Síndrome pulmonar por hantavírus

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Síndrome pulmonar por hantavirus
Síndrome pulmonar por hantavírus
Rato de cauda longa selvagem, um dos reservatórios do hantavírus na América do Sul
Especialidade pneumologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B33.4
CID-9 480.8
CID-11 582624609
eMedicine 788980, 236425
MeSH D018804
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Síndrome Pulmonar por Hantavírus (HPS) é uma doença viral transmitida por roedores selvagens ou por saliva humana.

Causa[editar | editar código-fonte]

As excreções dos roedores em áreas rurais ou selvagens são aerolizados e entram nos pulmões junto com o pó. Apenas no caso dos Andes virus, encontrados apenas na América do Sul, também podem ser transmitidos pelas gotas de saliva, espirro e tosse de outras pessoas. Raramente é transmitido por mordidas de ratos selvagens.[1]

NÃO é transmitido por roedores domésticos como hamsters, coelhos, gerbil, ratos albinos ou porquinhos-da-índia.[2]

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

Geralmente afeta trabalhadores rurais responsáveis por armazéns de comida. Usar máscaras pode proteger contra a aspiração de pó com o vírus. No Brasil os principais reservatórios são o roedor Bolomys lasiurus durante o inverno para o vírus Araraquara, nas regiões de Cerrado, e o roedor Oligoryzomys nigripes durante a primavera para o vírus Juquitiba, na Mata Atlântica. Se desconhece o hospedeiro do vírus Castelo dos Sonhos no Pará.[3] Se diagnosticam cerca de 100 casos por ano no Brasil, com mortalidade de 46%. A maioria dos casos são entre homens, trabalhadores rurais, de 20 a 40 anos, do Centro-Sul. Menos de 20 casos/ano são no Norte ou Nordeste. [4]

Existe no mundo todo, inclusive em países desenvolvidos como EUA. No extremo oriente causa mais de 100.000 casos por ano.

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Uma a cinco semanas depois da exposição ao vírus começa a primeira fase[5]:

Quatro a dez dias depois começa a segunda fase caracterizada por:

O paciente pode evoluir para insuficiência respiratória aguda e choque circulatório que é fatal em 10 a 38% dos casos sem tratamento e 1% com tratamento.

Diagnóstico diferencial[editar | editar código-fonte]

Septicemias, leptospirose, viroses respiratórias, pneumonias atípicas (Legionella, Mycoplasma, Clamydia), histoplasmose pulmonar e pneumocitose.

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Desde o início do quadro respiratório, estão indicados medidas gerais de suporte clínico, inclusive com assistência em unidade de terapia intensiva com oxigênio nos casos mais graves. Não há tratamento específico ou vacina contra hantavírus.[6]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências