Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar: diferenças entre revisões
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O então chamado ''Primeiro Batalhão Policial Militar “Tobias De Aguiar”'' adquiriu o formato atual, pautado na mobilidade e eficácia, a partir de 1970 quando, no contexto da ditadura militar, participou da operação de desmantelamento de um centro de treinamento de guerrilha da [[Vanguarda Popular Revolucionária|VPR]] atuante no [[Vale do Ribeira]]. Apesar de ter sido considerada bem-sucedida, os remanescentes do grupo conseguiram escapar, entre eles [[Carlos Lamarca]] e [[Carlos Marighella]], que continuam a militância na capital de São Paulo e na [[Grande São Paulo]]; O grupo era acusado de terrorismo pelo regime militar. O Batalhão é reformulado visando o combate à guerrilha urbana. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço. As viaturas são equipadas com rádio transceptor para maior agilidade nas Operações da Polícia Militar com a Base Aguiar ou com as viaturas no policiamento; os policiais recebem a boina negra como marca característica. Sob o comando do Ten.-Cel. Salvador D’Aquino o grupo passa a ter o papel de ronda bancária, patrulhamento urbano e tropa de choque para agir onde a polícia comum não tinha condições de fazê-lo. Em 15 de outubro de 1970, passa a denominar-se ''Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar'' – ''ROTA''. |
O então chamado ''Primeiro Batalhão Policial Militar “Tobias De Aguiar”'' adquiriu o formato atual, pautado na mobilidade e eficácia, a partir de 1970 quando, no contexto da ditadura militar, participou da operação de desmantelamento de um centro de treinamento de guerrilha da [[Vanguarda Popular Revolucionária|VPR]] atuante no [[Vale do Ribeira]]. Apesar de ter sido considerada bem-sucedida, os remanescentes do grupo conseguiram escapar, entre eles [[Carlos Lamarca]] e [[Carlos Marighella]], que continuam a militância na capital de São Paulo e na [[Grande São Paulo]]; O grupo era acusado de terrorismo pelo regime militar. O Batalhão é reformulado visando o combate à guerrilha urbana. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço. As viaturas são equipadas com rádio transceptor para maior agilidade nas Operações da Polícia Militar com a Base Aguiar ou com as viaturas no policiamento; os policiais recebem a boina negra como marca característica. Sob o comando do Ten.-Cel. Salvador D’Aquino o grupo passa a ter o papel de ronda bancária, patrulhamento urbano e tropa de choque para agir onde a polícia comum não tinha condições de fazê-lo. Em 15 de outubro de 1970, passa a denominar-se ''Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar'' – ''ROTA''. |
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== As suspeitas de ataque forjado == |
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Em Agosto de 2010, foi amplamente divulgado na mídia que o quartel da ROTA teria sido alvo de ataque de criminosos que teriam atirado um coquetel molotov <ref name="ig">[http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/apos+atentado+contra+comandante+quartel+da+rota+e+alvo+de+ataque/n1237734929402.html] Ultimo Segundo - IG </ref>. |
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Todavia, após investigação da polícia civil, essa hipótese foi posta em xeque. Um documento confidencial da inteligência da polícia diz que "possivelmente, o atentado contra a mencionada sede miliciana seria para tirar o foco de práticas ilícitas envolvendo integrantes da Rota e martirizar os envolvidos."<ref name="Folha">[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/964426-inteligencia-da-policia-de-sao-paulo-poe-em-duvida-atentado-a-rota.shtml] Folha de São Paulo</ref>. |
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1º Batalhão de Polícia de Choque | |
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Brasão | |
Estado | São Paulo |
Corporação | Polícia Militar do Estado de São Paulo |
Missão | Patrulhamento Ostensivo Motorizado |
Denominação | Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar |
Sigla | ROTA |
Criação | 1970 (54 anos) |
Aniversários | 15 de outubro |
Comando | |
Tenente-coronel | Salvador Modesto Madia |
Sede | |
Sede | São Paulo |
Página oficial | Página oficial |
Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma modalidade de policiamento do 1º Batalhão de Policiamento de Choque - "Tobias de Aguiar" - e uma tropa reserva do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Em 1951 o batalhão, com antigo nome de "Batalhão de Caçadores", foi batizado com o nome de Tobias de Aguiar, ficando então "Batalhão de Caçadores Tobias de Aguiar".
O então Presidente da Província Rafael Tobias de Aguiar, antigo nome dado ao então governador, ficou conhecido como o criador da policia militar.
Com uma média de 120 viaturas e um efetivo de 860 homens.
Constitui-se numa força tática da Polícia Militar, que visa possibilitar flexibilidade e capacidade de reação com o uso do policiamento motorizado. Utilizada na necessidade do controle de distúrbios civis através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo de combate, Pelotão, Companhia ou Batalhão de Choque.
A história do Batalhão é defender as Instituições Republicanas. Após diversas denominações, passou a ostentar seu nome atual em 15 de dezembro de 1975.
Desde sua criação, o Batalhão teve seu efetivo presente em conflitos marcantes na história do Brasil, podendo ser citados:
- Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná;
- Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais;
- Campanha de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”;
- Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná;
- Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista levantou-se contra o governo Getúlio Vargas e lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador;
- Golpe Militar de 31 de março de 64, quando participou da derrubada do Presidente da República João Goulart, democraticamente eleito vice-presitente[1], dando início ao governo militar com o General Castelo Branco;
- Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca, um dos líderes da oposição armada ao governo militar.
O Quartel
O Batalhão Tobias de Aguiar, começou a ser construido em 1888 e terminou sua construção em 1892, mas no dia 1 de dezembro 1891 o prédio foi ocupado por tropas da polícia. O Batalhão Tobias de Aguiar, foi o terceiro Quartel construído no então Corpo Policial Permanente. Projeto de autoria do notável arquiteto Ramos de Azevedo e inspirado na arquitetura militar francesa, de estilo surgido na Europa, na primeira metade do Século XIX, com o nome de “Estilo Pós-Napoleônico”. Teve como modelo um Quartel da Legião Estrangeira Francesa no Marrocos. Em seu subsolo há uma rede de túneis que faziam ligações com os quartéis vizinhos e com a estação ferroviária.
O material para sua construção veio de diversas partes do mundo: telhas da França, tijolos da Itália e pinho de Riga, na Letônia. Atualmente, o prédio é patrimônio histórico e está tombado pelo CONDEPHAAT. Além do túnel, há a chaminé, situada do lado externo, próximo ao prédio, que serviu de referencial, durante a Revolução de 1924, contando hoje com marcas de disparos de canhões em quatro pontos.
Brasão do 1º BPChq "Tobias de Aguiar"
Criação: Decreto Nº 20986 de 1º de Dezembro de 1951. Escudo: Bicudo, em estilo francês esquartelado. Seu Significado:
1º Campo - Superior Esquerdo: Em goles (vermelho), que simboliza a audácia, grandeza e espírito de luta, cinco asas de águia em santor que é o símbolo da rapidez nas expedições militares, em ouro que simboliza o esplendor, a soberania e a constância.
2º Campo - Superior Direito: Em ouro com duas faixas diminuídas que simboliza o cinto do cavaleiro, abaixo destas, três flores-de-lis de goles (vermelho), na parte inferior, um escudo em fundo branco que é a simbologia da pureza e do ideal, uma águia em sable (negro) e a direita outras três faixas em sinople (verde) que é a simbologia da vitória, honra e civilidade.
3º Campo - Inferior Esquerdo: Em ouro, cinco merletas em santor que simboliza a indicação dos inimigos vencidos em batalhas, em sable (negro) que é a simbologia da simplicidade, sabedoria, ciências e honestidade.
4º Campo - Inferior Direito: Em ouro, uma águia de goles (vermelho) e membrana de negro, que é a simbologia do poder, da vitória e da prosperidade, o que identifica o apelido dos AGUIARES e do 1º Batalhão de Choque "TOBIAS DE AGUIAR".
Advento do formato atual
O então chamado Primeiro Batalhão Policial Militar “Tobias De Aguiar” adquiriu o formato atual, pautado na mobilidade e eficácia, a partir de 1970 quando, no contexto da ditadura militar, participou da operação de desmantelamento de um centro de treinamento de guerrilha da VPR atuante no Vale do Ribeira. Apesar de ter sido considerada bem-sucedida, os remanescentes do grupo conseguiram escapar, entre eles Carlos Lamarca e Carlos Marighella, que continuam a militância na capital de São Paulo e na Grande São Paulo; O grupo era acusado de terrorismo pelo regime militar. O Batalhão é reformulado visando o combate à guerrilha urbana. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço. As viaturas são equipadas com rádio transceptor para maior agilidade nas Operações da Polícia Militar com a Base Aguiar ou com as viaturas no policiamento; os policiais recebem a boina negra como marca característica. Sob o comando do Ten.-Cel. Salvador D’Aquino o grupo passa a ter o papel de ronda bancária, patrulhamento urbano e tropa de choque para agir onde a polícia comum não tinha condições de fazê-lo. Em 15 de outubro de 1970, passa a denominar-se Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar – ROTA.
Ver também
Notas
Muitos dos dados acima são os mesmos encontrados na página oficial do Batalhão. Para outros detalhes, vide obra do jornalista Caco Barcellos "Rota 66 - A história da polícia que mata" que venceu o Prêmio Jabuti de jornalismo em 1993 e o livro "Matar ou morrer", do ex-policial da ROTA e ex-deputado Conte Lopes, escrito em resposta ao livro "Rota 66".
Ligações externas
- http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/1bpchq/index.htm
- «Wikipedia livro Rota 66»
- 1bpchq-rota.webnode.com.br // 1bpchq-rota.forumeiros.com