do ciclo da borracha que a vila entrou num processo de grandes mudanças. Junto com Belém, Mosqueiro passou a conviver com a riqueza e o luxo e a usufruir as benesses trazidas pelo acelerado desenvolvimento registrado na capital. Chegaram os ingleses da Pará Electric Railways Company, responsáveis pela instalação de energia elétrica e de meios de transportes interno. Vieram também alemães, franceses e norte-americanos, funcionários de companhias estrangeiras, como a Port of Pará e a Amazon River.
A valorização da ilha, balneário distante 70 quilômetros do centro de Belém por rodovia, teve início no final do século XIX e está ligada ao ciclo da borracha. Foram os estrangeiros — atraídos pelo boom da economia da capital — os primeiros a valorizar a Mosqueiro como local de veraneio. Eles construíram os casarões que ainda hoje podem ser vistos em torno da orla das praias do Farol, Chapéu Virado, Porto Arthur e Murubira. Os “barões da borracha” encamparam a descoberta. Começava assim o processo de ocupação da ilha, pois o rio era então o único meio de acesso dessa incipiente ocupação. A expansão vigorosa do processo ocorreria somente em 1968 com a inauguração da estrada, interligada por balsa. Foi um marco para a aceleração da especulação imobiliária, que se expandiu em direção às praias do Ariramba e São Francisco. A partir de 1976, a ocupação voltou a se intensificar com a construção da ponte Sebastião Oliveira.
No início dos anos 80 os velejadores descobriram as potencialidades da ilha para a prática de windsurf e vela. Por mais de vinte anos, Mosqueiro foi lugar obrigatório para iatistas paraenses, bem como nomes conhecidos como os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt. Por isso, um pequeno grupo de velejadores, junto com amantes do kitesurf, ainda tenta manter acesa a "vela" no Mosqueiro, prática que tanto embeleza e dá vida nos dias quentes da ilha.
Construção da ponte[editar | editar código-fonte]
Com seus 1.457,35 metros, a ponte Sebastião R. de Oliveira é a principal via de acesso ao distrito. A obra encurtou a distância de Mosqueiro com o centro da capital, deixando-a muito mais acessível à população e atraindo um número cada vez maior de visitantes. Antes da construção da ponte, que ocorreu no dia doze de janeiro de 1976, o deslocamento até a ilha era realizado somente por navios. Esse tipo de transporte garantiu a travessia para o outro lado do continente, por quase meio século. Com a conclusão da ponte, Mosqueiro ganhou ares de cidade grande, belas mansões e prédios.
Lendas da ilha de Mosqueiro[editar | editar código-fonte]
Pontos turísticos[editar | editar código-fonte]
Praias[editar | editar código-fonte]
A Ilha do Mosqueiro oferece inúmeras praias, entre elas se destacam: Praia do Farol, Praia do Bispo, Praia Grande, Praia Maraú, Praia Paraíso e Praia Chapéu Virado. Todas as praias contam com excelente infra-estrutura e paisagens maravilhosas.[3]
- Areião
- Ariramba
- Bacuri
- Baía do Sol
- Bispo
- Camboinha
- Carananduba
- Caruará
- Chapéu Virado
- Conceição[nota 1]
- Farol
- Fazendinha
- Praia Grande (baía do sol)
- Prainha
- Marahu
- Murubira
- Paissandu
- Paraíso
- Porto Artur
- Praia Grande
- Prainha do Farol
- Praia do Cachimbo
- São Francisco{{nota de rodapé|Praia de localização isolada, entre Carananduba e Ariramba.
Construções[editar | editar código-fonte]
- Praça Cipriano Santos
- Praça da Conceição (Carananduba)
- Praça Princesa Isabel - Farol
- Praça do Chapéu Virado
- Mercado Municipal
- Rodoviária Artur Pires Teixeira
- Forte do Bispo (na Praia do Bispo)
- Trapiche
- Tapiocaria da praça matriz
- Barracas com comidas tipicas, localizadas na praça matriz (vatapá, maniçoba, arroz paraense, tacacá, caruru etc.)
Igrejas centenárias:
- Igreja matriz de Nossa Senhora do Ó (Vila)
- igreja nossa senhora da Conceição (Caranaduba)
Esportes[editar | editar código-fonte]
A ilha de Mosqueiro possui uma equipe profissional de futebol: o Pedreira Esporte Clube, que disputa o Campeonato Paraense de Futebol.[4] A equipe, apelidada de “Gigante da Ilha”, foi fundada em 7 de setembro de 1925, e seu melhor resultado foi em 1995, quando alcançou o quinto lugar.
Notas
- ↑ Entre as praias do Carananduba e Maraú existe uma praia deserta que não é utilizada por conta do difícil acesso.
Referências
- ↑ a b Carlos Roque (1968). Grande enciclopédia da Amazônia, Volume 4. [S.l.]: Amazônia Editora. 1815 páginas
- ↑ Associação Paraense de Escritores (1990). Revista da A.P.E., Volumes 5-7. [S.l.: s.n.] 9 páginas
- ↑ Pontos Turísticos de Mosqueiro Cidades Brasileiras.
- ↑ Marcos Augusto Gonçalves, e Walter de Mattos Junior (2001). Enciclopédia do futebol brasileiro, Volume 2. [S.l.]: Areté Editorial. 559 páginas. ISBN 9788588651012