Saúva-preta

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Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Animalia
Sub-reino: Bilateria
Infrarreino: Protostomia
Superfilo: Ecdysozoa
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Clado: Pancrustacea
Clado: Mandibulata
Clado: Dicondylia
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Infraclasse: Neoptera
Ordem: Hymenoptera
Superfamília: Formicoidea
Família: Formicidae
Subfamília: Myrmicinae
Tribo: Attini
Género: Atta
Espécie: A. robusta
Nome binomial
Atta robusta
(Borgmeier, 1939)

Saúva-preta[1] (nome científico: Atta robusta) é uma espécie de formiga cortadeira do gênero Atta descrita em 1939 por Thomas Borgmeier.[2] Em 2005, foi incluída na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo (vulnerável).[3] Em 2014, como vulnerável na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[4] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[1][5]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Saúva, que é uma designação comum às formigas do gênero Atta, originou-se no tupi ïsa'uwa e designa, em sentido literal, tais insetos. Também foi registrado como içauba. Sua primeira ocorrência foi em 1587 como usauba/ussaúba. Depois reapareceu em cerca de 1767 como sauga, em 1786 como sauba, em 1833 como saúba, em 1873 como sauva e 1874 como saúva[6]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

A espécie é endêmica do Brasil, sendo encontrada em diversas regiões.[7][8] Por exemplo, foi identificada em pesquisa no norte do país, na ilha de Marajó, no estado do Pará.[8]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

As formigas da espécie podem ter um papel na dispersão da progênie de icica (Protium icicariba).[9] Elas não modificam o solo em volta de seus formigueiros, um comportamento diferente de outras formigas cortadeiras.[10]

Referências

  1. a b «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  2. «Atta robusta Borgmeier, 1939» (em inglês). Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Consultado em 12 de abril de 2022 
  3. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  4. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  5. «Atta robusta Borgmeier, 1939». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 16 de abril de 2022. Cópia arquivada em 10 de julho de 2022 
  6. Grande Dicionário Houaiss, verbete saúva
  7. Fowler, H.G. (1995). «The population status of the endangered Brazilian endemic leaf-cutting ant Atta robusta (Hymenoptera: Formicidae)». Biological Conservation (em inglês) (3): 147–150. doi:10.1016/0006-3207(95)00009-S. Consultado em 12 de abril de 2022 
  8. a b Chaves, Erivelton; Neto, José Jesus de Corrêa; Gomes, Leonardo (6 de janeiro de 2018). «Ocorrência de formigas do gênero Atta (Hymenoptera: Formicidae) na região norte do Brasil». Revista Brasileira de Zoociências (1). ISSN 2596-3325. doi:10.34019/2596-3325.2018.v19.24725. Consultado em 12 de abril de 2022 
  9. «The Dispersion of Diaspores of Protium icicariba (Burseraceae) - a Networked or Multifactorial System? - ProQuest». www.proquest.com. Consultado em 12 de abril de 2022 
  10. Madureira, Marcelo S.; Schoereder, José H.; Teixeira, Marcos C.; Sobrinho, Tathiana G. (fevereiro de 2013). «Why does Atta robusta (Formicidae) not change soil features around their nests as other leaf-cutting ants do?». Soil Biology and Biochemistry (em inglês): 916–918. doi:10.1016/j.soilbio.2012.11.005. Consultado em 12 de abril de 2022