Paulina Luisi

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Paulina Luisi
Paulina Luisi
Paulina Luisi en 1921.
Nascimento Paulina Luisi Janicki
22 de setembro de 1875
Colón (Argentina)
Morte 16 de julho de 1950 (74 anos)
Montevidéu (Uruguai)
Cidadania Uruguai
Progenitores
  • Ángel Luisi Pisano
  • María Teresa Josefina Janicki
Irmão(ã)(s) Luisa Luisi, Inés Luisi, Clotilde Luisi
Alma mater
Ocupação professora, ginecologista, política, suffragette, médica

Paulina Luisi Janicki (Colón, 22 de setembro de 1875Montevidéu, 16 de julho de 1950) foi líder do feminismo no Uruguai. Em 1909, foi a primeira mulher uruguaia a licenciar-se em medicina e foi uma firme defensora da educação sexual nas escolas. Representou o Uruguai em conferências internacionais de mulheres e viajou pela América Latina e Europa. Foi ainda a primeira mulher latino-americana a participar da Liga das Nações e tornou-se numa das suas ativistas mais influentes.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Paulina Luisi nasceu na Argentina em 1875. A sua mãe, Maria Teresa Josefina Janicki, era descendente de imigrantes polacos e pensa-se que o seu pai, Angel Luisi, era de ascendência italiana. Pouco depois do nascimento de Paulina Luisi, a família mudou-se para o Uruguai.[1] Luisi também tinha duas irmãs, Clotilde Luisi, a primeira advogada no Uruguai, e Luisa Luisi, uma poeta.[2]

Maria, a mãe de Luisi, encorajou-a a seguir os seus sonhos, apesar das restrições sociais impostas às mulheres no início do século XX. O pai, Angel, educador e socialista, incutiu nela desde cedo "um desejo incontido de justiça e liberdade".[1] Tal como o seu pai, Luisi tornou-se numa socialista interessada em questões de reforma moral.

Educação médica e ensino[editar | editar código-fonte]

Luisi completou o bacharelato em 1899 e formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade da República do Uruguai. Em 1908 tornou-se a primeira profissional médica e de cirurgia do sexo feminino do Uruguai. Tornou-se chefe da clínica de ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Montevidéu.[3] Em 1907 havia apenas quatro mulheres médicas e trezentos e cinco homens médicos no Uruguai.[4] Luisi escreveu artigos médicos sobre temas que vão desde a profilaxia de doenças contíguas, higiene, eugenia, escolas ao ar livre, qualidades hereditárias e doenças sociais, até o "comércio de escravos brancos", prostituição, doenças venéreas e direitos maternos.

Educação sexual[editar | editar código-fonte]

Em 1916, Luisi discursou no Primeiro Congresso Pan-Americano da Criança, dando ênfase à sociologia e à educação de mulheres e crianças na América Latina.[5] Neste discurso, Luisi defendeu programas obrigatórios de educação sobre saúde sexual no sistema escolar público, desde o ensino primário até ao secundário, bem como o direito das mulheres ao voto, ambos temas polémicos.[6] Luisi definia a educação sexual como uma ferramenta pedagógica para ensinar o indivíduo a submeter os impulsos sexuais à vontade de um intelecto instruído, consciente e responsável.[7] As aulas de educação sexual enfatizariam a necessidade de força de vontade e autodisciplina, exercício físico regular e moderado para queimar a energia sexual e a importância de evitar entretenimentos sexualmente estimulantes.[8] Ao contrário da educação sexual, as aulas de educação para a saúde debruçar-se-iam sobre aspectos científicos da reprodução das espécies, história natural, anatomia, higiene pessoal e prevenção de doenças venéreas.[8] Devido aos temas por ela defendidos, Luisi foi acusada de ser anarquista e revolucionária, e de querer ensinar alunas a prostituirem-se. Em 1944, as suas sugestões para a educação em saúde sexual foram finalmente incorporadas ao sistema escolar público uruguaio. Luisi acreditava que “o homem e a mulher nada mais são do que duas formas do mesmo ser, dotados apenas das diferenças que a preservação da espécie exige.".[9] Assim sendo, as diferenças anatómicas não deviam definir papéis sociais diferentes para homens e mulheres. Luisi trabalhou ainda como professora na Escola de Formação de Professoras de Mulheres e como fomentadora da inclusão da higiene entre as disciplinas ensinadas às futuras professoras. As suas palestras e argumentos eram elaborados especificamente para introduzir a profilaxia como uma disciplina no programa de formação de professores.

Influências feministas[editar | editar código-fonte]

Josephine Butler, uma famosa reformadora moral inglesa do século XIX, exerceu forte influência sobre Luisi.[10] A sua luta contra a Lei de Doenças Contagiosas de 1864 e sua fundação da Federação Abolicionista Internacional em Genebra, na Suíça, para combater o comércio de escravos brancos[11] foram fontes de inspiração para Luisi.[12]

As ideias feministas de Luisi baseavam-se em movimentos paralelos ocorridos no início do século XX. Enquanto Luisi era ainda estudante, a feminista liberal argentina Petrona Eyle correspondeu-se com ela na qualidade de presidente da Universitarias Argentinas (Associação Argentina de Mulheres Universitárias, afiliada à Associação Americana de Mulheres Universitárias (AAUW)), e recrutou-a para a organização. Numa carta datada de 1 de maio de 1907, Eyle encorajava Luisi e suas colegas da universidade a formar uma filial uruguaia das Universitarias, afirmando que “embora não haja muitas de vocês agora, vocês serão sempre o núcleo ao qual outras se irão juntar.”.[13]

Mapa incluído no livreto Planisfério indicando a posição atual dos direitos políticos das mulheres no mundo em 1929, no qual Luisi detalha a situação dos direitos de voto das mulheres em diferentes países do mundo.

Consta que Luisi e outros terão aceite este convite para se juntarem às suas companheiras argentinas em 1907. Importante também para a inserção de Luisi nas redes feministas liberais pan-americanas e para sua propulsão à liderança do feminismo liberal uruguaio foi sua participação no Congresso de Mulheres ( Congreso Femenino ) realizado em Buenos Aires em 1910.[14] Aí conheceu feministas argentinas importantes, como Alicia Moreau de Justo e Cecilia Gierson[15] . Organizada pelas Universitarias, a conferência reuniu mais de 200 mulheres, com representantes da Argentina, Uruguai, Peru, Paraguai e Chile . Foi provavelmente nesta conferência que Luisi contactou com muitas dos líderes (ou futuras líderes) do feminismo liberal na América do Sul, onde ela estabeleceria contatos e amizades que perdurariam por décadas.[13] Em viagens à Europa conheceu mulheres como Ghenia Avril de Saint Croix, presidente do comité de unidade moral do Conselho Internacional de Mulheres, e Julie Siegfried, presidente do Conselho Nacional de Mulheres francês.[16]

Ativismo feminista no Uruguai e nas Américas[editar | editar código-fonte]

Feminismo uruguaio[editar | editar código-fonte]

Antes do ativismo feminista de Luisi, eapesar da posição progressista do país em relação à legislação social no início do século XX, não havia movimentos pelos direitos das mulheres no Uruguai.[1] Como representante uruguaia na reunião do Primeiro Congresso Científico Pan-Americano em 1915, Luisi ajudou a fundar uma Auxiliar Pan-Americana de Mulheres, que defendia a "melhoria social e económica" das condições das mulheres e crianças.[1] Terá sido esta experiência que a encorajou a desenvolver organizações de mulheres no seu país.

Luisi, juntamente com Isabel Pinto de Vidal e Francisca Beretervide, fundou o Consejo Nacional de Mujeres (CONAMU), uma filial do Conselho Internacional de Mulheres no Uruguai em 1916[17] e tornou-se a fundadora e editora principal do boletim Acción Femenina (Ação Feminina) do CONAMU. O boletim centrava-se sobretudo em tópicos relativos aos valores e à igualdade das mulheres. Na edição de 1917, Luisi publicou sua definição de feminismo afirmando que o termo implica "...que a mulher é algo mais do que material criado para servir e obedecer ao homem como uma escrava, que ela é mais do que uma máquina para produzir filhos e cuidar do lar; que as mulheres têm sentimentos e intelecto; que é sua missão perpetuar a espécie e isso deve ser feito com mais do que as entranhas e os seios; deve ser feito com uma mente e um coração preparados para ser mãe e educadora; que ela deve ser parceira e conselheira do homem, não sua escrava.".[18] O CONAMU serviu como um local para as mulheres se apoiarem mutuamente, com Luisi na vanguarda, e concentrou-se nos problemas sociais, incluindo o bem-estar social e a educação das mulheres, as condições das mulheres trabalhadoras, o alcoolismo e a igualdade de padrões morais.[19]

Luisi foi também uma forte defensora das mulheres trabalhadoras.[20] Criou os dois primeiros sindicatos femininos no Uruguai - Unión de Telefonistas (Sindicato das Telefonistas) e as Costureras de sastrerías (Costureiras de Alfaiataria). Luisi trabalhou ainda com o Sindicato dos Trabalhadores de Telefones para obter melhores condições de trabalho. A noção de sufrágio feminino era mais aceite no Uruguai na década de 1910 e, em 1919, Luisi fundou a Alianza de Mujeres para los Derechos Femeninos (Aliança das Mulheres pelos Direitos das Mulheres), que era afiliada à Aliança Internacional pelo Sufrágio Feminino. A Alianza pressionou as autoridades eleitas para que decretassem os direitos políticos das mulheres[21] e trabalhou em estreita colaboração com o deputado Alfeo Brum para que o Congresso aprovasse um projeto-lei autorizando o voto das mulheres a nível municipal, por forma a que pudessem cumprir o seu "legítimo dever social de prestar serviços aos diferentes domínios do bem-estar público".[22] O projeto não foi aprovado. Com o sufrágio estagnado, quatro anos após a sua criação, a Alianza expandiu a sua agenda para incluir os direitos económicos e civis das mulheres.[23]

Feminismo Pan-Americano[editar | editar código-fonte]

Para além de lutar pelos direitos das mulheres no Uruguai, Luisi aspirava criar um movimento feminista pan-americano,[24] com vista a alcançar a igualdade globalmente. Luisi viajou para os Estados Unidos na esperança de que as feministas americanas apoiassem o desenvolvimento dum feminismo pan-americano, mas não encontrou solidariedade por parte das mulheres norte-americanas em relação às feministas sul-americanas. Foi só durante o período da Segunda Guerra Mundial que Luisi mais uma vez defendeu a “sororidade” entre as feministas dos EUA e da América Latina.[25] O ativismo de Luisi foi reconhecido internacionalmente e era popular na América Latina. Em 1947, o Primer Congreso Interamericano de Mujeres (Primeira Conferência Interamericana de Mulheres) na Guatemala prestou homenagem a Luisi, reconhecendo-a como a mãe do feminismo interamericano.[26]

Paulina Luísi (1919)

Radio Femenina[editar | editar código-fonte]

O ativismo de Paulina Luisi também teve lugar nas rádios públicas da América Latina. Na década de 1930, Luisi participou nas emissões da Radio Femenina , emissora do Uruguai. No ar, Luisi encorajava as feministas a permanecerem ativas para que conseguissem ser forças de influência mediadora e pacificadora.[27] O forte alcance e influência de Luisi deve-se ao facto da emissora de rádio permitir que ela falasse livremente e chegasse além da Argentina e do Uruguai. A personalidade radiofónica de Luisi colocava-a numa posição de mais sénior entre as feministas.[28] Um marco no seu envolvimento na rádio ocorreu nos seus últimos anos, quando incentivou as mulheres a votar nas eleições de 1942 no Uruguai para provar que as mulheres eram dignas de exercer o poder de cidadania.[29] Já mais velha, na década de 1940, Luisi ficou conhecida como La Abuela, a avó, apelido que expressava ideais de maternidade ligados ao feminismo.

Trabalho da Liga das Nações sobre Tráfico Sexual[editar | editar código-fonte]

Luisi atuou como Delegada do Governo Uruguaio na Comissão da Liga das Nações para a Proteção de Crianças e Jovens, onde assumiu a luta contra o tráfico sexual. Ela também foi membro da Comissão Técnica e foi responsável pela análise da questão do comércio feminino.

Uma das conquistas de Paulina Luisi como ativista foi acabar com o tráfico sexual de mulheres. A experiência de Luisi na área médica, onde presenciou mulheres com problemas de saúde sexual, como infecções, levou- a a envolver-se em temas anti-prostituição.[30] Luisi via a prostituição como um ato degradante para todas as mulheres.[31] A prostituição era identificada como um problema crescente na América Latina e em todo o mundo, e as mulheres eram muitas vezes forçadas a esse estilo de vida. Luisi via a prostituição como produto de dificuldades económicas e via a correlação entre prostituição e baixos salários.[32]

O famoso discurso de Luisi, "O comércio de escravos brancos e o problema da regulamentação" na Universidade de Buenos Aires em 1919 levou à criação do Comité Abolicionista Argentino-Uruguaio.[33] Os esforços de Luisi também foram reconhecidos na Argentina, onde colaborou com o Concelho Municipal que criou leis que dariam apoio a prostitutas que o procurassem. As leis proporcionavam oportunidades de trabalho, proteção legal e albergues.[33]

O compromisso com a saúde sexual também levou ao seu envolvimento na Liga das Nações através do Comité sobre o Tráfico de Mulheres e Crianças.[34] Em 1934, Luisi e o Conselho Nacional de Mulheres do Uruguai aprovaram o Código da Criança. A lei proporcionava protecção às mulheres grávidas, concedia protecção às crianças desde o nascimento e abordava problemas de ilegitimidade.[35]

No caso de Luisi, o principal objetivo da unidade moral era restringir a prática da prostituição, impedir a propagação de doenças venéreas, proteger o futuro da espécie humana e elevar a maternidade para o lugar de progenitora e guardiã da espécie.[36]

Notas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Marino, Katherine M. (2019). Feminism for the Americas : the making of an international human rights movement. Chapel Hill: [s.n.] 20 páginas. ISBN 978-1-4696-4969-6. OCLC 1043051115 
  2. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (em inglês). Stanford: Stanford University. 38 páginas 
  3. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (PDF) (em inglês). Stanford: Stanford Univeirty 
  4. Lavrin, Asunción. (1995). Women, feminism, and social change in Argentina, Chile, and Uruguay, 1890-1940. Lincoln: University of Nebraska Press. ISBN 0-585-30067-4. OCLC 45729374 
  5. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (PDF) (em inglês). Stanford: Sanford University. pp. iv 
  6. Marino, Katherine M. (2019). Feminism for the Americas : the making of an international human rights movement. Chapel Hill: [s.n.] 14 páginas. ISBN 978-1-4696-4969-6. OCLC 1043051115 
  7. Luisi 1950: 82–83 in Little 1975: 394
  8. a b Little 1975: 395
  9. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (PDF). Stanford: Stanford 
  10. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (PDF) (em inglês). Stanford: Stanford University. 41 páginas 
  11. Chataway, 1962, in Little, 1975: 391
  12. Luisi, 1948: 24–26, in Little 1975: 391
  13. a b Ehrick, 410
  14. Little 1975: 391
  15. Drier, 1920 in Little 1975: 391
  16. Acción Femenina, 1917: 134 in Little 1975, 391
  17. Oldfield, Sybil (2003). International Woman Suffrage: October 1916-September 1918, Volume III. London: Taylor & Francis. 279 páginas. ISBN 0-415-25739-5 
  18. Acción Femenina, 1917: 48 in Little 1975: 387
  19. Lavrin, Asunción. (1995). Women, feminism, and social change in Argentina, Chile, and Uruguay, 1890-1940. Lincoln: University of Nebraska Press. pp. 382–329. ISBN 0-585-30067-4. OCLC 45729374 
  20. Ehrick, Christine (2005). The shield of the weak : feminism and the State in Uruguay, 1903-1933. Albuquerque: University of New Mexico Press. ISBN 978-0-8263-3470-1. OCLC 780539383 
  21. Marino, Katherine M. (2019). Feminism for the Americas : the making of an international human rights movement. Chapel Hill: [s.n.] 21 páginas. ISBN 978-1-4696-4969-6. OCLC 1043051115 
  22. Ehrick, Christine (2005). The shield of the weak : feminism and the State in Uruguay, 1903-1933. Albuquerque: University of New Mexico Press. 151 páginas. ISBN 978-0-8263-3470-1. OCLC 780539383 
  23. Lavrin, Asunción. (1995). Women, feminism, and social change in Argentina, Chile, and Uruguay, 1890-1940. Lincoln: University of Nebraska Press. ISBN 0-585-30067-4. OCLC 45729374 
  24. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (PDF) (em inglês). Stanford: Stanford University 
  25. Marino, Katherine (2013). La Vanguardia Feminista: Pan-American Feminism and the Rise of International Women's Rights, 1915-1946 (PhD Dissertation) (PDF) (em inglês). Stanford: Stanford University. 24 páginas 
  26. Marino, Katherine (2019). Feminism for the Americas. [S.l.]: University of North Carolina Press. 227 páginas 
  27. Ehrick, Christine (2015). Radio and the Gendered Soundscape: Women and Broadcasting in Argentina and Uruguay 1930-1950. [S.l.]: Cambridge University Press. 107 páginas 
  28. Ehrick, Christine (2015). Radio and the Gendered Soundscape: Women and Broadcasting in Argentina and Uruguay 1930-1950. [S.l.]: Cambridge University Press. 112 páginas 
  29. Ehrick, Christine (2015). Radio and Gendered Soundscape: Women and Broadcasting in Argentina and Uruguay 1930- 1950. [S.l.]: Cambridge University Press. 113 páginas 
  30. Little, Cynthia Jeffress (1975). «Moral Reform and Feminism: A Case Study». Journal of Interamerican Studies and World Affairs. 17 (4). 392 páginas. JSTOR 174949. doi:10.2307/174949 
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  32. Rodriguez Garcia, Magaly (29 de agosto de 2012). «The League of Nations and the Moral Recruitment of Women». International Review of Social History. 20. 123 páginas 
  33. a b Little, Cynthia Jeffress (1975). «Moral Reform and Feminism: A Case Study». Journal of Interamerican Studies and World Affairs. 17 (4). 393 páginas. JSTOR 174949. doi:10.2307/174949 
  34. Little, Cynthia Jeffress (1975). «Moral Reform and Feminism: A Case Study». Journal of Interamerican Studies and World Affairs. 17 (4). 394 páginas. JSTOR 174949. doi:10.2307/174949 
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  36. Luisi, 1950: 30–31, 55–56; 1948: 37–39 in Little 1975: 391

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Erick, Cristina. Género e História, novembro de 98, vol. 10 Edição 3, págs. 406–410
  • Little, Cynthia Jeffress, Jornal de Estudos Interamericanos e Assuntos Mundiais, Vol. 17, No. 4, Edição Especial: A Mudança do Papel das Mulheres na América Latina. (novembro de 1975), pp. 386–397.