Revolução da informação

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A revolução da informação refere-se às alterações sociais, econômicas e políticas decorrentes do surgimento de novos meios de transmissão da informação.

Contexto histórico[editar | editar código-fonte]

No meado do século XX, o mundo sofreu forte influência devido à conjunção de todas as ciências, que começaram a fundir-se, iniciando um período de rotação dos usos e costumes, giros desenfreados para todos. A física, química, matemática, medicina, biologia, geografia, história, literatura, enfim, todos os ramos do conhecimento humano, sofreram mudanças radicais com novas descobertas ou fusões de conhecimentos antigos agregados a novos dispositivos recém inventados.

O surgimento de todas essas novidades, especificamente a partir da década de 1970, (com grande concentração nos EUA), é atribuído a uma dinâmica específica de difusão e sinergia tecnológicas, decorrentes dos progressos alcançados nas duas décadas anteriores. Além disso, houve influência de aspectos institucionais, econômicos e culturais.

Na década de 1980, em um processo autônomo de reestruturação do sistema capitalista (neoliberalismo), o nível tecnológico alcançado exerceu papel fundamental na reestruturação econômica-organizacional. O desenvolvimento dessas tecnologias contribuiu para a formação de meios de inovação, dentro dos quais as aplicações interagem em processo de "tentativa e erro", exigindo a concentração espacial dos núcleos tecnológicos de empresas e instituições, com uma rede auxiliar de fornecedores e capital de risco como apoio. Assim, fica consolidado o sistema das transnacionais/multinacionais.

Bases[editar | editar código-fonte]

Parece coerente dizer que conhecimentos científicos e tecnológicos, instituições adequadas, empresas e mão de obra qualificada são as bases da Era da Informação. Por outro lado, deve-se considerar que o ingrediente primordial não é um cenário cultural ou institucional específico, mas a sinergia de informações com a produção industrial e aplicações comerciais. Isso contradiz a ideia da possibilidade de inovação sem ocupação do espaço geográfico.

É certo que foi o Estado - e não os "empreendedores de garagens" - quem deu início à revolução da tecnologia da informação, já que a interface entre os programas de macropesquisa promovidos pelos governos e a inovação descentralizada em uma cultura de criatividade tecnológica é que permitiu o florescimento das tecnologias da informação e comunicação globalizadas.

Novos parâmetros[editar | editar código-fonte]

Todo esse processo acabou por criar um novo paradigma, onde a informação é a matéria prima. A tecnologia passa, assim, a permear toda a atividade humana, aplicando sua lógica de redes em qualquer sistema ou conjunto de relações, circunstância que cresce exponencialmente.

Uma vez que esse paradigma da informação é baseado na flexibilidade, permite não somente que processos, mas também organizações e instituições, se modifiquem fundamentalmente, tornando possível inverter as regras que as estruturam sem destruir a organização. Essa percepção deve ser tomada sem ideologias, pois a flexibilidade tanto pode ser libertadora como repressiva.

Em todo caso, a tendência desse paradigma é a convergência de tecnologias específicas em um sistema integrado, resultante da lógica compartilhada na geração de informação. Em síntese, o paradigma informacional evolui em direção a uma rede aberta de múltiplos acessos, cuja abrangência, complexidade e disposição em forma de rede são seus principais atributos.

Referências

  1. «A Fibra Ótica | Superinteressante». Superinteressante. 30 de junho de 1989 

Ver também[editar | editar código-fonte]