Peter Fry

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peter Fry
Nascimento 1941
Leeds
Ocupação antropólogo
Empregador(a) Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Peter Henry Fry (Leeds, 21 de outubro de 1941[1]) é um antropólogo brasileiro nascido na Inglaterra. É professor de antropologia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, UFRJ.

Vida[editar | editar código-fonte]

Peter Henry Fry é antropólogo, nascido na Inglaterra, em Leeds, e é naturalizado brasileiro.

Formado em 1963 em Antropologia Social em Cambridge, na Inglaterra, concluiu seu doutorado em Antropologia Social na University Of London em 1969, com a tese intitulada "Zezuru Mediums: Spirit Possession and the articulation of consensus among the Zezuru of Southern Rhodesia".[2]

Fry é abertamente homossexual, e possui diversos trabalhos sobre sexualidade. Também foi engajado na militância do incipiente movimento homossexual brasileiro no fim dos anos 70 e começo dos anos 80, tendo sido um dos criadores do jornal Lampião da Esquina. Suas pesquisas englobam também política e religião africanas, relações raciais, línguas africanas no Brasil, entre outras.

Realizações[editar | editar código-fonte]

Em 1970, veio ao Brasil para lecionar na UNICAMP , ficando lá até 1983 e tornando-se chefe do departamento de antropologia.

Desenvolveu pesquisas sobre Umbanda e sobre o Cafundó, uma comunidade de negros ex-escravos, relativamente próxima a São Paulo que lhe permitiu um estudo sobre língua africana no Brasil. Em 1993 começou a lecionar a UFRJ, onde encontra-se até hoje. Desenvolveu diversas pesquisas sobre política e democracia em Moçambique, relações raciais no Brasil, sexualidade e religião, assim como crime e doença.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Comendador na Ordem do Mérito Científico (2006)[3].
  • Prêmio Thomson Reuters de Produtividade e Impacto Científico,na categoria Artes e Humanidades (2006).

Escritos[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Spirits of Protest: Spirit Mediums and the articulation of consensus among the Zezuru of Southern Rhodesia (Zimbabwe). Cambridge: Cambridge University Press, 1976. 189p .
  • Para Inglês Ver: Identidade e cultura na sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 197p.
  • O que é Homossexualidade. São Paulo: Brasiliense, 1983. 125p. (Em coautoria com Edward MacRae)
  • África no Brasil: Cafundó. São Paulo e Campinas: Editora da UNICAMP e Companhia das Letras, 1996. (Em coautoria com Carlos Vogt.) 2. ed: Editora Unicamp, 2014. 414p.
  • Higher Educaton in Mozambique. Oxford, Maputo: Jame Curry, Uniersidade Eduardo Mondlane, 2003. (Em coautoria com M. Mario, L. Leveye A. Chilundo)
  • A Persistência da Raça: Ensaios antropológicos sobre o Brasil e a África Austral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. 348p.
  • O fio da memória visto por / Peter Fry, Joel Pizzini. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2018. 96 p. (Da página 7 à 78, encontra-se o ensaio de Peter Fry intitulado O banzo de Eduardo Coutinho.)

Coletâneas[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) antropólogo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  1. «Peter Henry Fry – ABC». Consultado em 7 de setembro de 2022 
  2. «Peter Fry | FGV CPDOC». cpdoc.fgv.br. Consultado em 7 de setembro de 2022 
  3. «Decreto s/nº de 16/11/2006». www.normasbrasil.com.br. Consultado em 7 de setembro de 2022