Paul Rivière

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Paul Rivière
Paul Rivière
Nascimento 22 de novembro de 1912
Montagny, França
Morte 16 de dezembro de 1998 (86 anos)
Lyon, França
Nacionalidade Francesa
Ocupação Membro da Resistência francesa, político

Paul Rivière (22 de Novembro de 1912 - 16 de Dezembro de 1998)[1][2] foi um combatente da Resistência francesa e político. Juntou-se à Resistência em 1941 e participou nas guerras da Indochina e da Argélia.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Início da vida[editar | editar código-fonte]

Paul Rivière, nasceu em 22 de Novembro de 1912, em Montagny, no departamento de Loire, no centro de França.

Acções de resistência[editar | editar código-fonte]

Em 1939, foi chamado para dar formação aos Cadetes de Saumur. Rivière foi ferido durante o combate para o controlo de Pont de Gennes, desmobilizado em seguida, regressando à sua posição como professor de literatura na Escola de Dia Jesuíta de Saint-Joseph, em Lyon.

No final de Fevereiro de 1941, o padre jesuíta Chaillet, de Lyon, colocou-o em contacto com Henri Frenay e Berty Albrecht passando a estar envolvido com a resistência francesa.

No início de 1942, ele abandonou a propaganda pela acção e tornou-se oficial de ligação entre Jean Moulin, o representante em França do general Charles de Gaulle, e o líder da Resistência interna.

Depois de uma primeira acção em pára-quedas, foi preso e detido por quatro meses pela polícia da França de Vichy. Após a sua libertação, continuou a sua missão clandestinamente até ao final da guerra. Com o Mouvements unis de la Résistance (MUR), Rivière ficou profundamente envolvido na organização dos serviços de transmissão de rádio e nas operações aéreas secretas no Sul da França.

Após a prisão de Jean Moulin em Caluire, Rivière recebeu ordens do Bureau central de renseignements et d'action para reorganizar a Secção Aterragem-Lançamento Aéreo (em francês "Section Atterrissages-Parachutages" ou SAP).

Riviére foi o responsável pelo controlo da SAP até ao fim da guerra, e foi Chefe de Operações para a Região de Ródano-Alpes, onde organizou as operações secretas de lançamentos aéreos secretos de maior relevo: várias centenas de toneladas de armas e equipamentos e milhões de francos franceses foram então encaminhados para a resistência francesa.

Riviére também organizou a transferência de numerosas personalidades e agentes entre França e Londres: general Jean de Lattre de Tassigny, Vincent Auriol, Emmanuel d'Astier de la Vigerie, Jacques Chaban-Delmas, Maurice Bourgès-Maunoury, François de Menthon, Henri Frenay, Daniel Mayer, Christian Pineau, Lucie e Raymond Aubrac.

Depois da guerra[editar | editar código-fonte]

Depois da guerra, Rivière entrou para o serviço militar em 1947, com o posto de tenente-coronel. Foi Inspector-Geral das Forças Armadas francesas, e em seguida foi enviado para a Indochina, por dois anos, em 1953, depois para Konstanz, na Alemanha, em 1955, e por fim para a Argélia, em 1956.

A partir de Dezembro de 1956 até 1959, foi Adido Militar em Tóquio, depois o conselheiro de segurança na Argélia, até aos Acordos de Évian.

Entre Novembro de 1962 e 1978, foi membro da Assembleia Nacional, adjunto do departamento de Loire e prefeito de Montagny, Loire, até 1983. Durante o mesmo período, teve um assento no Conselho da Europa.

Paul Rivière morreu em 16 de Dezembro de 1998, em Lyon.

Pseudónimos durante a resistência francesa[1][editar | editar código-fonte]

  • François
  • Charles-Henri
  • Sif bis
  • Galvani
  • Marquis

Mandatos[editar | editar código-fonte]

Mandatos parlamentares[3][editar | editar código-fonte]

  • 25 de Novembro de 1962 - 2 de Abril de 1967 : Deputado do 6.º Distrito eleitoral do Loire
  • 12 de Março de 1967 - 30 de Maio de 1968 : Deputado do 6.º Distrito eleitoral do Loire
  • 30 de Junho de 1968 - 1 de Abril de 1973 : Deputado do 6.º Distrito eleitoral do Loire
  • 11 de Março de 1973 - 2 de Abril de 1978 : Deputado do 6.º Distrito eleitoral do Loire

Mandato local[editar | editar código-fonte]

  • 1965 - 1983 : Presidente de Câmara (Maire) de Montagny

Honras militares[1][editar | editar código-fonte]

  • Comandante da Legião de Honra
  • Ordem de Libertação
  • Cruz de Guerra 1939-1945 (6 citações)
  • Cruz de Valor Militar (3 citações)
  • Medalha da Resistência com Roseta de Oficial
  • Medalha Colonial com fecho "Extremo Oriente"
  • Cruz do Combatente Voluntário da Resistência
  • Medalha dos Fugitivos
  • Oficial da Mui Excelente Ordem do Império Britânico
  • Medalha Militar
  • Ordem da Coroa (Bélgica) (Oficial) d
  • Cruz de Guerra (Bélgica) com Palma
  • Cruz de Guerra da Checoslováquia
  • Cruz de Valor Militar (Polónia)

Referências

  1. a b c «Ordre de la Liberation». www.ordredelaliberation.fr 
  2. Independent (12 de Janeiro de 1999). «Obituary: Lt-Col Paul Riviere». Consultado em 13 de Junho de 2018 
  3. Assemblée Nationale. «Mandats à l'Assemblée nationale ou à la Chambre des députés». Consultado em 13 de Junho de 2018 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Hugh Verity, "We landed by moonlight", Crécy publishing limited, 2000
  • (em francês) Centre d'Histoire de la Résistance et de la Déportation, "Fonds d'archives Geneviève et Paul Rivière" – Les opérations aériennes (atterrissages, parachutages) en zone sud. 1941 - 1944, Les grands fonds d'archives du CHRD, N°1.
  • (em francês) Noguères Henri, Degliame-Fouche Marcel, Vigier Jean-Louis, Histoire de la Résistance en France de 1940 à 1945, 5 vol, Paris, Robert Laffont, 1967-1981.
  • (em francês) Vistel Alban, La nuit sans ombre. Histoire des mouvements unis de résistance, leur rôle dans la libération du sud-est, Paris, Fayard, 1970.
  • Arquivos pessoais de Paul e Geneviève Rivière em Centro de História da Resistência e Deportação em Lyon, França.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]