Purussauro
Purussauro | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||
†P. brasiliensis (type) Barbosa Rodrigues, 1892 |
Purussauro é o nome aportuguesado dado aos crocodyliformes extintos do gênero Purusaurus. Eram semelhantes aos jacaré e caimãs de hoje em dia, mas com maiores dimensões -- estimou-se precisamente 15 metros de comprimento.[1] Viveu entre 15 e 8 milhões de anos atrás, durante o período Mioceno médio a tardio, habitando exclusivamente a região amazônica no Acre (Brasil), Panamá, Peru, Colômbia e Venezuela. Alimentava-se de enormes mamíferos herbívoros que se aproximavam dos rios, porém sua dieta era composta em sua maioria de peixes e outros crocodiliformes.
Três espécies de Purussaurus foram descritas: P. neivensis, Formação La Venta (Mioceno Médio da Colômbia); P. mirandai, Fm. Urumaco (Mioceno Tardio da Venezula); P. brasiliensis, o maior de todos, da Fm. Solimões (Mioceno Tardio do Brasil) e da Fm. Pebas (Mioceno Tardio do Peru).
Uma pesquisa de 2015, realizada pelos paleontólogos Tito Aureliano, Aline M. Ghilardi e colegas[2], estimou que um P. brasiliensis adulto teria atingido uma média de 12,50 a 15 metros de comprimento, pesando 8,4 toneladas, e obtendo 46 kg de alimento diariamente[3][4][5]. Estes mesmos pesquisadores estimaram que a mordida do animal teria, em média, 69.000 N de força (aproximadamente 7 toneladas-força), sendo pelo menos duas vezes maior que a do famoso Tyrannosaurus rex[2][3][4][5]. Esta forte mordida, somado às adaptações de seu crânio massivo e dentes resistentes, garantiu ao Purussauro que se alimentasse de uma ampla cadeia de alimentos.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Folha: Fósseis viram enfeites em casas de ribeirinhos no interior do Amazonas
- ↑ a b Aureliano, Tito; Ghilardi, Aline M.; Guilherme, Edson; Souza-Filho, Jonas P.; Cavalcanti, Mauro; Riff, Douglas (17 de fevereiro de 2015). «Morphometry, Bite-Force, and Paleobiology of the Late Miocene Caiman Purussaurus brasiliensis». PLOS ONE. 10 (2): e0117944. ISSN 1932-6203. PMID 25689140. doi:10.1371/journal.pone.0117944
- ↑ a b Brasil, B. B. C. «Cinco curiosidades sobre 'superjacaré' brasileiro mais forte que tiranossauro». BBC Brasil. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ a b «Prehistoric caiman's bite 'twice as strong' as T-Rex's». BBC News (em inglês). 26 de fevereiro de 2015
- ↑ a b «Jacaré do Acre era maior que ônibus e mordia mais forte que tiranossauro - 26/02/2015 - Ciência - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de dezembro de 2016