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Pico dos Marins: diferenças entre revisões

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O '''Pico dos Marins''' é uma montanha situada no [[município]] de [[Piquete]], no [[Unidades federativas do Brasil|estado]] de [[São Paulo]], localizada na [[Serra da Mantiqueira]], que possui 2.420,7 metros de altitude no topo. Suas encostas são íngremes e rochosas, porém menos que as do vizinho [[Pico do Itaguaré]].
O '''Pico dos Marins''' esta situado no [[município]] de [[Piquete]], no [[Unidades federativas do Brasil|estado]] de [[São Paulo]], localizada na [[Serra da Mantiqueira]], que possui 2.420,7 metros de altitude no topo. Suas encostas são íngremes e rochosas, porém para se atingi-lo não se necessita de equipamentos especiais.


== Localização ==
== Localização ==

Revisão das 23h59min de 21 de abril de 2010

Pico dos Marins
Pico dos Marins
Vista do Pico dos Marins.
Altitude 2.420,7 m
Localização  Brasil (município de Piquete, no estado de São Paulo)
Cordilheira Serra da Mantiqueira
Primeira ascensão 1911

O Pico dos Marins esta situado no município de Piquete, no estado de São Paulo, localizada na Serra da Mantiqueira, que possui 2.420,7 metros de altitude no topo. Suas encostas são íngremes e rochosas, porém para se atingi-lo não se necessita de equipamentos especiais.

Localização

É o ponto mais alto localizado inteiramente dentro dos limites do estado de São Paulo, pois todos os outros picos maiores são compartilhados com Minas Gerais - por exemplo, a Pedra da Mina (2.798 metros) - uma vez que a divisa entre os dois estados, na região da Mantiqueira, está fixada principalmente na linha cumeada da própria serra no chamado Pico Marinzinho.

Ascensão

O Pico dos Marins foi escalado pela primeira vez em 1911. O caminho até o seu cume é considerado uma das trilhas de montanha mais bonitas e preservadas do país.

Visão a partir do topo do Pico com Itaguaré e Serra Fina ao fundo

Clima

A região compreendida entre o Maciço dos Marins e o Pico das Agulhas Negras possui as mais baixas temperaturas nacionais - com média anual inferior à de São Joaquim (SC) - considerada uma das cidades mais frias do Brasil - chegando facilmente a 0°C no verão e a -12°C no inverno.

Geologia

O conjunto principal do Maciço dos Marins é constituído por três pontiagudos cumes de pedra, todos com mais de 2.000 metros de altitude e centenas de metros de belos penhascos rochosos, mas somente o Pico dos Marins - embora seja o mais elevado - pode ser alcançado pelos montanhistas, graças à sua face Norte, menos vertical. Profundos vales cortados por cânions de pedra e vegetação cerrada mantêm os seus vizinhos em imponente isolamento. No sentido Norte - Sul, a configuração do maciço é a seguinte: Pico dos Marins, Pico Central e Pico Sem Nome.

Desaparecimento

No dia 8 de junho de 1985, o escoteiro paulistano Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon desapareceu misteriosamente no Pico dos Marins. Tinha 15 anos de idade e participava, pela primeira vez, de uma excursão ao local, organizada pelo Grupo Escoteiro Olivetano, de São Paulo, e chefiada por Juan Bernabeu Céspedes, na época com 30 anos de idade. Outros três escoteiros participavam da excursão, todos da cidade de São Paulo e com idades entre 14 e 16 anos: Osvaldo Lobeiro, Ricardo Salvioni e Ramatis Rohm.

Durante a ascensão ao cume do Pico dos Marins, o escoteiro Osvaldo Lobeiro machucou o joelho numa pedra, o que obrigou o grupo a desistir da subida e retornar ao acampamento-base, estabelecido num sítio a 1.600 metros de altitude.

Marco Aurélio havia sido nomeado monitor da equipe num "fogo de conselho" (reunião ao redor de uma fogueira, típica do escotismo) na noite anterior e, segundo os escoteiros, foi incumbido pelo chefe Juan Bernabeu Céspedes de descer na frente em busca de socorro. Orientado a escrever o número 240 (número do Grupo Escoteiro Olivetano) com giz nas rochas, como sinalização durante a descida, o rapaz partiu para cumprir a determinação do chefe e nunca mais foi visto: desapareceu misteriosamente, sem deixar vestígios.

O desaparecimento de Marco Aurélio comoveu o país, que acompanhou pela imprensa escrita e televisiva a operação de busca pelo escoteiro, realizada incessantemente durante os trinta dias seguintes ao fato, contando com mais de 300 pessoas, entre soldados e oficiais da Polícia Militar, Batalhão de Infantaria do Exército sediado em Lorena, bombeiros, alpinistas, mateiros, guias, voluntários e equipes especializadas em salvamento e busca na selva; parapsicólogos, sensitivos, videntes e rabdomantes chegaram a participar dos esforços. A região foi completamente vasculhada e sobrevoada por helicópteros e aviões, sem sucesso.

Por outro lado, a União dos Escoteiros do Brasil não participou direta ou indiretamente dos esforços de busca, preocupando-se apenas em tentar abafar o caso. A já combalida imagem da entidade sofreu sério abalo, que resultou, na época, numa grande evasão nacional do escotismo.

O chefe Juan Bernabeu Céspedes foi tachado de irresponsável por ter determinado que o rapaz voltasse desacompanhado, descendo sozinho uma montanha onde nunca havia estado antes. Para a polícia, Juan era o único suspeito pelo desaparecimento - a principal desconfiança era a de um crime relacionado com pedofilia - e o chefe escoteiro chegou a ser torturado e hipnotizado por um psicólogo (na época, o Brasil ainda era uma ditadura militar), mas em todos os momentos ele negou a prática de qualquer crime.

As teorias sobre o desaparecimento de Marco Aurélio são as mais variadas possíveis: homicídio, morte acidental, sequestro, fuga voluntária, amnésia, trapaça, abdução, etc.

  • NUNES, Rodrigo. Operação Marins - o sumiço do escoteiro Marco Aurélio. Editora Opção, 2006.
  • NUNES, Rodrigo. Operação Marins 2 - Novas descobertas. Editora Opção, 2008.

Ligações externas

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