Saltar para o conteúdo

Resende (sobrenome): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Bisbis (discussão | contribs)
m Revertidas edições por 187.72.184.125 para a última versão por Zoldyick (usando Huggle)
Linha 38: Linha 38:


=== Pessoas ===
=== Pessoas ===
# Felipe Resende da Rosa, Professor, historiador;
# [[Artur Vieira de Resende e Silva]], historiador, genealogista, professor, político;
# [[Artur Vieira de Resende e Silva]], historiador, genealogista, professor, político;
# Luiz Roberto de Resende Khanis, advogado;
# Luiz Roberto de Resende Khanis, advogado;

Revisão das 21h57min de 3 de julho de 2013

Um dos brasões de armas da família Resende
Brasão de armas das famílias Baião e Resende

Resende (cuja grafia arcaica é Rezende) é um sobrenome da onomástica da língua portuguesa. De origem toponímica, refere-se ao conselho português de Resende,[1] localizado a 315 km ao norte de Lisboa, na região de Beira Alta, no vale do Rio Douro. A região foi conquistada por Dom Rosendo Hermigiz (bisneto do sexto rei de Leão – Dom Ramiro II falecido no ano de 950) que a tomou dos mouros, agregando as terras ao então Reino de Leão e Castela. Assim, em reconhecimento pela bravura, o rei D. Fernando Magno doou parte das referidas terras a seu conquistador por volta do ano de 1030, o qual, tornou-se o primeiro senhor cristão a povoar a região. Dom Rosendo formou ali sua quinta e com ele se juntou à sua família, os de sobrenome Baião, por serem descendentes de Egas Moniz, dito «o Aio» do primeiro Rei de Portugal (Dom Afonso Henriques), sendo que “Baião” deriva do superlativo de “Aio” (Egas Moniz), em reconhecimento à educação passada ao então Conde de Portucale. Os Resendes provem de Dom Arnaldo de Baião, que viveu nos fins do século X e foi casado com Dona Ufo, descendente dos reis godos, com quem teve Dom Gosendo Araldes de Baião, cavaleiro que serviu os reis de Castela, Dom Fernando e Dom Garcia, nas guerras contra os mouros. Dom Gosendo sucedeu a seu pai no senhorio de Baião e em muitas fazendas nas margens do Cávado, tendo sido senhor de Penaguião e governador da justiça, no ano de 1030. De seu casamento, segue o Armorial Lusitano, Dom Gosendo

'teve Egas Gosendes de Baião, rico-homem de Dom Afonso VI, rei de Castela, figurando como confirmante nos anos de 1111 e 1112. Em 1124, deu foral à vila de Sernancelhe. Foi casado com Dona Useu Viegas, filha de Dom Egas Ermiges, "O Bravo", e de Dona Gontinha Eriz, de cujo matrimônio houve Dom Ermígio Viegas de Baião, que se recebeu a primeira vez com Dona Teresa Pires de Bragança, filha de Dom Pedro Fernandes de Bragança, de quem proveio descendência; e a segunda, com Dona Urraca Afonso, filha de Dom Afonso Viegas e de Dona Aldara Pires, da qual houve Dom Rodrigo Afonso de Baião, marido de Dona Maria Gomes da Silva, viúva de Dom Paio Soares Correia e filha de Dom Gomes Pais da Silva e de Dona Urraca Nunes. Nasceu, deste casamento, Afonso Rodrigues"o Rendamor", que contraiu matrimônio com Dona Maior Pires, que fora freira no mosteiro de Arouca, filha de Pedro Fernandes Portugal e de Dona Froilhe Rodrigues de Pereira, da qual teve entre outros filhos a Martim Afonso de Resende e a Giraldo Afonso, cujo apelido tomou do senhorio de Resende, que lhes veio por linha feminina.'

O costume das pessoas adotarem como sobrenome próprio a indicação do seu local de origem ficou comum, e como o lugar era conhecido como “Resende”, por ser uma corruptela de Rosendo[carece de fontes?], foi Dom Martim Afonso de Baião - o "de Resende", reconhecidamente o primeiro cidadão a utilizar a forma "Resende" como apelido, tomando-o do lugar onde era senhor e possuidor. Porém, o termo “Resende” somente passou a ser usado definitivamente como sobrenome familiar[carece de fontes?], deixando de ser uma mera indicação geográfica, quando, por volta de 1270 o Rei de Navarra - Filipe III, concedeu o brasão de armas a Afonso Rodrigues de Resende, o qual era sobrinho de Dom Martim Afonso de Baião - o "de Resende", em reconhecimento pela retidão e vassalagem da família[carece de fontes?]. O ilustre quinhentista João Rodrigues de Sá escreveu acerca desta família as seguintes quintilhas:[1]

Num escudo, em campo douro
Duas cabras ajuntadas,
De gotas douro malhadas
Da cor que é um negro mouro
Desta mesma cor pintadas

Quem bem em nobreza entende
Achará que a de Resende
Foi grande, por sua lança
Há muitos tempos em França,
Donde acha que descende.

Brasão de Armas

O Brasão de armas original concedido a um membro da Família Resende advém do ano de 1270 quando o rei de Navarra Felipe III concedeu a Alfonso Rodrigues de Resende um escudo que possuía ao centro a cor no esmalte dourado, a qual representava a riqueza da família; a cor da borda do escudo no esmalte azul representava sua fidelidade a Portugal, porém, a cruz vermelha ao centro remetia sua origem espanhola.[2]

No entanto, o "Armorial Lusitano" e o "Livro da Nobreza e Perfeição das Armas de Portugal" descrevem um brasão distinto e mais recente: de jalde com duas cabras de sable, gotadas do campo e passantes, uma sobre a outra. Timbre: uma cabra do escudo.

No Brasil

Muitos Resendes ramificaram-se e expandiram-se no Brasil por meio do casal João de Resende Costa e Helena Maria de Jesus,[3] sendo ele filho do português Manuel de Resende e de Ana da Costa, neto paterno de André da Fonte de Morais e de Margarida de Resende (esta, filha de Jorge de Resende e de Catarina de Freitas); neto materno de Antônio Vaz de Fontes e de Maria Fernandes. João de Resende Costa nasceu em 1699, na Ilha de Santa Maria, no Arquipélago dos Açores em Portugal, e mudado para o Brasil, por volta de 1720, sequioso pelo enriquecimento rápido proporcionado pelo ouro das famosas Minas Gerais, onde acabou por adquirir uma vasta propriedade rural na região de do município de Lagoa Dourada, a qual deu o nome de Engenho Velho dos Cataguases[4] ou Catauás[3]. Enquanto que Helena Maria de Jesus, é filha de Manuel Gonçalves Correia e de Maria Nunes, nascida em 15 de janeiro de 1710, na Ilha do Faial, Arquipélago dos Açores, em Portugal, sendo ela uma das célebres Três Ilhoas, que deram origem a vários troncos de antigas, tradicionais e importantes famílias. Casaram-se em 3 de outubro de 1726, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição dos Prados, Comarca do Rio das Mortes, hoje município de Lagoa Dourada, e deixaram treze filhos, dos quinze nascidos vivos, os quais se tornaram um dos mais importantes grupos mineiros, de abastados proprietários rurais, membros da chamada «aristocracia rural cafeeira», e atuantes na história política e social do país, os quais são considerados o berço da Família Resende no Brasil e que daí se espalharam os vários ramos, do Rio Grande do Sul ao Amazonas, ramificando-se até o Uruguai.

Registram-se filhos de João de Resende Costa e Helena Maria de Jesus:

  1. Padre João de Resende Costa;
  2. Maria Helena de Jesus;
  3. Capitão José de Resende Costa (o Inconfidente);
  4. Capitão Antônio Nunes de Resende;
  5. Julião (faleceu criança);
  6. Ana Maria de São Joaquim;
  7. Alferes Manuel da Costa Resende;
  8. Padre Gabriel da Costa Resende;
  9. Helena Maria de Jesus;
  10. Teresa Maria de Jesus;
  11. Josefa Maria de Jesus;
  12. Tenente Julião da Costa Resende;
  13. Gonçalo (faleceu criança);
  14. Joaquim José de Resende;
  15. Ana Joaquina de Resende;

Pessoas

  1. Felipe Resende da Rosa, Professor, historiador;
  2. Artur Vieira de Resende e Silva, historiador, genealogista, professor, político;
  3. Luiz Roberto de Resende Khanis, advogado;
  4. Maria Izabel Sampaio Vidal de Resende, comerciante;
  5. José Inácio Benevides de Resende, jurista, professor;
  6. Gabriel de Resende Passos, ministro;
  7. Otto de Oliveira Lara Resende, professor, advogado, escritor, jornalista;
  8. Antônio de Lara Resende, professor, gramático, memorialista;
  9. Geraldo Resende, deputado federal;
  10. Eliseu Resende, senador;
  11. José Resende, arquiteto;
  12. Marcelo Rezende, jornalista;
  13. Sérgio Rezende, escritor, cineasta;
  14. Geraldo Ribeiro de Sousa Resende, barão de Geraldo de Resende;
  15. Iris Rezende Machado, político;
  16. José Maria de Almeida Rezende, jurista, professor;
  17. Gabriel José Rodrigues de Rezende Filho, advogado;
  18. dom José Francisco Rezende Dias, arcebispo;
  19. Estêvão Ribeiro de Sousa Resende, barão de Resende;
  20. Estêvão Ribeiro de Resende, marquês de Valença;
  21. Maria José Aranha de Rezende, poeta, jornalista.
  22. Rafael Rezende, artista plástico.
  23. Alexandre Gomes Resende, contador
  24. Nair Nilza Perez de Rezende, jurista
  25. Carlos Eduardo Moura Rezende, jogador de futebol
  26. Fabricio Rezende Batista, Engenheiro Elétrico
  27. Robinson Rezende, Designer, estilista, modelo, ator, compositor brasileiro.

Referências

  1. a b Zuquete, Afonso Eduardo Martins (direcção), Armorial Lusitano-Genealogia e Heráldica, Lisboa, Editorial Enciclopédia, 1961. Resende.
  2. Brasão - Portal Família Reszende, familiareszende.org.br.
  3. a b Ennes, Carlos Eduardo Monteiro de Barros França, Genealogia das Famílias Miranda e Resende, Sudeste Mineiro-Genealogias, Genealogia Mineira, Sala de Estudos, http://www.marcopolo.pro.br/genealogia/paginas/Miranda.pdf.
  4. Associação - Portal Família Reszende, familiareszende.org.br.

Bibliografia