Parkinsonia aculeata

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Parkinsonia aculeata
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicotyledoneae
Clado: Rosids
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Gênero: Parkinsonia
Espécies:
P. aculeata
Nome binomial
Parkinsonia aculeata
Sinónimos
  • Inga pyriformis Jungh.
  • Mimosa pedunculata Hunter
  • Parkia harbesonii Elmer
  • Parkia macropoda Miq

Parkinsonia aculeata é uma espécie de árvore perene da família Fabaceae.[2] Os nomes comuns incluem palo verde, palo verde mexicano, Parkinsonia, e espinho de Jerusalém.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome do género Parkinsonia homenageia o botânico inglês John Parkinson (1567-1650), enquanto o nome latino da espécie, aculeata refere-se ao caule espinhoso desta planta.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Flores da Parkinsonia aculeata

Parkinsonia aculeata pode ser um arbusto espinhoso ou uma pequena árvore. Cresce de 2 a 8 m de altura, com uma altura máxima de 10 m. Palo verde pode ter caules simples ou múltiplos e muitos ramos com folhas pendentes. As folhas e caules são sem pêlos. As folhas são alternadas e penadas (15 a 20 cm de comprimento). O pecíolo achatado é delimitado por duas fileiras de 25 a 30 minúsculos folhetos ovais; os folhetos ficam decíduos no tempo seco (e durante o inverno em algumas áreas) deixando os pecíolos e galhos verdes para fotossintetizar.

Nos ramos crescem espinhos agudos duplos ou triplos de 7 a 12 mm de comprimento nas axilas das folhas. As flores são amarelo-alaranjadas e perfumadas, de 20 mm de diâmetro, crescendo a partir de um talo longo e fino em grupos de oito a dez. Elas têm cinco sépalas e cinco pétalas, quatro delas mais claras e romboides ovadas, a quinta alongada, com manchas amarelas e roxas mais escuras na base. O período de floração (no hemisfério norte) são os meses do meio da primavera (março e abril ou setembro e outubro). As flores são polinizadas por abelhas. O fruto é uma vagem, com aparência de couro, castanho claro quando maduro.

Problemas invasivos[editar | editar código-fonte]

P. aculeata é uma espécie invasora importante na Austrália, pois é listada como uma erva daninha de importância nacional e é classificada como a pior erva daninha da Austrália. É também um grande problema em partes da África tropical, Havaí e outras ilhas do Oceano Pacífico.

Foi introduzido na Austrália como uma árvore ornamental e para sombra por volta de 1900. Atualmente, é uma erva daninha disseminada pela Austrália Ocidental, o Território do Norte e Queensland, cobrindo cerca de 8 000 km2 (3 100 sq mi) de terra, e tem o potencial de se espalhar através da maior parte da área tropical semi-árida para subúmida na Austrália.

Forma densas moitas, impedindo o acesso de humanos, animais nativos e gado aos cursos de água. Os frutos flutuam, e a planta se espalha lançando vagens na água, ou vagens são lavadas a jusante por inundações sazonais. Sem a escarificação recebida pela queda nos leitos dos riachos, as sementes demoram a germinar.

No ecossistema da Caatinga brasileira, seu caráter invasor também tem sido percebido pelos pesquisadores.[3]

Vários métodos de controle são usados para reduzir a população existente e a propagação de P. aculeata na Austrália. Três insetos foram introduzidos na Austrália para controle biológico; os gorgulhos do parkinsonia, Penthobruchus germaini e Mimosestes ulkei, ambos têm larvas que comem especificamente as sementes das vagens de parkinsonia e estão provando ser uma ferramenta de manejo útil, e o inseto da parkinsonia, Rhinocloa callicrates, que destrói os tecidos fotossintéticos, mas tem pouco impacto na planta. O fogo é eficaz para árvores jovens; remoção mecânica e herbicidas também são usados.

Distribuição[editar | editar código-fonte]

P. aculeata é nativo dos Desertos de Sonora e Chihuahan, no sudoeste dos Estados Unidos (oeste do Texas, sul do Novo México, sul do Arizona), e do norte do México (Sonora e Chihuahua), bem como das Ilhas Galápagos. Sua escala nativa se expandiu ao longo das últimas décadas para o Edwards Plateau e Central Texas. Foi movido por humanos para o Caribe, para o norte da Argentina, nordeste brasileiro e para o Havaí. Foi introduzido na Europa e é difundido na Austrália.[1] Esta espécie não se estabelece em áreas onde o tempo desce abaixo de -6,6 *C. Ele se expandiu para o sul da Califórnia até o norte do condado de San Bernardino.

Habitat[editar | editar código-fonte]

A Parkinsonia aculeata tem alta tolerância à seca, simplesmente alcançando menor estatura. Em ambientes úmidos e ricos em húmus, ela se torna uma árvore de sombra mais alta e espalhada. Esta planta prefere uma exposição completa ao sol, mas pode crescer em uma ampla gama de solos secos (dunas de areia, argila, solos alcalinos e calcários, etc.), a uma altitude de 0-1500 metros acima do nível do mar.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Parkinsonia aculeata». Agricultural Research Service (ARS), United States Department of Agriculture (USDA). Germplasm Resources Information Network (GRIN). Consultado em 28 de novembro de 2009 
  2. «Parkinsonia aculeata». Flora of Australia (em inglês). Consultado em 17 de abril de 2021 
  3. Fabricante, Juliano & A. Andrade, Leonaldo. (2014). Estrutura e Dinâmica de Populações Infestantes de Parkinsonia aculeata L. (Fabaceae) em Áreas de Caatinga, Brasil. Gaia Scientia. 8. 326-337.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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