Revolta da Vacina: diferenças entre revisões
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:"''Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz''" ([[Gazeta de Notícias]], [[14 de novembro]] de [[1904]]). |
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você é feio sua bobba!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!do Catete]], sede do Governo Federal. A população estava alarmada. No domingo, dia [[13 de novembro|13]], o centro do Rio de Janeiro transforma-se em campo de batalha: era a rejeição popular à [[vacina]] contra a [[varíola]] que ficou conhecida como a '''Revolta da Vacina''', mas que foi muito além do que isto. |
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Para erradicar a varíola, o sanitarista convenceu o Congresso a aprovar a ''Lei da Vacina Obrigatória'' ([[31 de Outubro]] de [[1904]]), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força. |
Para erradicar a varíola, o sanitarista convenceu o Congresso a aprovar a ''Lei da Vacina Obrigatória'' ([[31 de Outubro]] de [[1904]]), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força. |
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A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perdiam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos mata-mosquitos, que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou. |
A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perdiam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos mata-mosquitos, que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou. |
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Aidiotaa Vermelha]] também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal. |
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A aprovação da Lei da Vacina foi o estopim da revolta: no dia [[5 de novembro]], a oposição criava a ''Liga contra a Vacina Obrigatória''. Entre os dias [[10 de novembro|10]] e [[16 de novembro]], a cidade virou um campo de guerra. A população exaltada depredou lojas, virou e incendiou [[bonde]]s, fez [[barricada]]s, arrancou [[trilho]]s, quebrou [[poste]]s e atacou as forças da [[polícia]] com pedras, paus e pedaços de ferro. No dia [[14 de novembro|14]], os cadetes da [[Escola Militar da Praia Vermelha]] também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal. |
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A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar [[estado de sítio]] ([[16 de Novembro]]). A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o [[Acre]]. |
A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar [[estado de sítio]] ([[16 de Novembro]]). A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o [[Acre]]. |
Revisão das 20h42min de 6 de abril de 2011
A chamada Revolta da Vacina ocorreu de 10 a 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil[1].
O início do período republicano no Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O motivo que desencadeou esta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.
História
Antecedentes
No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços super povoados e muitas das chamadas favelas. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças, como a tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica.
Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr. Oswaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.
Oswaldo Cruz, convidado a assumir a Direção Geral da Saúde Pública, criou as Brigadas Mata Mosquitos, grupos de funcionários do Serviço Sanitário que invadiam as casas para desinfecção e extermínio dos mosquitos transmissores da febre amarela. Iniciou também a campanha de extermínio de ratos considerados os principais transmissores da peste bubônica, espalhando raticidas pela cidade e mandando o povo recolher os resíduos.
A revolta popular
- "Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz" (Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).
você é feio sua bobba!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!do Catete]], sede do Governo Federal. A população estava alarmada. No domingo, dia 13, o centro do Rio de Janeiro transforma-se em campo de batalha: era a rejeição popular à vacina contra a varíola que ficou conhecida como a Revolta da Vacina, mas que foi muito além do que isto.
Para erradicar a varíola, o sanitarista convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (31 de Outubro de 1904), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.
A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perdiam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos mata-mosquitos, que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.
Aidiotaa Vermelha]] também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal.
A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de Novembro). A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre.
Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital.
Notas
- ↑ «A revolta da vacina - SUPERINTERESSANTE». super.abril.com.br. Consultado em 14 de maio de 2009