Shopping do Méier

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Shopping do Méier
Shopping do Méier
Localização Rua Dias da Cruz 255
Méier, Rio de Janeiro, RJ
 Brasil
Inauguração 1963 (61 anos)
Números
Lojas 60
Área 5.800 m²
Área construída 16 mil m²
Andares 3
Salas de
cinema
Nenhum

O Shopping do Méier é um centro comercial da cidade do Rio de Janeiro.

Localizado na Rua Dias da Cruz, no bairro carioca do Méier, o Shopping do Méier foi projetado pelo arquiteto João Henrique Rocha e aberto ao público em 1963. Atualmente conta com mais de 60 lojas, sendo duas âncoras (Lojas Americanas e C&A), além de lanchonetes fast-food, das quais se destacam o Bob's. As suas instalações costumavam abrigar o Campus Millôr Fernandes da Universidade Estácio de Sá.

História[editar | editar código-fonte]

Parte interna do Shopping do Méier em 2013

Foi inaugurado em 1963.[1][2] Entre as décadas de 70 e 80 agregava 30 lojas e três âncoras: supermercado Peg Pag, loja de departamentos Sears/Sandiz e Lojas Brasileiras (Lobras), além de restaurantes e lanchonetes.

Foi projetado pelo arquiteto João Henrique Rocha, segundo colocado no concurso para elaboração do Plano Piloto de Brasília, e também autor do Centro Empresarial de São Paulo, de 1973, considerado o primeiro intelligent building do Brasil.[3]

O bairro do Méier foi escolhido em função do apogeu comercial da época, sendo superado, em importância, apenas por Madureira e Copacabana.[3] É importante lembrar que o Rio de Janeiro era, até 1960, a capital federal do Brasil.

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

O terreno de esquina tem frentes de 100 e 50 metros e área total de 5.800 m². Sua área construída total é de aproximadamente 16 mil m². O projeto se desenvolve em três pavimentos. Os dois primeiros ocupam todo a projeção do terreno e recebem os espaços comerciais. O terceiro é cobertura parcialmente ocupada com sobrelojas das âncoras e restaurante onde terraços visitáveis, jardins e estacionamento são áreas abertas. No subsolo se localizam carga e descarga, serviços e instalações.

A planta dos dois primeiros pavimentos se organiza com circulações paralelas à fachada principal, formando uma faixa frontal regular e uma porção irregular nos fundos do terreno, ocupada com serviços no térreo e loja âncora nos pavimentos superiores. O miolo da faixa regular forma núcleo com circulações verticais, sanitários e serviços, ao redor do qual desenvolvem circulações e lojas na periferia e no centro. A planta do terceiro pavimento equilibra as partes cobertas em faixa longitudinal junto à fachada principal e na porção irregular de fundos. A fachada frontal se apresenta ritmada pela presença dos pilares que determinam 11 vãos dos quais somente o extremo da esquina é totalmente cego. No pavimento térreo, a abertura de acesso se faz pelo recesso centralizado, e assimétrico em relação aos módulos transparentes, de três módulos contíguos. A fachada lateral dá acesso somente aos veículos na sua extremidade de divisa, apresenta vitrines no térreo e paredes cegas no segundo pavimento.

O edifício tem o porte e o ar de grande estabelecimento tradicional. Os dois primeiros pavimentos conformam volume horizontal e a cobertura é tratada como terraço aberto no qual as partes cobertas frontais ocorrem sob laje apoiada em delgados pilares. A horizontalidade da fachada principal contrasta com entorno em renovação.

Controvérsia[editar | editar código-fonte]

Parte interna do Shopping do Méier

O Shopping do Méier, criado em 1963 se intitula o "shopping mais antigo do país",[1] pois de fato, foi fundado antes do paulistano Shopping Iguatemi (1966), usualmente considerado o pioneiro pela Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), que não o reconhece como um shopping, devido às suas características físicas.[1]

Referências

  1. a b c Bartoly, Flávio Sampaio. «Shopping Center: entre o lugar e o não-lugar» (PDF). nota de rodapé nº 35 na pág. 72. Sítio da Universidade Federal Fluminense (UFF). Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 31 de julho de 2013 
  2. Rodrigues, Denise; Romar, Juliana. «Méier, uma bairro centenário beneficiado pelas obras do Rio Cidade». Sítio da Prefeitura do Rio de Janeiro. Consultado em 20 de fevereiro de 2013 
  3. a b Fernandes, Nelson da Nobrega; Andrade, Charles Albert de. «Origens dos shoppings centers no Brasil: a primeira onda de shoppings nos anos 1960 e 1970». Sítio da Associação dos Geógrafos Brasileiros. Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 16 de novembro de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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