Mão Negra
Unificação ou Morte / Mão Negra | |
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Selo do grupo | |
Lemas: | Unificação ou Morte Unidade ou morte Morte a tirania |
Origem: | Bálcãs |
Objetivos: | 1. Libertação dos Eslavos meridionais do domínio Austro-Húngaro. 2. Criação da Grande Sérvia. |
Líderes: | Dragutin Dimitrijević |
Membros: | Gavrilo Princip |
Ideologia: | Iugoslavismo Nacionalismo sérvio |
Ataques célebres: | Golpe de Maio Atentado de Sarajevo |
Unificação ou Morte (em sérvio: Уједињење или смрт, Ujedinjenje ili smrt),[1] também chamado de Mão Negra (Црна рука, Crna ruka), foi uma organização nacionalista sérvia que recorreu ao terrorismo como uma forma de atividade política,[2] e tinha conexões com alguns elementos pan-eslavistas do Governo da Sérvia.
A sociedade secreta fundada no Reino da Sérvia em 10 de junho de 1910,[3] por ex-membros de uma sociedade semissecreta chamada Narodna Odbrana (Defesa do Povo), dedicado à realização do pan-eslavismo e do nacionalismo, por meio de assassinatos, com a intenção de unir todos os territórios com populações eslavas do Sul anexadas pela Áustria-Hungria.[4][5] O objetivo declarado de reunificação, em um Estado único todos os membros do povo sérvio, significava um confronto com a Áustria-Hungria, que dominava a Bósnia e Herzegovina, território, que de acordo com a organização e documentação, deveria ser integrado ao novo Estado sérvio.
A Mão Negra foi o grupo responsável por planejar e organizar o assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria e sua esposa Sofia Chotek, em Sarajevo (ver: Atentado de Sarajevo), o atentado e suas consequências foram um dos gatilhos da Primeira Guerra Mundial. No entanto, os autores do ataque eram membros da organização Jovem Bósnia.
A organização exigia obediência total aos seus membros e ordenava a execução daqueles que considerava seus inimigos.[2] Um de seus principais membros foi Dragutin Dimitrijević "Apis", um dos principais conspiradores do Golpe de Maio de 1903.[2] Foi herdeira deste conluio que acabou com a dinastia Obrenović ao assassinar o rei Alexandre I da Sérvia e a rainha Draga Mašin; e perpetuou o poder dos conspiradores na vida política do país, com consequências desastrosas.[2] Aumentou o poder dos conspiradores na corte, no parlamento e nos vários governos no início do século XX.[2]
A organização foi extinta em 1917 pelo Governo da Sérvia após o julgamento de Salônica.
Cruz cerimonial do Mão Negra. | Gavrilo Princip (dir.) sendo preso após o atentado de Sarajevo. |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Constitution of the Black Hand – World War I Document Archive. Wwi.lib.byu.edu. Retrieved on 2011-11-08.
- ↑ a b c d e Vucinich (2006), p. 104
- ↑ Antić, Antonije: Notes, Museum of city Zaječer, Zaječar, 2010.
- ↑ «Gavrilo Princip and the Black Hand organization». Bookrags
- ↑ Alan Cassels (15 de novembro de 1996). Ideology and international relations in the modern world. [S.l.]: Psychology Press. pp. 122–. ISBN 978-0-415-11926-9. Consultado em 8 de novembro de 2011
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Vucinich, Wayne S. (2006). Serbia Between East and West. The Events of 1903-1908 (em inglês). [S.l.]: ACLS History E-Book Project. 324 páginas. ISBN 9781597402422