SS La Bourgogne
SS La Bourgogne | |
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França | |
Operador | Compagnie Générale Transatlantique |
Fabricante | Forges et chantiers de la Méditerranée |
Homônimo | Borgonha |
Lançamento | 8 de outubro de 1885 |
Viagem inaugural | 19 de junho de 1886 |
Porto de registro | Le Havre, França |
Estado | Naufragado |
Destino | Colidiu com o Cromartyshire em 4 de julho de 1898 e afundou |
Características gerais | |
Tipo de navio | Transatlântico |
Tonelagem | 6 754 t |
Maquinário | 4 mastros Motor de tripla expansão com 6 cilindros |
Comprimento | 150 m |
Boca | 15,75 m |
Propulsão | 1 hélice velas |
Velocidade | 17 nós (20 km/h) |
Tripulação | 200 |
Passageiros | 1055 |
O SS La Bourgogne foi um navio de passageiros francês operado pela Compagnie Générale Transatlantique e construído pela Forges et chantiers de la Méditerranée em La Seyne-sur-Mer. Foi a segunda embarcação de um grupo de quatro transatlânticos que estrearam em 1886, depois do SS La Champagne e seguido do SS La Bretagne e SS La Gascogne. Foi lançado ao mar em 1885 e realizou sua viagem inauguram em junho do ano seguinte de Le Havre até Nova Iorque.[1]
A primeira década de serviço do navio transcorreu tranquilamente e sem grandes incidentes, servindo a rota para a América do Norte. Ele acabou colidindo e afundando o britânico SS Alisa em 29 de fevereiro de 1896, navio este que estava ancorado do porto de Nova Iorque. No ano seguinte o La Bourgogne passou por uma grande reforma, recebendo um novo motor de quádrupla expansão e tendo dois de seus mastros removidos.
O La Bourgogne acabou colidindo com o veleiro britânico Cromartyshire nas primeiras horas da manhã do dia 4 de julho de 1898. No momento da colisão havia uma pesada neblina, o que fez com que nenhuma das embarcações enxergassem a outra. O veleiro sobreviveu ao impacto sem grandes danos, porém o transatlântico começou a adernar para estibordo. Os passageiros correram para os botes do lado bombordo, porém a inclinação do navio fez com que seus lançamentos ficassem difíceis.[2] O Cromartyshire começou a resgatar os sobreviventes depois da neblina diminuir.[3]
Dos 506 passageiros e 220 tripulantes, 549 morreram.[4] Menos de setenta dos 173 sobreviventes eram passageiros, com apenas uma única mulher sendo resgatada das aproximadamente trezentas que estavam a bordo. Todas as crianças morreram e quase todos os passageiros da primeira classe, com os sobreviventes resumindo-se a passageiros de terceira classe e tripulantes.[5] Houve relatos na imprensa de que os tripulantes lutaram contra os passageiros por lugares nos botes e recusaram-se a ajudar,[3] necessitando de proteção da polícia ao chegarem em Nova Iorque.[6]
Referências
- ↑ Rémy, Max; Le Boutilly, Laurent (2016). Les "Provinces" Transatlantiques 1882-1927. [S.l.]: Éditions Minimonde76. ISBN 9782954181820
- ↑ «Loss of the French Liner La Bourgogne With 550 Lives». Nova Iorque: Marine Publishing Company. Marine Engineering. 2: 24–25. Agosto de 1898
- ↑ a b «550 Perish». Kansas City Journal-Post: 1. 7 de julho de 1898
- ↑ Ashjian, Arten (1999). 19th Century Pioneer Armenian Churchmen in America: Profiles of the First Ten (1889-1899). [S.l.]: Diocese of the Armenian Church of America. p. 30
- ↑ «Six Hundred Lives Were Lost at Sea on July Fourth». Terre Haute Express: 1. 6 de julho de 1898
- ↑ Looker, Janet (2000). «Disgrace». Disaster Canada. [S.l.]: Lynx Images. pp. 38–39. ISBN 1-894073-13-4