Rua Augusta (São Paulo): diferenças entre revisões
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As primeiras referências da rua datam de [[1875]], chamando-se primeiramente ''Rua Maria Augusta'', em [[1897]] já aparece como ''Rua Augusta''. Foi parte das terras do português Manuel Antonio Vieira, dono da ''Chácara do Capão'' desde [[1880]], quando abriu várias ruas no ''Bairro da Bela Sintra'', inclusive a ''Rua da Real Grandeza'', atual [[avenida Paulista]]. Resolveu abrir uma ''trilha'', pois os caminhos eram muito íngremes, para posteriormente serem instalados ''bondes'' puxados por burros, em [[1890]]. Apenas em [[1891]] com a inauguração da luz elétrica, foram movidos com eletricidade. Entre [[1910]] e [[1912]] ela foi estendida até a Rua Álvaro de Carvalho, ficando oficial em [[1927]]. Até [[1942]] a Rua Martins Fontes fazia parte da Rua Augusta. A Rua Augusta aos poucos virou um grande ponto de prostituição, ocasião em que foi desmembrada (Decreto Lei N.º 153). Do lado oposto, em direção aos |
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"Jardins", o seu prolongamento até a rua Estados Unidos foi oficializado em [[1914]]. O nome |
"Jardins", o seu prolongamento até a rua Estados Unidos foi oficializado em [[1914]]. O nome |
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"Augusta": tudo leva a crer, que o responsável pela abertura da rua, o português Mariano Antonio Vieira, não quis homenagear uma pessoa e sim aplicar algo como um título de nobreza (ou adjetivo) ao chamá-la de " |
"Augusta": tudo leva a crer, que o responsável pela abertura da rua, o português Mariano Antonio Vieira, não quis homenagear uma pessoa e sim aplicar algo como um título de nobreza (ou adjetivo) ao chamá-la de "Rua Augusta". Colabora para esta versão o fato de que o mesmo Mariano, ao abrir uma "picada" no alto do Morro do Caaguaçu, chamou este logradouro de "Rua da Real Grandeza".<ref>Legislação Municipal, Acervo do Arquivo Histórico Municipal e Vieira, Antonio Paim - "Chácara do Capão", "Revista do Arquivo Municipal", Vol. CXVIII, S.P., Departamento de Cultura, [[1952]]</ref> |
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Com o tempo, os loteamentos, quando surgiram confortáveis residências e algum comércio para servi-las. Pouco a pouco começaram a surgir pequenos edifícios de moradia. |
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Grande parte de comércio fino de decoração se instalou na região central-ascendente, a partir da |
Grande parte de comércio fino de decoração se instalou na região central-ascendente, a partir da Rua Marquês de Paranaguá. As casas residenciais deram lugar ao comércio de rua. Shoppings e Cinemas de categoria se instalaram frequentados pelas famílias e mais tarde pelos jovens que buscavam distração. Caminho certo rumo aos bairros dos Jardins e seus clubes, como o [[Club Athletico Paulistano]], a [[Sociedade Harmonia de Tênis]] e o [[Esporte Clube Pinheiros]]. |
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Quem é da nossa gang não tem medo |
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Só pára na subida quando acaba a gasolina |
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Quem é da nossa gang não tem medo | Música ''Rua Augusta'' de [[Hervé Cordovil]] interpretada por [[Ronie Cord]]}}<ref>http://mais.uol.com.br/view/ywvc7xsyq1pu/rua-augusta--ronnie-cord-0402366CE0A15327?types=A&</ref> |
Quem é da nossa gang não tem medo | Música ''Rua Augusta'' de [[Hervé Cordovil]] interpretada por [[Ronie Cord]]}}<ref>http://mais.uol.com.br/view/ywvc7xsyq1pu/rua-augusta--ronnie-cord-0402366CE0A15327?types=A&</ref> |
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A Rua Augusta representou para jovens paulistanos na [[década de 1960]] ''glamour'' e diversão. A partir da [[década de 1970]], começou a se adaptar às mudanças, dado o pesado tráfego de [[automóveis]] e [[ônibus]] e a criação de de inúmeras galerias e centros comerciais, aliado à falta de [[estacionamento]]. Mesmo assim, os jovens continuaram a estar por lá com suas motos, carros envenenados e muito congestionamento, principalmente, entre 1976 e 1980. Havia muitas discotecas para acompanhar os "[[embalos de sábado à noite]]", pistas de esqui no gelo, doceiras, academias de musculação e aeróbicas. |
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Sempre sendo atualizada desde aquela época, com a reforma do calçamento, decoração com vasos, retirada de uma parte dos postes de iluminação pública (que estavam obsoletos), colocação de carpete, estacionamento Zona Azul e subterrâneo e a construção de um [[boulevard|bulevar]] e por fim a eliminação dos ônibus elétricos com as novas calçadas. |
Sempre sendo atualizada desde aquela época, com a reforma do calçamento, decoração com vasos, retirada de uma parte dos postes de iluminação pública (que estavam obsoletos), colocação de carpete, estacionamento Zona Azul e subterrâneo e a construção de um [[boulevard|bulevar]] e por fim a eliminação dos ônibus elétricos com as novas calçadas. |
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Rua Augusta (São Paulo) | |
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Esquina da rua Augusta com a rua Luis Coelho. | |
Extensão | 3.020 |
Início | Rua Martinho Prado, 212 junto a Praça Roosevelt |
Subprefeitura(s) | Sé, Pinheiros |
Bairro(s) | Consolação, Cerqueira César e Jardins |
Fim | Rua Colômbia, 26 com a Rua Estados Unidos |
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A rua Augusta é uma importante via arterial da cidade de São Paulo, ligando os Jardins ao centro da cidade.
Desde de seu início na rua Martins Fontes com a rua Martinho Prado até o cruzamento com a avenida Paulista é uma subida, e a partir deste ponto começa a descer até o seu término na rua Colômbia, que nada mais é que uma continuação da via, com outro nome.
Atualmente, o trecho que vai do início da rua até o cruzamento com a avenida Paulista, que se localiza na região central de São Paulo, tendo a presença de boates, saunas e casas de espetáculos, sendo um dos pontos de meretrício na cidade.
Na restante da sua extensão é tomada por bancos, lojas e boutiques de alto nível, teatros, restaurantes de luxo e cinemas, possuindo um aspecto eventualmente considerado mais nobre, sofisticado e até mesmo um Shopping Center ao ceu aberto. Destacam-se as travessas: a alameda Santos, a rua Oscar Freire e a rua Estados Unidos.
História
As primeiras referências da rua datam de 1875, chamando-se primeiramente Rua Maria Augusta, em 1897 já aparece como Rua Augusta. Foi parte das terras do português Manuel Antonio Vieira, dono da Chácara do Capão desde 1880, quando abriu várias ruas no Bairro da Bela Sintra, inclusive a Rua da Real Grandeza, atual avenida Paulista. Resolveu abrir uma trilha, pois os caminhos eram muito íngremes, para posteriormente serem instalados bondes puxados por burros, em 1890. Apenas em 1891 com a inauguração da luz elétrica, foram movidos com eletricidade. Entre 1910 e 1912 ela foi estendida até a Rua Álvaro de Carvalho, ficando oficial em 1927. Até 1942 a Rua Martins Fontes fazia parte da Rua Augusta. A Rua Augusta aos poucos virou um grande ponto de prostituição, ocasião em que foi desmembrada (Decreto Lei N.º 153). Do lado oposto, em direção aos "Jardins", o seu prolongamento até a rua Estados Unidos foi oficializado em 1914. O nome "Augusta": tudo leva a crer, que o responsável pela abertura da rua, o português Mariano Antonio Vieira, não quis homenagear uma pessoa e sim aplicar algo como um título de nobreza (ou adjetivo) ao chamá-la de "Rua Augusta". Colabora para esta versão o fato de que o mesmo Mariano, ao abrir uma "picada" no alto do Morro do Caaguaçu, chamou este logradouro de "Rua da Real Grandeza".[1]
Com o tempo, os loteamentos, quando surgiram confortáveis residências e algum comércio para servi-las. Pouco a pouco começaram a surgir pequenos edifícios de moradia.
Grande parte de comércio fino de decoração se instalou na região central-ascendente, a partir da Rua Marquês de Paranaguá. As casas residenciais deram lugar ao comércio de rua. Shoppings e Cinemas de categoria se instalaram frequentados pelas famílias e mais tarde pelos jovens que buscavam distração. Caminho certo rumo aos bairros dos Jardins e seus clubes, como o Club Athletico Paulistano, a Sociedade Harmonia de Tênis e o Esporte Clube Pinheiros.
Anos 60
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Entrei na Rua Augusta a 120 por hora Botei a turma toda do passeio pra fora Fiz curva em duas rodas sem usar a buzina Parei a quatro dedos da vitrina Hay, hay, Johnny Hay, hay, Alfredo Quem é da nossa gang não tem medo Hay, hay, Johnny Hay, hay, Alfredo Quem é da nossa gang não tem medo Meu carro não tem breque, não tem luz, não tem buzina Tem três carburadores, todos os três envenenados Só pára na subida quando acaba a gasolina Só passa se tiver sinal fechado Toquei a 130 com destino à cidade No Anhangabaú eu botei mais velocidade Com três pneus carecas derrapando na raia Subi a galeria Prestes Maia Tremendão Hay, hay, Johnny Hay, hay, Alfredo Quem é da nossa gang não tem medo Hay, hay, Johnny Hay, hay, Alfredo Quem é da nossa gang não tem medo |
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A Rua Augusta representou para jovens paulistanos na década de 1960 glamour e diversão. A partir da década de 1970, começou a se adaptar às mudanças, dado o pesado tráfego de automóveis e ônibus e a criação de de inúmeras galerias e centros comerciais, aliado à falta de estacionamento. Mesmo assim, os jovens continuaram a estar por lá com suas motos, carros envenenados e muito congestionamento, principalmente, entre 1976 e 1980. Havia muitas discotecas para acompanhar os "embalos de sábado à noite", pistas de esqui no gelo, doceiras, academias de musculação e aeróbicas.
Sempre sendo atualizada desde aquela época, com a reforma do calçamento, decoração com vasos, retirada de uma parte dos postes de iluminação pública (que estavam obsoletos), colocação de carpete, estacionamento Zona Azul e subterrâneo e a construção de um bulevar e por fim a eliminação dos ônibus elétricos com as novas calçadas.
Conjunto Nacional
Entre a Avenida Paulista e a Alameda Santos se localiza o Conjunto Nacional.
Referências
- ↑ Legislação Municipal, Acervo do Arquivo Histórico Municipal e Vieira, Antonio Paim - "Chácara do Capão", "Revista do Arquivo Municipal", Vol. CXVIII, S.P., Departamento de Cultura, 1952
- ↑ http://mais.uol.com.br/view/ywvc7xsyq1pu/rua-augusta--ronnie-cord-0402366CE0A15327?types=A&