Phrixothrix hirtus

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Subordem: Polyphaga
Superfamília: Elateroidea
Família: Phengodidae
Subfamília: Mastinocerinae
Género: Phrixothrix
Espécie: P. hirtus[1]
Nome binomial
Phrixothrix hirtus
Olivier, 1909[1]

Phrixothrix hirtus é um inseto da ordem Coleoptera e da família Phengodidae;[1] um besouro de distribuição neotropical (na América do Sul meridional; no Brasil, incluindo a sua Mata Atlântica e Região Centro-Oeste, na Argentina e no Paraguai)[2] cuja larva é o único organismo que produz luz vermelha verdadeira dentre as espécies terrestres bioluminescentes;[3] algumas, como esta, sendo conhecidas como larva-trenzinho,[4][5] bicho-trem ou bonde-elétrico[6][7] (em inglês: railroad worm).[3] Foi descrito em 1909 por Ernest Olivier, junto com o seu gênero e sendo sua espécie-tipo, no texto "Description d'un nouveau genre et d'une nouvelle espèce de Drilidae [Col.]"; publicado no Bulletin de la Société entomologique de France, páginas 344-345 (seu holótipo, um macho, proveniente do Paraguai).[1][8][9]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Enquanto suas fêmeas são neotênicas e muito semelhantes às larvas em quase todos os aspectos,[2][10] incluindo sua bioluminescência, os machos são alados e alongados, medindo entre 15 a 19 milímetros de comprimento, com o corpo amarelado exceto a cabeça, que varia do marrom-avermelhado escuro ao quase negro; dotados de élitros triangulares e parcialmente abertos, deixando suas asas e ponta do abdômen visíveis; também dotados de antenas plumosas na cabeça. O comprimento da larva chega aos 36 milímetros,[2] sendo dotada de uma sequência de luzes verdes em seu dorso e com uma luz vermelha na cabeça, cuja função é assustar os predadores de maneira apossemática.[4][5] No caso dos adultos, apenas os machos, em sua metamorfose, perdem a luz vermelha e ficam com duas luzes verde-amareladas.[5]

Referências

  1. a b c d «Phrixothrix hirtus Olivier, 1909». SiBBr - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. 1 páginas. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  2. a b c Costa, Cleide; Vanin, Sergio A.; Casari, Sonia A.; Viviani, Vadim R. (4 de junho de 1999). «Larvae of Neotropical Coleoptera. XXVII. Phrixothrix hirtus: immatures, neotenic female, adult male and bionomic data (Phengodidae, Phengodinae, Coleoptera)» (em inglês). Iheringia. Série Zoologia, (86) (Biodiversity Heritage Library). 1 páginas. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  3. a b Amaral, Danilo Trabuco; Mitani, Yasuo; Bonatelli, Isabel Aparecida Silva; Cerri, Ricardo; Ohmiya, Yoshihiro; Viviani, Vadim Ravara (20 de janeiro de 2023). «Genome analysis of Phrixothrix hirtus (Phengodidae) railroad worm shows the expansion of odorant-binding gene families and positive selection on morphogenesis and sex determination genes» (em inglês). Gene. Volume 850 (ScienceDirect/Elsevier). 1 páginas. Consultado em 2 de dezembro de 2023. The railroad worm Phrixothrix hirtus is an essential biological model and symbolic species due to its bicolor bioluminescence, being the only organism that produces true red light among bioluminescent terrestrial species. 
  4. a b «A larva "trenzinho" brilha no escuro como um aviso aos predadores». National Geographic Brasil. 23 de julho de 2018. 1 páginas. Consultado em 2 de dezembro de 2023. A luz indica a potenciais predadores que a comida pode ser tóxica. 
  5. a b c Julião, André (27 de setembro de 2019). «Pesquisa revela como a larva-trenzinho produz luz vermelha». Agência FAPESP. 1 páginas. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  6. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva. p. 486. 2922 páginas. ISBN 85-7302-383-X 
  7. SANTOS, Eurico (1985). Zoologia Brasílica, vol. 10. Os Insetos 2ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia. pp. 109–110 
  8. Olivier, Ernest (1909). «Description d'un nouveau genre et d'une nouvelle espèce de Drilidae [Col.]» (em francês). Bulletin de la Société entomologique de France (Biodiversity Heritage Library). pp. 344–345. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  9. Quintino, Hingrid Yara Souza (2017). «Análise filogenética da subfamília Mastinocerinae LeConte 1881 (Insecta, Coleoptera, Phengodidae)» (PDF). Museu de Zoologia / Universidade de São Paulo. p. 34. 89 páginas. Consultado em 2 de dezembro de 2023. Phrixothrix Olivier, 1909 / Espécie-tipoː Phrixothrix hirtus Olivier, 1909. 
  10. GODINHO JR., Celso L. (2011). Besouros e Seu Mundo. Com 1400 ilustrações em cores desenhadas pelo autor 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 195. 478 páginas. ISBN 978-85-61368-16-6 
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