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Programa Antártico Brasileiro: diferenças entre revisões

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No ano de instituição do PROANTAR ([[1982]]), o [[Brasil]] adquiriu o navio-polar [[Dinamarca|dinamarquês]] "Thala Dan", que foi renomeado "Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé". Naquele ano, a embarcação procedeu ao reconhecimento [[hidrografia|hidrográfico]], [[oceanografia|oceanográfico]] e [[meteorologia|meteorológico]] de porções do [[antártida|continente Antártico]] com vistas a selecionar um local para a instalação de uma base brasileira. Em [[12 de setembro]] de [[1983]], como resultado desta primeira expedição (designada Operação Antártica I, o Brasil foi reconhecido como Parte Consultiva do [[tratado da Antártica]].


O [[Brasil]] realizou sua primeira expedição oficial à [[Antártica]] no [[verão]] [[1982]]/[[1983]], com o [[Navio|navio apoio oceanográfico]] NApOc Barão de Tefé, da [[Marinha do Brasil]], e o navio oceanográfico NOc. Prof. Wladimir Besnad da USP. Os navios zarparam do porto de [[Rio Grande]], estado do [[Rio Grande do Sul]], em [[26 de dezembro]] de [[1982]], com grande festividade e cobertura da imprensa. A bordo do NApOc Barão de Teffé havia 88 pessoas, entre militares, cientistas, jornalistas e convidados. No NOc W. Besnard estavam a bordo oito pesquisadores dois técnicos, um médico e um engenheiro eletrônico além de uma tripulação composta por 24 homens.
O [[Brasil]] realizou sua primeira expedição oficial à [[Antártica]] no [[verão]] [[1982]]/[[1983]], com o [[Navio|navio apoio oceanográfico]] NApOc Barão de Tefé, da [[Marinha do Brasil]], e o navio oceanográfico NOc. Prof. Wladimir Besnad da USP. Os navios zarparam do porto de [[Rio Grande]], estado do [[Rio Grande do Sul]], em [[26 de dezembro]] de [[1982]], com grande festividade e cobertura da imprensa. A bordo do NApOc Barão de Teffé havia 88 pessoas, entre militares, cientistas, jornalistas e convidados. No NOc W. Besnard estavam a bordo oito pesquisadores dois técnicos, um médico e um engenheiro eletrônico além de uma tripulação composta por 24 homens .


Em [[5 de janeiro]] de [[1975]], depois de atravessar o [[Estreito de Drake]], entre o extremo sul da [[América do Sul]] e a Antártica, onde reina um dos piores climas e condições de mar no mundo, o navio de apoio oceanográfico Barão de Tefé, entrou na [[Tratado da Antártica|Zona do Tratado Antártico]], na latitude de 60 graus Sul. O comandante do navio era o CMG Fernando Pastor. Enquanto isto a equipe do NOc. Prof. W. Besnard realizava pesquisas oceanogáficas e meteorológicas no [[Estreito de Brainsfield]].
Em [[5 de janeiro]] de [[1975]], depois de atravessar o [[Estreito de Drake]], entre o extremo sul da [[América do Sul]] e a Antártica, onde reina um dos piores climas e condições de mar no mundo, o navio de apoio oceanográfico Barão de Tefé, entrou na [[Tratado da Antártica|Zona do Tratado Antártico]], na latitude de 60 graus Sul. O comandante do navio era o CMG Fernando Pastor. Enquanto isto a equipe do NOc. Prof. W. Besnard realizava pesquisas oceanogáficas e meteorológicas no [[Estreito de Brainsfield]]e a pepeca dela.


===Equipe da primeira expedição do NOc. Prof. W. Besnard===
===Equipe da primeira expedição do NOc. Prof. W. Besnard===

Revisão das 19h14min de 17 de junho de 2013

Ficheiro:Logo-proantar.jpg

O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) foi instituído pelo governo do Brasil em janeiro de 1982, com propósitos científicos e políticos referentes à Antártica. Ambos os propósitos foram atingidos em 1984, com a instalação da Estação Antártica Comandante Ferraz, na baía do Almirantado, na ilha do Rei George, a 130 km da ponta da península Antártica.

Histórico

No ano de instituição do PROANTAR (1982), o Brasil adquiriu o navio-polar dinamarquês "Thala Dan", que foi renomeado "Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé". Naquele ano, a embarcação procedeu ao reconhecimento hidrográfico, oceanográfico e meteorológico de porções do continente Antártico com vistas a selecionar um local para a instalação de uma base brasileira. Em 12 de setembro de 1983, como resultado desta primeira expedição (designada Operação Antártica I, o Brasil foi reconhecido como Parte Consultiva do tratado da Antártica.

O Brasil realizou sua primeira expedição oficial à Antártica no verão 1982/1983, com o navio apoio oceanográfico NApOc Barão de Tefé, da Marinha do Brasil, e o navio oceanográfico NOc. Prof. Wladimir Besnad da USP. Os navios zarparam do porto de Rio Grande, estado do Rio Grande do Sul, em 26 de dezembro de 1982, com grande festividade e cobertura da imprensa. A bordo do NApOc Barão de Teffé havia 88 pessoas, entre militares, cientistas, jornalistas e convidados. No NOc W. Besnard estavam a bordo oito pesquisadores dois técnicos, um médico e um engenheiro eletrônico além de uma tripulação composta por 24 homens .

Em 5 de janeiro de 1975, depois de atravessar o Estreito de Drake, entre o extremo sul da América do Sul e a Antártica, onde reina um dos piores climas e condições de mar no mundo, o navio de apoio oceanográfico Barão de Tefé, entrou na Zona do Tratado Antártico, na latitude de 60 graus Sul. O comandante do navio era o CMG Fernando Pastor. Enquanto isto a equipe do NOc. Prof. W. Besnard realizava pesquisas oceanogáficas e meteorológicas no Estreito de Brainsfielde a pepeca dela.

Equipe da primeira expedição do NOc. Prof. W. Besnard

  1. Motonaga Iwai –Biólogo - USP – Pesquisador chefe http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Universidade_de_S%C3%A3o_Paulo&oldid=30698847
  2. Phan Van Ngan - Bioquímico – USP
  3. Moysés Gonsalez Tessler –Geólogo - USP
  4. Oswaldo Ambrósio Jr. - Químico– USP
  5. Rubens Junqueira Villela – Meteorologista- USP
  6. Luiz Vianna Nonato – Eng. Eletrônico - USP
  7. Frederico Brandini –Biólogo - UFPR http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Universidade_Federal_do_Paran%C3%A1&oldid=30089264
  8. José Nestor Cardoso – Oceanólogo - FURG http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Funda%C3%A7%C3%A3o_Universidade_Federal_do_Rio_Grande&oldid=30713044
  9. Lauro Antoni Madureira – Oceanólogo - SUDEPE
  10. Renato Amaral – Médico - UFRGS http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Universidade_Federal_do_Rio_Grande_do_Sul&oldid=29395307
  11. Clarimundo De Jesus – Técnico - USP
  12. Lourival Pereira De Souza –Técnico - USP
A equipe de pesquisadores completa - Estou de pé
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Tripulação do NOc. Prof. W. Besnard

  1. Adilson Luiz Gama - Comandante
  2. Waldir da Costa Freitas - Imediato
  3. Antônio Clemente Guedes - 1o. Piloto
  4. Izaias Gomes d Medeiros - MPC
  5. Florentino Elias de Andrade - Carpinteiro
  6. José Fernando da Fonseca - Marinheiro
  7. José Barbosa de Oliveira - Marinheiro
  8. José Ribamar A. de Souza - Pescador
  9. Paulo Sérgio Saraiva Borges - Pescador
  10. Carlos Nazareno P. de Souza - Pescador
  11. Fernando Antonio R. de Almeida - Pescador
  12. JUraci de Oliveira - Pescador
  13. José Luiz Alves de Araújo - 1o. Maquinista
  14. Robson de Souza Cansanção - 2o. Maquinista
  15. Manoel Rubens Lopes Corrêa - 1o. Condutor
  16. Amaury Castro Donevanti - 1o. Condutor
  17. Antonio Reis Alves - Carvoeiro
  18. Ivandes Arcanjo da Fonseca - Carvoeiro
  19. Gilberto Antonio Monteiro - Cozinheiro
  20. Azevir dos Santos - Ajudante de Cozinha
  21. Arnaldo Travasso - Taifeiro
  22. Ari Cesar da Silva Salgado - Taifeiro
  23. Raimundo Nonato Xavier - Carvoeiro
  24. Ulisses Alves Filho - Taifeiro

Fonte: Álbum Brasil - Antártica 1982/83 Verão Antártico - Serviço de Relações Públicas da Marinha, Editoria Alvimar Rodrigues.

Em 23 de agosto de 1983, o avião C-130 Hercules, da Força Aérea Brasileira, pousou na pista de pouso da Estação Marsh, na Ilha do Rei George, do Chile, na Antártica, inaugurando o Vôo de Apoio Antártica, que vem sendo realizado sete durante as Operações Antárticas.

A Estação Antártica Comandante Ferraz foi instalada em 6 de fevereiro de 1984, na baía do Almirantado, ilha do Rei George, no âmbito da Operação Antártica II, realizada no verão de 1983-84. Inicialmente com oito módulos, a estação abrigou doze pessoas durante 32 dias, sendo desativada até a operação seguinte. Durante a Operação Antártica IV, em 1986, a estação passou a ser ocupada permanentemente.

Em 1994, a Marinha do Brasil adquiriu o navio-polar norueguês "Polar Queen", que foi renomeado "Navio de Apoio Oceanográfico NApOc Ary Rongel (H-44)" e substituiu o navio Barão de Teffé a partir da Operação Antártica XIII. A nova embarcação opera helicópteros, transporta 2 400 m³ de carga e possui laboratórios de pesquisa oceanográfica e meteorológica. Para complementar e, futuramente substituir, o NApOc Ary Rongel (H-44), a Marinha do Brasil negociou a compra e modernização do navio Ocean Empress, que após a sua modernização e adapatação recebeu o nome de NPo Almirante Maximiano (H-41).

A Força Aérea Brasileira apóia o PROANTAR por meio de sete vôos anuais com aeronaves C-130 Hercules que transportam equipamentos, material e pessoal, tanto no verão como no inverno.

Primeiros brasileiros na Antártica

O primeiro brasileiro a pisar na Antártica foi o médico e jornalista Duval Ros Borges (1912-2000), que foi a convite dos Estados Unidos, em 1958. Durval Borges era editor de Ciência e Saúde da revista Visão, e foi fazer uma matéria sobre o encontro de dois exploradores antárticos Hillary e Fucs, em expedição transantártica. Publicou em 1959 o livro: Um brasileiro na Antártica.

A primeira brasileira na Antártica foi a mineira, de Juiz de Fora, Eny Turolla Maia, esposa do Coronel Tigre Maia, da Força Aérea Brasileira, em 1981. Tigre Maia era presidente da Associação dos Adidos Estrangeiros no Chile. Foi realizado um vôo para a Antártica, saido de Santiago, com escala em Punta Arenas e depois com pouso na Ilha do Rei George, na base chilena. D. Eny acompanhou o marido nessa missão chilena à Antártica. Se tornou a primeira brasileira no local.

O primeiro brasileiro no pólo Sul foi o meteorologista Rubens Junqueira Villela (1935-), da Universidade de São Paulo, em 1964.

Objetivos do Programa Antártico

Lula na Antártida
(foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Os objetivos científicos do Programa Antártico Brasileiro incluem o desenvolvimento de pesquisas no continente Antártico para ampliar o conhecimento dos fenômenos naturais que ali ocorrem e sua repercussão sobre o território brasileiro. O CNPq é a entidade responsável pela pesquisa científica brasileira na Antártida e desenvolve projetos para estudar as mudanças ambientais globais, identificar os recursos econômicos vivos e não-vivos da região e formas de seu aproveitamento e levantamento das condições fisiográficas e ambientais do continente Antártico.

O objetivo político do PROANTAR foi preservar o direito de o Brasil participar das reuniões consultivas periódicas sobre o continente Antártico previstas no art. IX no tratado da Antártida, o que exige a manifestação de interesse pela Antártida, por meio da promoção ali de substancial atividade de pesquisa científica, tal como o estabelecimento de estação científica ou o envio de expedição científica.

Organização

O PROANTAR é gerenciado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, órgão criado em 2001 e que é coordenado pelo comandante da Marinha do Brasil. O programa é integrado, ainda, pelo CNPq e pelo Ministério do Meio Ambiente.

Estação de Apoio Antártica - EsAntar

A ESANTAR Esantar foi estabelecida na Fundação Fundação Universidade Federal do Rio Grande para dar apoio logístico as operações do Brasil na Antártica. Praticamento todos os vestimenta e demais instrumental passam pela Esantar para abastecimento e manutenção da Estação Comandante Ferraz.

Ligações externas