Pedro Ayres Magalhães

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Pedro Ayres Magalhães
Pedro Ayres Magalhães
Pedro Ayres Magalhães num concerto dos Madredeus, 2005.
Informação geral
Nome completo Pedro Aires Ferreira de Almeida Gonçalves Magalhães
Nascimento 31 de julho de 1959 (64 anos)
País Portugal Portugal
Género(s) Pop-rock
Afiliação(ões) Heróis do Mar
Madredeus
Resistência

Pedro Aires Ferreira de Almeida Gonçalves Magalhães, mais conhecido por Pedro Ayres Magalhães[1] OIH (Lisboa, 31 de julho de 1959), é um guitarrista e compositor português e um dos fundadores do grupo musical Madredeus, o projeto português de maior repercussão internacional dos últimos 30 anos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Frequentou o Colégio Militar, em Lisboa, que abandonou depois do 25 de Abril de 1974, para estudar música. Aprendeu música autodidatamente e principalmente na Academia dos Amadores de Música, que frequentou até 1979. A sua formação musical reflete-se nas influências da música erudita que se encontram nas composições dos Madredeus. Na década de 1970, Pedro Ayres Magalhães começou por ser baixista, primeiro nos Faíscas, considerado como o primeiro grupo de punk rock português e depois nos Corpo Diplomático, onde lança o primeiro disco de new wave Português; com o fim deste último, Pedro Magalhães juntamente com outros elementos do Corpo Diplomático forma os Heróis do Mar, projeto bastante diferente dos anteriores, já que mais dirigido para a música pop-rock.

Foi líder do movimento AXO, conotado com a extrema-direita, que esteve na génese dos Heróis do Mar.[2] No entanto, o músico descreveu o AXO da seguinte forma: «[...] o movimento era uma “construção surrealista” para “chocar os barbudos do folk e da ‘paz, pão e habitação’”, referindo-se a uma canção de Sérgio Godinho. “Aqueles panfletos polémicos não são para se levar à letra. Aquilo é teatral” [...]»[2]

Em 1982 criou a Fundação Atlântica, onde foi diretor musical, juntamente com Miguel Esteves Cardoso, editora que produziu discos de Anamar e dos Delfins com quem chegou a tocar mais tarde.

Fundou os Madredeus com Rodrigo Leão, vindo dos Sétima Legião e foi um dos impulsionadores do projeto Resistência, onde participaram entre outros, Tim dos Xutos & Pontapés, Olavo Bilac dos Santos & Pecadores e Miguel Ângelo dos Delfins.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Em 1984 lançou o seu único registo em nome próprio, o maxi single "O Ocidente Infernal", pensado como o primeiro de uma série de discos instrumentais a solo.[3]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Pedro Ayres Magalhães teve as seguintes participações em filmes:

  • A Janela (2001) – compositor
  • A Janela Não é a Paisagem (1997) – compositor
  • Lisbon Story (1994), de Wim Wenders – ator e compositor
  • Longe (1988) – ator e compositor
  • De uma Vez por Todas (1986) – ator

Galardões[editar | editar código-fonte]

Nos Globos de Ouro de 1997 e 2002, foi o recetor do prémio para melhor grupo, como membro dos Madredeus.

A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[4]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Certidão de lista de associadas da Audiogest» (PDF). IGAC/Ministério da Cultura. 25 de julho de 2007. Consultado em 9 de Janeiro de 2014. Arquivado do original (pdf) em 24 de dezembro de 2013 
  2. a b Malhado, Alexandre R. (16 de Abril de 2021). «De punk "facho" a fundador do PAN: a fase extrema de Paulo Borges». Semanário NOVO. Lisboa. Consultado em 26 de Maio de 2021 
  3. Revista Blitz n.º 1074, 28/12/04. Os 50 melhores discos portugueses de sempre.
  4. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Pedro Ayres Ferreira de Almeida Gonçalves Magalhães". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de julho de 2014